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14 de julho de 2015

A UE enterrada finalmente

A UE não existe, o euro é uma farsa, que faz rir os EUA. Os devotos europeístas continuam a crer em visões, imaginam uma UE que só terá existido nas suas cabeças, insistem para que acreditemos num fantasma, como os das velhas mansões inglesas. Há muitos que vivem desse negócio.
A Europa está de luto, Berlim domina-a de novo, mas como sempre para a destruir. A História repete-se primeiro como tragédia depois como farsa, assim disse Marx. A Europa liberta da tragédia nazi-fascista, vive hoje a farsa da UE. A farsa da democracia. Para quê votar? A farsa das “reformas”, a farsa da austeridade, como os tributos aplicados a povos vencidos. A farsa dos acordos que são imposições de rendição incondicional. A farsa de tratados impossíveis de cumprir para colocar os povos com estatuto de colónia.
A farsa da Finlândia a fazer o papel agressivo da Alemanha, à semelhança de 1940 ao atacar a URSS como teste para a futura operação “Barbarossa”. A farsa das promessas da social-democracia que sem corar repete que o Syriza é um partido radical, de extrema-esquerda.
Não, agora não é necessário enviar exércitos, a dívida faz o mesmo serviço e sai mais barato. Disse Himler que se 10 000 mulheres russas morriam de exaustão ao cavar uma trincheira antitanque só o preocupava se essa trincheira era favor ou contra a Alemanha. O sr. Shauble e o s-d número dois do governo alemão não falam muito diferente. Que importa que milhares de gregos se suicidem, morram precocemente por falta de cuidados médicos, que crianças passem fome, que não possam desenvolver-se e estudar convenientemente, que jovens emigrem, que se trabalhe por salários de miséria, que em 2013 a pobreza ou exclusão social atingisse já 35,7% da população…se isso for do interesse da finança alemã.
E quanto ao Syriza? Podemos perguntar: por que aconteceu assim? Mas a pergunta está errada. A questão é: como poderia não ter acontecido? O Syriza escolheu comportamentos, escolheu a defesa do euro, escolheu portanto as respetivas consequências. Não há que admirar. O Syriza começou a trair-se a si próprio logo em janeiro. Para perceber como age a UE e as suas “instituições” recordem-se os bons filmes sobre a máfia. E não é coincidência.
Passos Coelho e a direita rejubilam, a derrota da Grécia dá-lhes o sentimento de poder que os perdedores, viciados no jogo, adquirem ao verem os outros perderem antes deles.
E dizer que a Alemanha obteve tudo o que não quer dar migalha a outros países, como o perdão da sua dívida após perder as guerras (também as dívidas de 14-18 foram perdoadas mais tarde) e as facilidades que teve quando anexou a RDA!
Porém a resistência dos povos à barbárie só vai crescer.

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