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29 de fevereiro de 2016

O que eles dizem


O fardo da Helena Garrido

Há uns anos Helena Garrido, nas páginas do Negócios, atirou-se à banca. Deve ter percebido que tal posição no Negócios não rendia e nunca mais se atreveu
Hoje é directora!
 Há uns dias mostrou-se compungida com as críticas que eram feitas à banca.
 A banca, coitadinha, é a sua nova dama!
Recentemente escreveu sobre o «Novo Banco» e sobre uma eventual nacionalização, cruzes canhoto. Ficou assombrada por o seu colega de quadrante ideológico defender que se pondere a nacionalização do Novo Banco e, como não tem argumentos, joga com o preconceito anti-comunista: Vítor Bento e PCP defendem o mesmo. Helena Garrido dixit.

O tacho
O Governador do Banco de Portugal, com o maior dos descaramentos, veio dizer que «seria curioso» demitir-se «por um pequeno incidente». O governador faz humor sem o saber.
Acrescentou, depois, que o incidente estava sanado porque o primeiro-ministro disse que a independência do Banco de Portugal não estava em causa.
O Banco de Portugal é, formal e estatutariamente, independente. O primeiro-ministro não podia dizer outra coisa. Mas o primeiro-ministro não disse que o Governador do Banco de Portugal era independente. E de facto não é. Foi um cúmplice útil do anterior governo e tem a mentalidade e o comportamento de um alto quadro do BCE, a quem julga dever obediência e não a Portugal, como se viu no caso BANIF.
Fazia um grande favor ao país se se demitisse, mas continua agarrado ao tacho que nem uma lapa.

A pirâmide dos ricos: política de austeridade!
Passos Coelho afirmou recentemente que a «austeridade não é de esquerda nem de direita. É o que sobra quando acaba o dinheiro». 
Um jornalista do Expresso colocou-o nos "altos#. Gostou da afirmação!
 A dita «austeridade» continua a servir de biombo para lançar a confusão.
Repetimos mais uma vez que o que houve foi política de concentração de riqueza ,política de concentração e centralização de capitais e de privatização de tudo o que, sendo público, pudesse ser lucrativo.
Mas se se chamasse à política seguida por Passos, política de concentração de riqueza, o que de facto foi, como mostram os indicadores, nenhum jornalista perguntaria pela alternativa à política de concentração de riqueza, nem nenhum jornalista aceitaria a aldrabice de que a política de concentração de riqueza não é de esquerda nem de direita.

A insuportável verdade dos factos para Sousa Tavares
Sousa Tavares esquece o BES, diz que é uma questão de família!
Ao autêntico roubo feito às carteiras dos contribuintes pelo BES, Sousa Tavares remete-se ao silêncio.
Fala da banca e do Novo Banco, que teve prejuízos(embora tenha tido lucros operacionais ), mas nada nos diz das responsabilidades  do BES e do seu compadre.
Procura meter tudo no mesmo saco para, no fundo, atingir duas finalidades: desculpabilizar o BES e defender a banca privada.
O seu argumento é o exemplo da Caixa Geral de Depósitos há vários anos a dar prejuízo , e sem ter ainda devolvido ao Estado o dinheiro que lhe foi adiantado.
É certo que não basta à banca ser pública , quando o poder está ao serviço dos grandes interesses privados.
Foi a Caixa que financiou boa parte dos candidatos nacionais às privatizações , designadamente no inicio em que estes não dispunham de capital..
Foi a Caixa que teve nos lugares cimeiros , os Varas , Celestes Cardonas... e que ainda com o último governo dividiu os lugares pelo PSD e CDS.
Mas quanto à qualidade técnica a banca privada não teve um desempenho muito diferente , como o mostra o BES, o Banif , o BPN, o BPP...
Mas mesmo assim a Caixa foi a instituição bancária que ao longo destes anos mais impostos pagou  , a ùnica em que os lucros foram para o Estado e ao contrário das outras o seu património mantém-se de pé , é nacional e público. 
Uma pequena diferença dirá Sousa Tavares . Uma grande diferença para quem defende o País e a sua soberania . 

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