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8 de setembro de 2022

A guerra entre a Nato e a Rússia - 1

 Longamente preparada, utilizando praticamente todos os meios táticos da Nato, uma ofensiva foi desencadeada no Sul da Ucrânia. Neste momento está em curso uma terceira vaga ou tentativa de penetração. Frustradas as duas primeiras, com elevadas baixas e destruição de material, a nova vaga foi reforçada fazendo intervir reservas e mais meios, registando-se ganhos territoriais. Atualmente, a Ucrânia interrompeu as operações ofensivas em larga escala na direção de Kherson devido às perdas sofridas, concentrando-se contra Balakleya, onde a Rússia reforçou a defesa, e também Izum.

Entretanto a Rússia não parou a ofensiva no Donetsk – ao contrário do esperado – continuando a expulsar tropas de Kiev dessas zonas.

As baixas ucranianas têm sido muito elevadas como é óbvio dado o poder de fogo inferior, apesar do material fornecido pela Nato, e total domínio dos céus pela Rússia. Segundo o The Washington Post para cada 3 projéteis ucranianos há 20 projéteis russos e as perdas de pessoal são de 5 para 1.

Em resumo, a primeira vaga de ataque da Ucrânia, com grupos de forças especiais foi completamente desbaratada: aproximadamente 5 000 efetivos. A segunda onda: imediatamente após a primeira, com unidades regulares, aproximadamente 10 000 efetivos, foi também eliminada. A terceira e quarta vaga estão em andamento agora, com forças especiais adicionais. Número aproximado de participantes: 10 000. A quinta vaga, agora trazida da retaguarda: é composta por forças do exército e de defesa territorial. Número aproximado: 20 000. Estão sofrendo pesadas baixas sujeitas à artilharia de precisão russa.

Note-se que o comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia e o seu Estado-Maior, advertiram Zelensky que uma ofensiva em duas direções estratégicas poderia ter consequências desastrosas, com grandes perdas de efetivos e equipamentos, podendo conduzir a uma enorme escassez de armas pesadas e unidades experientes. O pessoal vendo as grandes perdas, será moralmente afetado se o resultado territorial não for alcançado e mantido. Há um enorme risco de que o exército russo esteja esgotando as Forças Armadas da Ucrânia, atraindo e eliminando as unidades mais prontas para o combate. Ao mesmo tempo, uma tentativa da Rússia de proceder a uma contra-ofensiva tem alta probabilidade de sucesso. As Forças Armadas da Ucrânia não terão mais reservas para conter o "ataque" e começará um colapso completo da defesa, pelo menos nas duas direções estratégicas.

Porém, segundo observadores esta ofensiva tem razões políticas mais do que militares, estando ligada à reunião da Nato em Ramstein. O Pentágono irá anunciar a transferência de mais 675 milhões de dólares em armas para a Ucrânia, incluindo munições para os HIMARS e é necessário apresentar resultados. Mas estes resultados são uma tragédia em primeiríssimo lugar para o povo ucraniano, de que só podemos imaginar o sofrimento.

Apesar de em algumas áreas, as Forças Armadas da Ucrânia terem conseguido avançar 20 e em determinados pontos 30 quilómetros de profundidade no território sob controlo russo, um grande número de efetivos ucranianos e equipamentos continuam a ser atingidos perto de Balakleya. Grandes concentrações de tropas ucranianas foram destruídas nas direções de Kherson e Kharkov e Balakliya.

(dados e informações segundo Intel Slava Z – Telegram em 7 e 8/9)

A partir do momento, nas primeiras semanas do conflito, em que se verificou que não se tratava apenas de desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, mas sim de uma guerra entre a Nato e a Rússia, a estratégia russa alterou-se.

Para compreender a posição da Rússia nesta situação, temos de lembrar a doutrina militar soviética, em que o esgotamento do inimigo se torna em certas circunstâncias mais importante que o domínio do território.

Esta guerra não acaba pela vitória ou destruição militar de um deles, dado que estamos perante potências nucleares (se for possível controlar os loucos que vagueiam pela Casa Branca). Acabará pelo esgotamento económico e social de uma das partes. Por isso, o objetivo russo é sobretudo destruir material, centros de comando, infligindo baixas, apelando à rendição de tropas, apesar de na prática ser difícil Dado o controlo de mercenários estrangeiros, efetivos da Nato e dos grupos nazis.

Assim, apresentamos uma atualização de Ukronazis quem é quem dado que na imagem não estava incluído o importante Right Sector – ver Ukronazi “good terrorists” – a who’s who (infographic) UPDATED! | The Vineyard of the Saker

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