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9 de janeiro de 2012

Depois dirão que a segurança social não tem dinheiro


O governo e o Ministro das Finanças têm afirmado, sem vergonha, que a operação da transferência de Pensões dos Bancários para a Segurança Social é uma operação neutra!

Primeiro, como é reconhecido por vários especialistas em gestão de fundos e até por ex-ministros das Finanças, a taxa de desconto 4% (que calcula a valores actuais responsabilidades futuras com o pagamento de pensões) vai obrigar o Estado a entrar com mais dinheiro no futura e a dizer que não há dinheiro na Segurança Social, para obter mais cortes e malfeitorias.
Até Bagão Félix afirmava que tudo o que fosse acima de 3,5% seria um mau negócio para o Estado.
Segundo, o governo aceitou uma tabela de mortalidade "TV73/77" menos um ano que subestima o tempo de vida dos reformados. São tabelas da Segurança Social, para todos os anos aplicar o corte nas pensões dos novos aposentados por via do factor dito de sustentabilidade.
Terceiro, porque o governo vai gastar parte desse dinheiro com o défice o que se traduzirá num desfalque no Fundo. Para que os 6 mil milhões de euros fossem o suficiente seria necessário que estivessem a render uma determinada taxa de juro. Como vão ser gastos no futuro não haverá pro visionamento suficiente.
Lembres se que o mesmo se passou com a transferência de outros fundos e que no tempo de Cavaco Silva este não transferiu para a Segurança Social 2 milhões de escudos devidos legalmente para compensar as pensões dos regimes não contributivos e fracamente contabilísticos!
Por isso, não nos venham dizer que com a esperança de vida a aumentar as reformas terão de se adaptar, pois não há dinheiro !
E nunca falam no aumento da produtividade. Mas só no número de activos por cada reformado. Mais uma vez, ...só à paulada!

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