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21 de junho de 2013

A GUERRA NA SÍRIA DIZ RESPEITO A TODOS

Vivemos num mundo perigoso.
A gravíssima crise que este governo não apenas provoca, mas deliberadamente promove, faz esquecer o drama da Síria e do seu povo.
Pensamos ser legítimo comparar esta guerra quanto ao futuro mundial com a guerra de Espanha. A derrota da Síria, seria o prelúdio para o próximo ataque ao Irão, a que seguiria a desestabilização, provocações de fundamentalistas islâmicos visando guerras civis e o desmembramento da Rússia e China. A questão é apenas: onde é que isto pararia.
Paul Craig Roberts que conhece por dentro a política dos EUA, afirma que a Rússia e a China se estão a preparar para a guerra que vêm como inevitável. Segundo PCR, a loucura de Washington para a hegemonia mundial está a levar os Americanos contra dois países que possuem bombas de hidrogénio e com populações 5 vezes superiores às dos EUA. Considerando a insanidade do governo em Washington se em 2020 ainda houver vida humana será um milagre.
Recentemente, duas senhoras com a sra. Teresa de Sousa como moderadora – diria antes, incentivadora – defendiam, em nome da paz e dos direitos humanos, claro – a intervenção militar direta dos EUA: a sua “participação operacional”.
A mentira, a calúnia, a desinformação, atingiu um ponto alto nesta guerra. Nem um noticiário se atreve a divulgar outras fontes que não as sancionadas pela central de agressão a mais um país mártir.
Relatos de religiosos e religiosas, de médicos, jornalistas independentes, observadores internacionais, dos próprios habitantes vítimas dos ditos “rebeldes” são silenciados.
Tudo tem sido tentado divulgar para justificar a intervenção militar direta, porém estas manobras sem fundamento têm sido sistematicamente desmentidas, não conseguindo impor-se internacionalmente.
A Rússia opõe-se à “exclusão aérea”, que como vimos na Líbia (país hoje lançado no caos) serve para bombardeamentos ao exército e às populações civis em zona leais ao governo. Picasso imortalizou estas situações na sua Guernica.
Obama hesita, 65 a 70% da população dos EUA é contra o envolvimento. Porém os os falcões nos EUA e na Europa pressionam, embora aqui a Alemanha se esteja a opor à França e à loucura do primeiro-ministro Cameron.
Roland Dumas (antigo ministro dos negócios estrangeiros francês) declarou recentemente ter sido informado em Londres, dois anos antes de se iniciar a violência na Síria, que estavam a preparar “qualquer coisa na Síria”.
O Der Spiegel, relatou recentemente que o exército sírio domina o território. Os serviços de informações do governo alemão informaram que o exército sírio esta agora até mais forte e mais estável que há um ano, capaz de derrotar todas as iniciativas rebeldes.
Longe vão os tempos em que se anunciava, com datas, a derrota do exército sírio a expulsão do presidente Assad. Os noticiários ocidentais aliás não conseguem mostrar mais que ações terroristas dos mercenários pagos pelos países ocidentais, o Quatar e a Arábia Saudita. As organizações rebeldes não se entendem sequer no terreno, cada vez mais dominadas pela Al-qaeda e movimentos islâmicos afins.
Segundo o New York Times um líder rebelde confessava que iriam para as negociações de paz numa situação muito fraca: “A Rússia, o Irão e o governo sírio poderiam dizer: “vocês não têm nenhum poder. Nós controlamos todo o território. Vêm aqui pedir o quê?”
Assim se compreende o desejo ocidental (por ex. de Cameron) em criar problemas às negociações.

 

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