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29 de junho de 2018

O sector financeiro nos EUA dá sinais preocupantes

Apesar da evolução da bolsa e dos testes de resistência à Banca- já vimos este filme- algo começa a cheirar a podre no sistema financeiro do Reino de Trump...
A Reserva Federal norte-americana anunciou ontem os resultados da segunda fase dos testes de resiliência aos maiores bancos a operar nos EUA. Dos 35 analisados, 34 tiveram nota positiva. Já a unidade norte-americana do alemão Deutsche Bank terá de colmatar falhas.

Os resultados dos testes foram divulgados após o fecho de Wall Street, pelo que se esperava que as cotadas norte-americanas do sector da banca estivessem hoje a reagir em alta – cenário que se confirma.

O sector da energia, com especial as cotadas ligadas ao petróleo, ajudou também a que as bolsas do outro lado do Atlântico fechassem hoje no verde - numa altura em que o crude continua a ganhar terreno nos principais mercados internacionais.

A contribuir para a valorização do "ouro negro" está o facto de os investidores recearem que o anunciado aumento de produção da Arábia Saudita não compense os cortes previstos no Irão (devido às sanções dos EUA) e Líbia (com as forças da milícia do comandante líbio Khalifa Haftar terem tomado o controlo de alguns dos maiores terminais de exportação de crude do país, impedindo a petrolífera pública National Oil Corporation [NOC] de gerir esse fluxo).
Além do mais, na terça-feira o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou impor sanções aos países que até 4 de Novembro não deixem de comprar petróleo ao Irão, que é o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) – e ontem soube-se que o Japão e Taiwan estarão a ponderar parar de importar esta matéria-prima de Teerão.

Apesar das subidas de hoje em Wall Street, o saldo semanal foi negativo, com o renovar das tensões comerciais no início da semana a contribuir para o dito deteriorar do sentimento dos investidores.

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