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5 de março de 2021

Assalto à mão armada com a cobertura do BP

Com a cobertura de Centeno e do Governo , um roubo descarado em tempo de pandemia

 BCP é o mais recente banco a preparar-se para fazer alterações no seu preçário. Fazer transferências para contas sediadas noutras instituições bancárias ou no estrangeiro, bem como levantar dinheiro ao balcão, vai passar a ser mais caro. Mas as subidas ocorrem também nos cheques.

As alterações foram anunciadas pelo banco no seu site e entram em vigor a partir de 17 de maio. Deste modo, a instituição liderada por Miguel Maya junta-se a outros bancos, como o BPI, o Novo Banco e a Caixa Geral de Depósitos, que desde o final do ano passado têm vindo a comunicar os agravamentos das comissões junto dos clientes particulares.

Estas medidas surgem como pretexto  de que a margem financeira das instituições se vê pressionada pela política de juros baixos do Banco Central Europeu (BCE), apresentando-se as comissões como um outro meio que os bancos têm de garantir lucros. Dá vontade de rir . Os bancos estão a ganhar milhões com o diferencial entre as taxas de juro do BCE e os empréstimos que concedem às empresas e particulares para além de todas as aplicações especulativas que  fazem e que as baixas taxas de juro facilitam . Por isso , mesmo em tempo de pandemia ,mesmo com gigantescas provisões pelas moratórias os bancos tiveram fabulosos lucros e  não se dispensaram de distribuir dividendos apesar do conselho ético do BCE em sentido contrário. Por isso esta situação é inaceitável. Quando era ministro das finanças , Centeno numa esperteza saloia disse que não se opunha ao aumento escandaloso das comissões bancárias , porque preferia isso do que ter depois de ter de subsidiar os bancos... Foi nesta postura que não se opôs à UE e deixou vender o Novo Banco com as consequências que se sabe e o mesmo com as imposições à Caixa. Temos um novo Carlos Costa .  Como a maioria da banca é estrangeira estamos a deixar que estes acumulem , à custa das empresas , dos particulares e da economia. O governo não tem  pelo menos a obrigação de defender os consumidores ? 

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