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21 de maio de 2012

Nota sobre o Inq ao Emprego do 1º trm 2012

Os dados divulgados pelo INE no passado dia 16 de Maio sobre a evolução do Emprego e Desemprego no 1º trimestre do ano espelham bem o dramatismo da situação económica e social que milhões de trabalhadores e reformados portugueses vivem e desmente todos aqueles que viam na evolução económica do 1º trimestre sinais menos negativos.
No final do 1º trimestre o nº de desempregados em sentido restrito atingia 819 300 trabalhadores enquanto o nº de desempregados em sentido real (incluindo os inactivos disponíveis e o subemprego visível) chegava ao 1 224 000. No 1º caso correspondendo a 14,9% de taxa de desemprego e no 2º a 21,5%.
Estes nºs do desemprego são de tal forma graves que a taxa de desemprego no 1º trimestre supera já em 0,4 pontos percentuais a taxa de desemprego prevista pelo Governo para 2012 e que há poucos dias enviou com o Documento de Estratégia Orçamental para a Comissão Europeia.
Eles espelham:
1.      um agravamento no prazo de um ano, de 2,5 pontos pontuais na taxa de desemprego em sentido restrito, isto é, mais 130 400 desempregados e de 0,9 pontos percentuais correspondentes a 48 300 desempregados nos últimos três meses.
2.      Uma taxa de desemprego dos jovens que no 1º trimestre atingiu os 36,2%;
3.      Uma taxa de desemprego das mulheres que chegou aos 15,1%;
4.      Uma taxa de desemprego por regiões que atingiu no Algarve os 20%, na região de Lisboa os 16,5%, no Alentejo os 15,4% e na região Norte os 15,1%.
5.      Uma quebra no emprego no último ano de 203 000 empregos e só nos primeiros três meses do ano de 72 900.
Estes dados do Inquérito ao Emprego do 1º trimestre mostram que um ano depois da assinatura do Pacto de Agressão aí estão bem à vista os seus resultados, muito menos empregos, muitos mais desempregados e todos os limites do desemprego antes atingidos ultrapassados.

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