- Os trabalhadores não têm real direito a organizar um sindicato, embora enfrentem um constante decréscimo do nível de vida?
- Os trabalhadores quando tentam organizar um
sindicato independente são confrontados com repressão e ilegalmente despedidos?
- Os ativistas sindicais enfrentam o despedimento?
- Há ameaças de fecho da empresa se os trabalhadores
se organizarem?
- Metade das empresas onde há sindicalizados nunca concretizam
contratos com os sindicatos?
Pois bem, este país não é a China, mas sim os EUA,
srs. progressistas (com aspas e sem aspas), segundo a própria central
norte-americana AFL-CIO. (1)
Porém, falando de sindicatos dependentes dos governos
e das políticas governamentais então a AFL-CIO pede meças (creio que mesmo à
UGT). A AFL-CIO associou-se à política anticomunista após os anos 50 nos EUA (o
maccartismo e derivados). Os comunistas tinham nos anos 30 contribuído
decisivamente para a concretização e avanços nas políticas do “New Deal” e na
fundação da CIO. Em 1950 a taxa de sindicalização era de 40%, hoje não chega a
12%...
A AFL-CIO colaborou, nas conspirações contra governos
progressistas na América Latina (mas não só) como na Guatemala, Chile,
Nicarágua, Venezuela – golpe contra Hugo Chavez em 2002.
Na visita de aos EUA de que fala Alberto Ruiz (1) sindicalistas
chineses da (em inglês) "All China Trade Union" foram confrontados com a
existência de 90 000 ações de protestos laboraisem 2011. Foi-lhes explicado que estas reivindicações,
muitas delas com greves, foram levadas a efeito por trabalhadores não
sindicalizados, tendo contado com o apoio da Central Sindical e do governo,
resultando em melhorias salariais.
Tendo os norte-americanos perguntado o que podiam
fazer pelos trabalhadores chineses foi-lhes respondido que o melhor seria
pressionar as empresas dos EUA na China a propiciarem melhores salários e
benefícios, em vez de se dizer nos EUA que os trabalhadores chineses roubavam
postos de trabalho aos norte-americanos: “Não falou Marx no final do seu
Manifesto Comunista acerca dos trabalhadores de todo o mundo se unirem?” A resposta foi, apenas: “yes he did,
yes he did.”
1 – O presente texto foi elaborado a partir de: www.counterpunch.org Weekend Edition April 27-29, 2012 A Time for Honest
Self-Reflection The
US Labor Movement and China por Alberto C. Ruiz. - a
long-time unionist, peace activist and associate member of the left-wing World
Federation of Trade Unions (Federação Sindical Mundial). He recommends the
following website for serious reading on the struggles of labor in China: http://chinastudygroup.net/
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