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30 de setembro de 2013

Contas Nacionais


Notas sobre “ As Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional do 2º Trimestre de 2013 e o Procedimento dos Défices Excessivos “


Os dados agora divulgados pelo INE referentes às Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional do 2º Trimestre de 2013 confirmam a informação anteriormente divulgada pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República e indicam que o défice das Administrações Públicas na óptica da Contabilidade Nacional se situou no final do 1º semestre nos -5 700,2 milhões de euros, o que corresponde a um défice orçamental de 7,1% do PIB no final do 1º semestre do ano.
Com estes resultados para que o Governo consiga atingir o seu objectivo do défice para 2013 de 5,5% do PIB, o défice orçamental não poderá ultrapassar no 2º semestre do corrente ano os -3 383,7 milhões de euros, o que equivale a 4,0% do PIB na 2ª metade do ano.
Na prática isto significa uma redução do défice orçamental no 2º semestre do ano comparativamente com o 1º semestre de 2 316,5 milhões de euros, ou seja uma redução de 56% no défice comparativamente com a 1ª metade do ano.
Tendo em conta a evolução registada no défice orçamental em Contabilidade Pública nos meses de Julho e Agosto com a receita fiscal a dar sinais de algum abrandamento e a despesa pública a crescer em termos homólogos acumulados e, considerando a inevitável subida das despesas com pessoal e das despesas com o pagamento de juros da dívida no último terço do ano, dificilmente o objectivo do défice orçamental para 2013 será atingido.
Na informação agora divulgada pelo INE referente ao Procedimento dos Défices Excessivos (2º notificação de 2013) e que será hoje enviada para o Eurostat, o INE tendo por base informação fornecida pelo Ministério das Finanças reviu em alta a previsão para 2013 da Dívida Bruta Consolidada das Administrações Públicas e manteve a previsão do Défice Orçamental para este ano.
De acordo com as suas actuais previsões o nosso país terminará o ano de 2013 com uma dívida bruta consolidada das administrações públicas de 211,4 mil milhões de euros, o que representará 127,8% do PIB. No passado mês de Março essa estimativa era de 201,1 mil milhões de euros, o que correspondia a 122,4% do PIB. Em seis meses esta previsão da autoria do próprio Ministério das Finanças agravou-se em cerca de 10 mil milhões de euros.  
CAE, 30 de Setembro de 2013
José Alberto Lourenço

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