Eles queimaram Giorgano Bruno porque cometeu a heresia de tentar explicar que o Sol era apenas mais uma estrela entre tantas outras no Universo. Nicolau Copérnico teve medo de publicar em vida as suas reflexões e descobetras sobre a natureza do cosmos e dos sistema solar. Eles condenaram Galileo a uma prisão domicilária vitalícia (e mesmo assim porque o dito Galileo «abjurou» da suas tese herética de que a Terra girava à volta do Sol.
São apenas três exemplos históricos que me ocorrem (coisas profundas de quem tem pouco mais com que se entreter...) a propósito de mais uma daquelas parvoíces com que, de vez em quando (ou melhor, com demasiada frequência!...) nos vais brindando o muy ilustre e nunca demais badalado professor catedrático da Universidade Católica, João César das Neves.
Parece que só assim, escrevendo parvoeiras, o homem consegue que se fale dele.
Desta vez «parvoou» forte.
Só pode ser porque a ideologia ou escolástica académica (uma «ideologia matematicamente pura»...) que lhe inculcaram na Universidade o impede de ver melhor e sobretudo «mais longe».
Entre a parvoeira de «a maioria dos pensionistas com uma pensão de 600 euros» fingirem que são pobres para «defenderem o seu» e a parvoeira de que a solução (ou saída) para a crise em que estamos seria mesmo «reduzir ainda mais os salários», venha o diabo (cruz, credo...) e escolha.
No caso do «fingimento» a coisa atinge o nível do insulto desbragado, indigno de um ilustre catedrático.
No caso de uma maior «redução dos salários» a coisa entra no campo da estupidez, pura e dura. Parafraseando um outro ilustre catedrátio, entretando já falecido, mesmo sendo eu (ou tendo sido) apenas um obscuro «professor auxiliar convidado», um mestrando que me aparecesse com essa ideia peregrina era chumbado e mandado regressar no ano seguinte; depois de instado a estudar melhor a matéria.
Ao nosso ilustre catedrático não se lhe ocorre que todos os países do mundo gostavam de exportar mais (deve ser para isso que serviriam os «salários ainda mais baixos...) de modo a terem - eventualmente - um excedente comercial qualquer, para assim pagarem as suas «dívidas»... E sobretudo não se lhe ocorre que a ideia de todos os países do mundo terem um excedente é uma impossibilidade contabilistica...
«Andam todos ao mesmo», como nos explicava, há uns 30 anos atrás, um professor da Sorbonne num «seminário» de duas semanas intensivas da multinacional em que então trabalhava.
E não se lhe ocorre também que sendo o sistema económico mundial - de âmbito planetário - um sistema fechado, aquilo que se fizer «aqui» tem sempre repercussões «ali»...
Sendo a Universidade Católica um estabelecimento de ensino da Igreja e tendo esta a convicção de que é a representante de Deus na Terra - logo com tendência ao universal, a ver o mundo como um todo integrado confesso que esperava mais e melhor (uma outra visão «universal») de um seu catedrático.
Afinal pensa como um contabilista doméstico.
Mas atenção, tendo feito há mais de cinquenta anos atrás o antigo «Curso Geral de Comércio» (qualificava para ajudante de guarda-livros...) tenho o maior respeito pelos contabilistas.
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