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11 de março de 2016

Viva a Banca privada vivam os banqueiros !

Os serviçais da banca privada

Perante a cascata dos sucessivos casos da banca privada portuguesa, a opinião publica tomou conhecimento das falcatruas, das negociatas e dos fantásticos ordenados e pornográficas reformas que beneficiaram, e continuam a beneficiar, diversos gestores da banca, os banqueiros e suas famílias.
 Os trabalhadores e o povo tiveram a confirmação que uma boa parte dos «sacrifícios» que lhes foram impostos (salários, pensões, deterioração do serviço nacional de saúde, serviços públicos, cultura...), se ficaram e ficam a dever ao descalabro da banca.
Ficou evidente que têm estado a financiar a capitalização, o desendividamento da banca e os custos das diversas resoluções.
Apesar de todo o marketing feito a enaltecer a banca privada durante todos estes anos, desde a sua privatização, a verdade é que os portugueses têm hoje, na sua maioria, um olhar de reprovação e de desconfiança em relação ao sistema financeiro.
Conhecendo esta realidade, os comentadores serviçais da banca privada, não podendo negar o evidente, procuram evitar que se tira a conclusão de que a banca devia ser nacionalizada, ou que o Estado devia ter a maioria na banca comercial,isto é o controlo público da banca.
Nesse sentido, argumentam com a Caixa Geral de Depósitos, que nestes últimos cinco anos deu prejuízo, etc., etc..
 Miguel Sousa Tavares é um desses expoentes. 
Mostra-se muito indignado com o que a banca tem custado ao erário público, mas procura desviar as atenções dos principais responsáveis: os banqueiros e os governos de direita. E sobre o Espírito Santo nem um suspiro
Quanto à Caixa, é preciso que se saiba que, de 2004 a 2015, ela deu de lucro, já depois de pagos os impostos , mais de1500 milhões de euros . Neste valor estão descontando os prejuízos destes últimos cinco anos . Lucros que, em boa parte, foram para o Estado juntamente com os impostos.
E todo o seu património continua a pertencer ao erário público, apesar de os seus gestores terem sido os boys do PSD, CDS e PS...
Façamos uma  outra comparação.
 De 2004 a 2013, último ano do Espírito Santo, o total dos lucros da Caixa e do Espírito Santo é praticamente igual.
Mas enquanto no Espírito Santo boa parte desses lucros foram para a dita família, na Caixa ficaram no Estado!
Estes são os factos.
Quanto ao resultado das privatizações , o BPP, o BPN , o Banif , o BCP e o Espírito Santo falam por si.
Em relação à privatizado do Totta este, como se sabe, ficou nas mãos do Santander, que arrecadou, de 2004 a 2015, 3 mil e tal milhões de euros, que não ficaram no erário público nem em mãos portuguesas .

Esta, infelizmente, é a realidade da banca portuguesa , melhor dizendo dita portuguesa e cada vez mais nas mãos do estrangeiro

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