Nota sobre as últimas previsões da OCDE para Portugal
1. A
OCDE divulgou hoje as suas previsões da Primavera em que inclui as previsões
para a economia portuguesa para 2016 e 2017.
2. Em
relação às suas previsões do Outono passado a OCDE procedeu a uma sua revisão
em baixa. Se em Novembro previa que a nossa economia pudesse crescer em 2016
1,6%, agora baixou essa sua previsão para 1,2%.
3. As
razões principais que aponta para esta revisão são a previsão de queda do
investimento (na anterior previsão previa uma subida de 3,0%, agora prevê uma
queda de -1,5%) e um menor crescimento das exportações (antes previa 5,9%,
agora fica-se pelos 2,8%).
4. A
OCDE considera que as razões porque o investimento está em queda prendem-se com
o excessivo endividamento das empresas, a frágil situação do sector bancário, a
incerteza política e o abrandamento na implementação das reformas estruturais.
5. Estas
previsões da OCDE estão em linha com outras previsões de Organismos
Internacionais (CE, FMI) e Banco de Portugal. Todos estes organismos têm nas
suas últimas previsões para a nossa economia procedido a revisões em baixa para
2016 e todos eles têm assinalado a queda do investimento e o abrandamento das
exportações, como as razões fundamentais para essas mesmas revisões.
6. Os
alertas em torno da evolução do investimento são cada vez maiores, nós próprios
há muito que vimos chamando à atenção para a necessidade de se apostar no
investimento e para a importância dos fundos comunitários rapidamente chegarem
à economia. Se assim não acontecer o pouco crescimento que se verificar
assentará no Consumo e nas Importações e consequentemente no desequilíbrio da
Balança de Bens e Serviços.
CAE, 1 de Junho de
2016
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