Fundada, na sua configuração atual, em 1993, as primeiras ações do Open Society Institute (rebatizado de Open Society Foundations em 2011) ocorreram em países do Leste Europeu, do Cáucaso e da Ásia Central, onde não é possível dizer que por lá tenha tido uma atuação propriamente humanitária, muito pelo contrário. Na verdade, Soros iniciou suas atividades “filantrópicas” já em 1979, quando financiou com US$ 3 milhões anuais movimentos políticos e veículos de comunicação de dissidentes dos regimes do Bloco Soviético, a exemplo do Solidariedade, na Polônia.
Nos anos 1990, na antiga Iugoslávia, por exemplo, por meio da Open Society, Soros destinou US$ 100 milhões de dólares para movimentos políticos como o OTPOR (Resistência), para assim auxiliar na derrubada do presidente Milosevic, ocorrida em 2000. Um dos interesses que estavam em jogo era a compra do complexo siderúrgico de Trepca, avaliado à época em US$ 5 BILHÕES de dólares, uma vez que a abertura do regime facilitaria sua privatização[3]. A Iugoslávia passou por uma sangrenta guerra civil, desintegrou-se e desapareceu do mapa.
Em 2003, Soros destinou US$ 42 milhões para apoiar organizações políticas na Geórgia, como o KMARA, igualmente para a derrubada do ex-ministro das Relações Exteriores da União Soviética e então presidente Eduard Shevardnadze. Com recursos da Open Society, mil ativistas obtiveram treinamento em técnicas de desestabilização com membros do antigo OTPOR iugoslavo e do Centre for Applied Non-Violent Actions and Strategies, localizado em Belgrado, para a desestabilização do governo. Shevardnadze renunciou em novembro de 2003.
Em 2005, as ações de George Soros intensificaram-se e estenderam-se à Ucrânia, ao Quirguistão e ao Azerbaijão. Neste último país, as ações para a derrubada do presidente Ilham Aliyev, sob a alegação de fraude nas eleições e a promoção de massivas manifestações da classe-média local foram, no entanto, frustradas. Tanto Open Society como demais ONGs e fundações européias e estadunidenses destinaram recursos financeiros para organizações e veículos de comunicação de oposição ao recém re-eleito presidente, que até hoje governa o país.
Na Ucrânia, enquanto a Soros financiava o movimento Vidroszhenya (Reviver), suas congêneres européias patrocinavam demais ações e organizações para levar à queda o presidente Leonid Kuchma, o que, de fato, ocorreu. Kuchma havia sido membro do Partido Comunista da União Soviética de 1960 até 1991. Já no Quirguistão, os recursos da Open Society, por intermédio da entidade local Sociedade Civil contra a Corrupção, contribuiram para o golpe de Estado ocorrido em março de 2005, que levou o presidente Askar Akayev a refugiar-se no Cazaquistão. As alegações foram as mesmas: supostas fraudes eleitorais e corrupção, seguidas por manifestações da classe-média, influenciadas pela mídia [4]
Esses são apenas alguns poucos exemplos que compõem o quadro das chamadas Revoluções Coloridas e que não se diferenciam muito da Primavera Árabe, no que respeita exclusivamente à intervenção encoberta estrangeira, realizada por meio de ONGs, fundações e dos serviços de inteligência das principais potências ocidentais, em parte dos setores descontentes com os governos de países do Norte da África e do Oriente Médio. Cabe destacar que é bastante provável que muitos ativistas e militantes dos países envolvidos nessas ações imperialistas sequer sabiam que os recursos dos movimentos de que participavam vinham de fora do país.
Enfeitando se com algumas campanhas a favor dos ciganos e de outras minorias para dar cobertura aos apoios reaccionários , Soros é um filantropo ao serviço do Capital que por exemplo fugiu sempre à questão dos crimes de Israel designadamente na palestina
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