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5 de julho de 2021

Os 100 anos do PCC

 Entre 28 de junho e 4 de julho Importantes comemorações realizaram-se por toda a China comemorando os 100 anos do PCC, fundado a 1 de julho de 1921 por 50 operários, estudantes e intelectuais. Os noticiários (salvo alguma exceção) ignoraram o facto, remetido para “comentadores” que fazem glosas sobre o que leem no Washington Post, NYT, Financial Times. Já que quem não faz o que o TioSam manda é totalitário e ditador…

Porém, nada disto altera a realidade do entusiasmo e unidade do povo chinês à volta do seu PC, de que se salientam os jovens. A população mostrou orgulho e alegria genuína no aniversário do PCC, desafiando a propaganda imperialista. Curiosamente, verificou-se um aumento de casamentos no dia 1 de julho, com novos casais associando o seu grande dia às comemorações. Também as aspirações de jovens a ingressar no PCC ficaram em alta.

No dia 28 de junho realizou-se no Estádio Nacional de Pequim um espetáculo designado a "Grande Marcha", a história do PCC resumida numa gigantesca e espetacular exibição artística. Uma exposição do centenário do PCC foi criada no Edifício Vermelho da antiga Universidade de Pequim, retratando histórias do percurso do PCC. Naquele local nasceu o Movimento da Nova Cultura onde o marxismo iluminou pela primeira vez muitos chineses, “desenvolvendo um senso inicial de marxismo, que, desde então, moldou a estrutura política moderna da China.” No dia 1 de julho realizou-se uma grande cerimónia na praça Tianamen e discurso de Xi.

Das mensagens de muitos países saudaram o data salientamos uma carta do presidente do Paquistão para XI, na carta é dito que o Paquistão e a China “são irmãos e parceiros estratégicos”. Também os Emiratos árabes Unidos “desejam à China e aos seus sensatos lideres e amigável povo chinês manter-se progressivo e próspero." É relevante a mensagem da Rússia. Putin congratulou Xi pelo centenário do PCC e expressou as suas esperanças na intensificação de intercâmbios interpartidários dos dois países.

Os interesses fundamentais de ambos os países, estão vertidos no Tratados entre a China e a Rússia, refletindo os temas da paz e do desenvolvimento sendo um exemplo da promoção de um novo tipo de relações internacionais e construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, disse Xi. A Rússia precisa de uma China próspera e estável, enquanto a China precisa de uma Rússia forte e bem-sucedida e os dois lados se veem-se como parceiros para aprofundar a coordenação e a cooperação em vários domínios, políticos, militares, comércio, culturais e assuntos internacional, de acordo com o comunicado.

Tudo estes factos têm como envolvente o facto ter sido definida como o principal concorrente estratégico pelos EUA e a pressão militar dos EUA sobre a China continuar a aumentar. Portanto, a China tem acelerado o aumento da sua dissuasão nuclear para conter o impulso estratégico dos EUA.

Assim consideram necessário construir uma capacidade de segundo ataque nuclear confiável, que precisa ser garantida por ogivas nucleares suficientes. O Ocidente está ciente de que não pode usar forças armadas para impedir a ascensão da China. No entanto, outras abordagens foram organizadas visando a desintegração do país e o lançamento de uma nova guerra fria para suprimir os direitos de desenvolvimento da China. “Afinal, o Ocidente vive com a fantasia do passado de remodelar a China da forma que deseja - um país sujeito à civilização ocidental para que possa ser intimidado à vontade.”

Para uma melhor compreensão do que é a China de hoje e para onde quer ir vale a pena ler o discurso de Xi, ignorado pelos “comentadores”, que não se atrevem a ir além do que dizem os media dos EUA.

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