Linha de separação


27 de abril de 2012

Uma política suícida

Os resultados da política neoliberal, da austeridade, da redução brutal dos défices públicos  aí estão  a mostrar que estamos perante uma política suicida.
O Banco da Grécia prevê um novo agravamento da recessão para este ano. O Reino - Unido registou  o seu segundo trimestre recessivo e entrou oficialmente em recessão. A Espanha que viu a notação da sua dívida em baixa por uma empresa de notação financeira e um novo aumento do desemprego deverá anunciar que entrou oficialmente em recessão na semana que vem . A Irlanda que Comissários Europeus , analistas e governantes portugueses apontavam como exemplo do sucesso das políticas de austeridade-estamos mais próximos da Irlanda do que da Grécia dizia Passos Coelho- deixou de ser referida. De facto a Irlanda entrou em recessão , entrou em incumprimento e fez com o BCE uma reestruturação da dívida á socapa . Agora o Eurostat . considerou que o governo Irlandês devia integrar nas contas públicas 5,8 milhares de milhão de euros que foram consagrados ao salvamento da banca e contestou  a contabilização de 32 milhares de milhão da dívida detida pela NAMA - um bad bank irlandês- aumentando o défice público que atingiu em 2011 os - 13,1% bem acima dos −10,6 % fixados pela troika.
 Por sua vez a Itália tem visto a sua situação económica, financeira e social a agravar-se acentuadamente e os financiamentos externos a atingir valores proibitivos
A Austria reinjectou recentemente 1,27 milhares de milhão de euros no KA FINANZ , um bad bank em que o Estado é o único accionista. Mesmo na Alemanha cuja economia abranda o Estado tem garantidos   os activos tóxicos de vários bancos- Hypo Real  Estate,Westlb,.. e estes continuam a aumentar.
 Perante o desastre evidente aumentm as vozes dos que afirmam que é necessário mudar de caminho antes que seja tarde como aconteceu ao Titanic. Mais austeridade auto alimenta a espiral depressiva dizem agora mesmo aqueles que ainda há pouco defendiam o contrário. Aumento dos prazos para reduzir os défices, financiamento dos Estados pelo  BCE,diminuição das taxas de juro, euroobrigações para relançar investimentos a  nível europeu...
Entretanto mantém-se o ciclo vicioso do desendividamento púbico e privado e os desregulamentos do sistema financeiro que juntamente com a redução do poder e compra dos trabalhadores e da generalidade das famílias são o principal motor do prosseguimento da crise.

Sem comentários: