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23 de fevereiro de 2013
Execução Orçamental
Breve Nota Execução Orçamental Janeiro de 2013
1. Em termos de execução orçamental o ano de 2013, começa como terminou o anterior
mal, com os efeitos da profunda recessão em que o nosso país está mergulhado a
fazerem-se sentir na queda continuada da receita fiscal e das contribuições para a
segurança social e com as despesas com o subsídio de desemprego a subirem, como
resultado do aumento em flecha do desemprego.
2. Para uma previsão orçamental de crescimento das receitas fiscais da Administração
Central e da Segurança Social de 6,6% em Janeiro de 2013, o que se verificou foi que
estas receitas caíram -0,7%, destacando-se a queda de 8,1% dos impostos indirectos.
Entre estes destaca-se naturalmente a queda da cobrança do IVA por ser o principal
imposto e por só em Janeiro essa queda ter sido já de 4%, com o Estado a arrecadar
menos 41,5 milhões de euros do que em Janeiro de 2012.
3. Para uma previsão de crescimento das Receitas das Contribuições para a Segurança
Social de 8,1% em Janeiro, o que se verificou foi que estas caíram 3,9%.
Se do lado das receitas a evolução da receita fiscal e das Contribuições para a
Segurança Social espelham a profunda recessão em que a nossa economia está
mergulhada, com as famílias a reduzirem o consumo e as empresas a encerrarem,
o que tem óbvias consequências na queda das receitas do IVA e nas Contribuições
para a Segurança Social. Do lado das Despesas da Administração Pública o dado mais
relevante é sem dívida a subida das despesas da Segurança Social com prestações
sociais (+6%) e em especial com o subsídio de desemprego (+33,2%). Se se previa no
Orçamento de Estado para 2013 que as despesas correntes da Administração Central
e da Segurança Social crescessem em Janeiro 2,2% a verdade é que os dados ontem
divulgados apontam para um crescimento de 13,2%.
5. Com um mês apenas de execução orçamental começam já a ficar claros os efeitos do
aprofundamento destas políticas recessivas na queda das receitas do Estado e apesar
de todos os cortes na Despesa Pública, fica também clara a dificuldade em conter
determinadas despesas.
CAE, 23 de Fevereiro de 2013
José Alberto Lourenço
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