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13 de fevereiro de 2013

O PAPA E OS CRIMES CONTRA A HUMANIDADE


Noticiários com muita excitação consideraram que o “mundo inteiro” se tinha emocionado com a demissão do Papa. Esta do mundo inteiro, quando apenas uns 17 a 18% da população mundial é considerada católica (o que não quer dizer que o seja de facto) faz lembrar aquela história dos tempos do imperialismo britânico em que a BBC dizia: “há nevoeiro no Canal, o continente está isolado”.
Em 16 de janeiro passado o NY Times relatava o encontro do sr. Leon Panetta com o Papa. Um encontro justificado, não só por o sr. Panetta assistir à missa todos os domingos, mas por vir à Europa despedir-se dos aliados com quem travou, pelo que se viu ótimas relações como diretor da CIA e Secretário da Defesa dos EUA.
“Obrigado, por ajudar a proteger o mundo” – disse o Papa. “Reze por mim” – replicou o sr. Panetta. (1)
Vejamos o que o Papa considera “proteger o mundo”, e o relato que faz Jay Janson historiador, escritor e artista em Nova Iorque.
Nas funções que Panetta desempenhou foram desencadeadas impiedosas guerras ilegais no Afeganistão, Paquistão, Somália, Iémen, com o custo de milhares de vidas de homens, mulheres e crianças inocentes, nas suas pobres nações.
Sob Panetta, mercenários foram pagos para destruir a nação mais próspera de África  antes dos bombardeamentos da NATO, embora a população demonstrasse apoio ao governo da sua  revolução Verde a Kadaffi.
Na Síria 60 000 já morreram na tentativa dos anteriores poderes coloniais assumirem de novo o controlo do país com o apoio dos EUA e satélites como Israel, Turquia, Arábia Saudita.
É um facto mais que comprovado que a CIA tem violado as leis dos EUA e internacionais com assassínios, raptos e tortura. (Paul Kraig Roberts - CIA's Hypocracy Astonishes the World, www.vdare.com, 9/6/2009)
É a isto que o Papa chama “proteger o mundo”? Será que as suas orações são escutadas em algum lugar a não ser nas sedes da CIA, transnacionais e governos satélites destes poderes?
Se há algo que possa espantar o mundo e os homens de boa vontade é o bispo de Roma, ser conivente com crimes de guerra. Irá haver agora mais um Papa escolhido com o “nihl obstat” da CIA? Isto de acordo com a revista TIME em fevereiro de 1992, relativamente a João Paulo II.
1 .- Jay Janson em "Information Clearing House” -  January 17, 2013 " - Jay Janson is an archival research peoples historian activist, musician and writer; has lived and worked on all continents; articles on media published in China, Italy, UK, India and the US; now resides in NY

 

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