Nota sobre o
inquérito ao Emprego do 4º trimestre de 2012
1.
Os dados hoje divulgados pelo INE referentes ao
Inquérito ao Emprego do 4º trimestre de 2012, confirmam a tendência de
agravamento do desemprego e de destruição do emprego dos últimos anos e em
especial após a assinatura do pacto de agressão no final do 2º trimestre de
2011. Nos últimos 18 meses, entre o 2º trimestre de 2011 e o 4º trimestre de
2012 foram destruídos em Portugal 361 200 postos de trabalho, mais 248 200
trabalhadores foram para o desemprego e a taxa de desemprego em sentido
restrito agravou-se 39,7%, passando de 12,1% no 2º trimestre de 2011 para 16,9%
no 4º trimestre de 2012.
2.
No 4º trimestre de 2012 o desemprego em sentido
restrito atingiu os 923 200 trabalhadores (16,9%) e em sentido lato 1 443 900
trabalhadores (25,3%). Por regiões verifica-se que o desemprego no Algarve e na
Madeira atingiu os 19,7%, na região de Lisboa os 18,7%, na região Norte os
17,8% e no Alentejo os 17,2%. Só as regiões dos Açores com 16,2% e a região
Centro com 12,7% têm taxas de desemprego inferiores à média nacional.
3.
Outros dados impressivos destes resultados agora
divulgados são sem dúvida: o facto de a taxa de desemprego dos jovens, apesar
da sua taxa de actividade ser bem inferior à dos outros grupos etários, ter
atingido no 4º trimestre de 2012 os 40%, o facto de 56,3% dos desempregados
(519 900) estarem no desemprego há mais de um ano e de 148 600 desempregados
serem licenciados (mais 37,6% do que no 4º trimestre de 2011).
4.
Por sectores, entre o 4º trimestre de 2011 e o
4º trimestre de 2012, foram destruídos em Portugal 44 000 postos de trabalho na
indústria transformadora, 107 100 postos de trabalho no sector da construção e
56 100 postos de trabalho no sector dos serviços.
5.
Os dados agora divulgados provam que este
Governo é sem dúvida uma verdadeira máquina de destruição de empregos, de
criação de desemprego e de condução de milhares e milhares de trabalhadores e
das famílias à miséria e à pobreza.
6.
A demissão de Governo e o fim das políticas que
a coberto do Pacto de agressão têm vindo a ser prosseguidas são cada vez mais
um imperativo nacional, sob pena de o nosso país poder entrar a curto prazo
numa profunda depressão económica e social, com impacto extremamente negativos
na vida dos trabalhadores e do povo.
AR, 13 de fevereiro de 2013 (José Alberto Lourenço)
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