A gravíssima crise que este governo
não apenas provoca, mas deliberadamente promove, faz esquecer o drama da Síria
e do seu povo.
Pensamos ser legítimo comparar esta
guerra quanto ao futuro mundial com a guerra de Espanha. A derrota da Síria,
seria o prelúdio para o próximo ataque ao Irão, a que seguiria a
desestabilização, provocações de fundamentalistas islâmicos visando guerras
civis e o desmembramento da Rússia e China. A questão é apenas: onde é que isto
pararia.
Paul Craig Roberts que conhece por
dentro a política dos EUA, afirma que a Rússia e a China se estão a preparar
para a guerra que vêm como inevitável. Segundo PCR, a loucura de Washington
para a hegemonia mundial está a levar os Americanos contra dois países que
possuem bombas de hidrogénio e com populações 5 vezes superiores às dos EUA.
Considerando a insanidade do governo em Washington se em 2020 ainda houver vida
humana será um milagre.
Recentemente, duas senhoras com a
sra. Teresa de Sousa como moderadora – diria antes, incentivadora – defendiam,
em nome da paz e dos direitos humanos, claro – a intervenção militar direta dos
EUA: a sua “participação operacional”.
A mentira, a calúnia, a
desinformação, atingiu um ponto alto nesta guerra. Nem um noticiário se atreve
a divulgar outras fontes que não as sancionadas pela central de agressão a mais
um país mártir.
Relatos de religiosos e religiosas,
de médicos, jornalistas independentes, observadores internacionais, dos próprios
habitantes vítimas dos ditos “rebeldes” são silenciados.
Tudo tem sido tentado divulgar para
justificar a intervenção militar direta, porém estas manobras sem fundamento têm
sido sistematicamente desmentidas, não conseguindo impor-se internacionalmente.
A Rússia opõe-se à “exclusão aérea”,
que como vimos na Líbia (país hoje lançado no caos) serve para bombardeamentos
ao exército e às populações civis em zona leais ao governo. Picasso imortalizou
estas situações na sua Guernica.
Obama hesita, 65 a 70% da população
dos EUA é contra o envolvimento. Porém os os falcões nos EUA e na Europa
pressionam, embora aqui a Alemanha se esteja a opor à França e à loucura do
primeiro-ministro Cameron.
Roland Dumas (antigo ministro dos negócios estrangeiros
francês) declarou recentemente ter sido informado em Londres, dois anos antes de se iniciar a violência na Síria, que estavam a
preparar “qualquer coisa na Síria”.
O Der Spiegel, relatou recentemente
que o exército sírio domina o território. Os serviços de informações do governo alemão
informaram que o exército sírio esta agora até mais forte e mais estável que há
um ano, capaz de derrotar todas as iniciativas rebeldes.
Longe vão os tempos em que se
anunciava, com datas, a derrota do exército sírio a expulsão do presidente
Assad. Os noticiários ocidentais aliás não conseguem mostrar mais que ações
terroristas dos mercenários pagos pelos países ocidentais, o Quatar e a Arábia
Saudita. As organizações rebeldes não se entendem sequer no terreno, cada vez
mais dominadas pela Al-qaeda e movimentos islâmicos afins.
Segundo o New York Times um líder
rebelde confessava que iriam para as negociações de paz numa situação muito
fraca: “A Rússia, o Irão e o governo sírio poderiam dizer: “vocês não têm
nenhum poder. Nós controlamos todo o território. Vêm aqui pedir o quê?”
Assim se compreende o desejo
ocidental (por ex. de Cameron) em criar problemas às negociações.
Sem comentários:
Enviar um comentário