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16 de janeiro de 2015

A maioria deseja o renascimento da URSS

Uma cadeia de televisão russa, de orientação liberal, (TV business RBC TV) realizou uma sondagem sobre qual o maior desejo que pediriam ao “Pai Natal”. O resultado foi que 59,3% das respostas formulavam como maior desejo o "renascimento da URSS”! Atendendo às características do canal, cujo auditório não será maioritariamnete de trabalhadores,  mais significado tem a resposta.
Também, a Gallup (norte-americana) realizou uma sondagem em 11 repúblicas pós-soviética sobre como cada pessoa comparava a situação atual com a anterior. No conjunto, apenas 24% considerou a desintegração da União Soviética como facto positivo. No que se refere a Rússia, 55% consideraram a mudança prejudicial e apenas19% acreditava que houve uma melhora no seu estilo de vida.
Estes resultados são no fundo consistentes com os do referendo de 17 de março de 1991, onde os soviéticos votaram por uma maioria esmagadora para o prosseguimento da URSS.
À questão: "Considera necessária a manutenção da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas como uma federação de repúblicas de igualdade soberana na lei, no qual será garantido os direitos e liberdades das pessoas, independentemente da sua nacionalidade?" Com uma forte mobilização (80%), 76,4% dos eleitores então tinha manifestado seu compromisso com a manutenção da URSS.
Esta votação que então já nada podia denegrir como antidemocrática e a única manipulação existente era pela propaganda que desde nos anos recentes campeava contra o sistema soviético e o passado da URSS.
Este referendo não só foi ignorado pela propaganda ocidental (leia-se capitalista) como era então diariamente apresentado na comunicação social manifestações pelo fim do que afinal era o seu país ou declarações de entrvistados, sempre no mesmo sentido antisoviético.
Gorbachev não levou em conta a votação e assinou o decreto dissolvendo a URSS... sendo por isso considerado pelo imperialismo um “grande democrata”. Ficará na história como alguém que traiu o seu próprio povo que hoje só nutre por ele indiferença e desprezo.
Um quatro de século depois e de terem experimentado o capitalismo o vínculo à pátria soviética não se apaga.

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