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26 de janeiro de 2018

O vento está de feição e a especulação também

A economia dos Estados Unidos cresceu 2,6% nos últimos três meses do ano, um valor que ficou abaixo do esperado pelo consenso dos economistas, que anteviam uma subida do PIB de 3%.
No entanto :O Dow Jones encerrou a ganhar 0,84%, para se fixar nos 26.614,85 pontos, naquele que foi um novo máximo de sempre.

O Standard & Poor’s 500, por seu lado, avançou 1,18% para 2.872,87 pontos – que constituiu simultaneamente um recorde de fecho e um novo máximo histórico.

Também o tecnológico Nasdaq Composite esteve em alta, fechando a somar 0,98%, para 7.505,77 pontos, um nível nunca antes visto.

O facto de o dólar ter voltado a desvalorizar face aos seus principais congéneres também animou Wall Street, sobretudo as cotadas com perfil mais exportador.

Os investidores continuam à espera de resultados agregados robustos por parte das empresas norte-americanas. Segundo os dados da Thomson Reuters, o consenso dos analistas projecta um aumento de 13,2% dos lucros no quarto trimestre.


Das 133 empresas do S&P 500 que já reportaram as suas contas, 79,7% superaram as estimativas – muito acima dos 72% que têm batido, em média, as projecções dos lucros nos últimos quatro trimestres.

Na próxima semana, as tecnológicas estarão em força na divulgação das suas contas, nomeadamente a Apple, Amazon, Alphabet (casa-mãe da Google), Microsoft e Facebook.

No passado mês de Dezembro, os analistas do Morgan Stanley mantiveram o seu optimismo em relação às chamadas "acções FAANG", o grupo de títulos formado pelo Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google (Alphabet).

Segundo cálculos do banco de investimento recolhidos pelo MarketWatch, estes títulos, a par com a Microsoft, representaram 27,5% da subida na capitalização do S&P 500 em 2017, "o terceiro maior nível de concentração durante os mercados altistas dos últimos 20 anos". Só em 2004 e em 1999 é que se produziu uma maior concentração.

As cinco grandes marcas da tecnologia mundial ganharam 75.917 milhões de dólares nos primeiros nove meses do ano. O Morgan Stanley continua a recomendar a compra de acções destas empresas, porque contam com vantagens competitivas que reforçam a sua liderança.

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