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7 de março de 2019

As economias dominadas pelos sistemas financeiros

 A roleta da economia de casino continua a rolar. Depois digam que os povos viveram acima das suas possibilidades
Há um novo foco de preocupação que está a motivar alertas de bancos centrais e reguladores financeiros de todo o mundo. Trata-se do gigantesco mercado de empréstimos alavancados, cujo crescimento traduz a prática cada vez mais popular entre os grandes investidores de emprestar dinheiro a empresas com fraco historial de cumprimento.
Na base deste mercado estão instrumentos complexos denominados de obrigações de empréstimos colateralizados (CLO, na sigla inglesa) que são, no fundo, o resultado da titularização de empréstimos concedidos pelos bancos a empresas de alto risco, tipicamente já endividadas e com baixa notação financeiraOs CLOs são, assim, semelhantes aos CDOs (obrigações de dívida colateralizada) que estiveram na origem da crise financeira global, com a diferença de que estes últimos não tinham por trás dívida de empresas mas sim créditos hipotecários.
O problema é que as semelhanças não ficam por aqui: estima-se que este mercado de empréstimos de alto risco supere já os 1,4 biliões de dólares – com novas emissões anuais de 100 mil milhões de dólares - um valor equivalente ao volume de CDOs (subprime) em 2008. 
 O BCE perante o abrandamento das economias , os desequilibrios financeiros crescentes provocados pelo Euro resolveu repetir e reforçar a dose :
"Le système financier est plus que jamais assisté, comme en témoignent les nouvelles mesures annoncées par la BCE.
Précédemment, celle-ci avait repoussé la hausse de son principal taux directeur ainsi que la date à laquelle elle cessera de réinvestir dans son stock d’obligations pour le maintenir à volume constant, qui interviendra « bien au-delà après » son intervention sur son taux. Elle a aujourd’hui annoncé une seconde vague de prêts géants entre septembre 2019 et mars 2021, les TLTRO. Leur maturité sera de deux ans, et l’on ne sait pas encore si, comme la première vague, ces prêts seront à 0%, voire à -0,40% comme c’était le cas pour certains. Les banques emprunteuses bénéficiaient d’un taux négatif à condition d’utiliser ces fonds pour des opérations de crédit et non de spéculation. On connait son monde."François L.

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