O Banco tem recorrido ao fundo de resolução , uma cortina de fumo para os governos dizerem que não é o contribuinte que vai pagar.Vitor Bento diz que o Fundo de Resolução é uma ficção. Passos e Maria Luís Albuquerque diziam que a operação não iria custar nada aos contribuintes , é o que se está a ver. O Estado entra com os fundos e nem sequer tem alguém na administração do banco. O fundo Abutre chama -lhe um figo.
A entrada da Lone Star no Novo Banco foi negociada pelo secretário de Estado dos Transportes do anterior governo, Sérgio Monteiro, contratado pelo Banco de Portugal para prestar assessoria ao processo. Monteiro, que é um dos campeões das privatizações enquanto governante, recebeu cerca de meio milhão de euros desde que saiu do executivo do PSD e do CDS-PP.
Novo Banco pede mais de mil milhões
Com base nestes resultados, o banco liderado por António Ramalho vai pedir mais 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução, ao abrigo do Mecanismo de Capital Contingente (CCA).
Quem são os caloteiros ? Não vai haver uma Comissão de inquérito na AR ?
É só para a Caixa ?
Em abril do ano passado o jornalista Hugo Carvalho escrevia no Publico : " Os 44 calotes do Novo Banco "
(...)Pelo que aconteceu no BES os portugueses já pagaram cerca de 8,5 mil milhões (10 dígitos!), isto é, o dinheiro dos seus impostos que já saiu ou sairá do seu bolso para a esfera dos bancos pós-BES. Nova pergunta: quanto?!
A generalidade das pessoas não trabalha no seu dia-a-dia com mais do que 4 dígitos (1000 euritos), e recebe bem menos do que isso. O facto de trabalhar com notas de 5 e 10 euros, às vezes uma de 20 ou de 50, gera uma dificuldade de conseguir quantificar estes valores (de 10 dígitos); façamos por isso aproximações.
1,1 mil milhões de euros (10 dígitos) é mais do que recebem todas as instituições de ensino superior por ano do Orçamento do Estado; pelo que estamos a falar de valores que permitiam pagar mais de 7 anos de ensino superior em Portugal;
A comparticipação do Estado na construção dos estádios do Benfica, Boavista, Porto e Sporting para o Euro2004, foram cerca de 236 milhões: quando falamos de 8,5 mil milhões para o problema BES/Novo Banco estamos por isso a falar de 36 vezes mais;
Este valor são quase 15 milhões de salários mínimos;
E se o salário médio líquido dos trabalhadores por conta de outrem em Portugal é de 865 euros, 8,5 mil milhões dava para pagar 2 meses e meio a todos os trabalhadores por conta de outrem do país.
Ora, percebido “grosso modo” o quanto, é importante perceber que não só os portugueses já pagaram tudo isto, como vão continuar a meter dinheiro na banca de 3 formas: porque é lá que colocam o seu dinheiro (cedem a “matéria-prima” com que os bancos ganham dinheiro), porque pagam (cada vez mais) comissões bancárias por tudo e por nada (recentemente até jovens que estavam isentos de comissões na CGD passaram a ter de pagar também) e porque no fim, se a gestão der prejuízo porque grandes caloteiros não pagam os empréstimos que lhes foram dados sem garantias suficientes, é o contribuinte que paga outra vez.
Claro que não é esta a língua dos financeiros. O Banco de Portugal fala sobre isto nos seguintes termos: “A redução do stock de NPL, que ainda permanece elevado, exige que as medidas incluídas na estratégia abrangente continuem a ser adotadas”. São as “imparidades”, a “sobre-exposição ao risco de setores não estratégicos”, “os rácios de capital” e outras coisas assim… E esta linguagem vai camuflando o como.
Resta-nos o quem. Já sei que o problema é muito maior na banca toda e em todos os processos envolvendo bancos “resolvidos”, “falidos”, “defraudados” ou “descapitalizados”. Mas hoje o que eu sei com segurança é que 44 pessoas ou entidades estão a criar o grosso de um problema de 5,4 mil milhões que eu, como português, sou chamado a resolver, pagando. Eu pago, voluntariamente ou por imposto. Mas quero saber quem são! E considero ter direito a isso!"
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