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9 de março de 2019

Uma novela de vigarices e Charlatanices

Mentiras para enganar o pagode.  Carlos Carvalhas
1 Centeno e Costa têm agora dúvidas sobre a venda de activos do Novo Banco. Pensam que esses activos com créditos problemáticos foram vendidos ao desbarato. Têm dúvidas agora. Mas não foram alertados mais que uma vez pelo PCP que acrescentou ainda que o Lone Star representado na Europa pelo filho mais velho da dona do Santander iria esmifrar até ao cêntimo o Capital Contingente , eufemismo para denominar uma garantia pseudo limitada ?
Quem foram as empresas que venderam e que compraram os activos do Novo Banco ? Que ligações têm ao Santander e/ou Lone Star ?`Ficamos à espera da investigação instaurada por Centeno.Que não seja mais uma cortina de fumo , como certos " rigorosos inquéritos " .
Com a redução dos activos o Novo Banco para satisfazer os rácios exigidos veio pedir mais dinheiro ao Estado via Fundo de Resolução que Centeno e Costa mentirosamente dizem que não custará nem um cêntimo aos contribuintes ...
Em 2015 já em campanha eleitoral depois de ter falhado a venda do Novo Banco Passos Coelho disse displicentemente que o Fundo de Resolução estava a render juros dando a entender que era um bom negócio para o Estado e que quanto mais durasse melhor...
Costa também em campanha eleitoral comentou a afirmação de Passos como , "Um descaramento Absoluto "... Hoje diria certamente que era :um descaramento relativo....pois repetiu na Assembleia a mentirola de Passos Maria Luís de que o Fundo de Resolução nada custaria aos contribuintes.
2 Quando este governo alterou as condições do Fundo de Resolução alongando o prazo de pagamento para trinta anos , Passos veio dizer que era um perdão à banca de quase metade...Afinal sempre há custos para os contribuintes.
Pondo de lado a diminuição de lucros entregues ao Estado pela Caixa Geral de Depósitos na sua comparticipação para o Fundo de Resolução e o que se passará nestes 30 anos...vejamos ainda algumas contas já publicadas.
  • "O Fundo de Resolução vai remunerar o empréstimo do Estado com taxas que "pretendem " refletir os custos da República. Para os primeiros cinco anos, as taxas são de 2% (BES) e 1,38% (Banif). Por comparação, a julgar pelos preços do mercado, o Estado paga mais do que isso por dívida a cinco anos
  • Pior: se tivermos em consideração o custo médio da dívida pública portuguesa (ponderado por todos os prazos), este é de cerca de 3,% segundo o IGCP. Esta será, eventualmente, a referência mais correta, já que estamos a falar de dívida do Estado, fungível, e isto é o que o Estado paga, em média, por todo o bolo da dívida.
  • Pior ainda: se tivermos em consideração o que o Estado pagaria para emitir dívida a 30 anos, a taxa não seria inferior a 4%— e há dúvidas sobre se mesmo pagando 4% o Estado conseguiria emitir um montante significativo de dívida a 30 anos.   Esta seria, contudo, a referência que poderia fazer menos sentido comparar, porque a taxa só foi definida até 2021.  Os contribuintes vão pagar e não vai ser pouco Se a Banca vier a pagar 60 % já será uma sorte. E tudo isto não tendo em conta a Caixa Geral de Depósitos , nem a taxa efectiva de IRC que a banca paga ao Estado . O Estado nem sequer incluiu , além da taxa de juro um prémio de risco adicional(um spread) que é o que a Banca faz em qualquer empréstimo
"É por fatores como estes, conjugados, que economistas como Ricardo Cabral, colunista do Público, defendem que está, de facto, a haver um perdão. A opção deste economista é olhar para a taxa a 30 anos (29, em rigor) e extrair daí uma taxa de desconto. Ou seja, da mesma forma que um euro hoje não é o mesmo que um euro daqui a 30 anos, o economista acrescenta um spread de um ponto percentual e calcula que os 4.953 milhões de euros que hoje são devidos pelo Fundo de Resolução, na realidade, equivalem a 2.278 milhões de euros em valor atual." Embora seja um calculo hipotético o valor é quase metade."



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