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10 de outubro de 2019

Alterações na estratégia politico-militar mundial - 2

O exército iemenita e os Houthis conseguiram por em causa a capacidade das forças armadas sauditas ao reduzir a produção de petróleo da Arábia Saudita (A S) a quase metade, e derrotarem três brigadas sauditas e controlarem mais de 350 quilómetros da A S, cujo orçamento militar é de quase 90 mil milhões de dólares por ano.
Milhares de militares sauditas foram mortos, feridos ou capturados e seus equipamentos perdidos, num movimento de cerco remanescente das ações das Republicas Populares de Donetsk e de Lugansk na Ucrânia em 2015, onde as forças de Kiev foram igualmente cercadas e destruídas. (1)
Estas ações põem em causa a estratégia dos EUA/NATO e aliados no Médio Oriente. Por um lado evidenciam as fragilidades dos sistemas de defesa dos EUA, por outro as capacidades militares em termos balísticos, cibernéticos e de organização e competência militar não apenas do Iémen, mas também do Irão, de que aquelas são certamente derivadas.
Se as consequências para a economia mundial, em primeiro lugar para os países ancorados ao dólar, são graves com o prosseguimento da guerra contra o Iémen, imagine-se a que conduziria uma guerra contra o Irão.
Que pensa a UE disto, ignora-se. Na posse da nova comissão não consta que no PE a nova presidente da CE tenha sido questionada sobre questões de guerra e paz na sua vizinhança.
 
Outro acontecimento que põe em cheque a arrogância “ocidental” foi o desfile militar na comemoração dos 70 anos da R P da China.
Com novos misseis, projetados para destruir poder naval dos EUA como o DF-100 ou DF - 17 hipersónico, fragiliza drasticamente a estratégia dos EUA na região, com consequências relativamente a Taiwan, mar do Sul da China ou Hong-Kong. Além destes, o novo ICBM DF-41 pode atingir qualquer parte do território dos EUA em 30 minutos

Os EUA não são mais o poder dominante no Pacífico ocidental e teriam que se esforçar muito para vencer um conflito contra a China, de acordo com um novo estudo de um instituto australiano. http://www.informationclearinghouse.info/52140.htm

Qual é o papel do secretário -geral da ONU perante as ameaças à paz que o mundo enfrenta devido à insanidade agressiva que domina o poder nos EUA? Os iemenitas propuseram negociações de paz. O sr. Guterres como secretário geral da ONU devia desde logo prontificar-se para organizar uma mediação, etc. Mas não. Está caladinho que nem um rato. Tal como a desinformação mediática. A razão é simples. Os EUA e Israel pressionam para a continuação da guerra embora se prove que apenas conseguem massacrar civis inocentes. é que a paz seria a confirmação de (mais) uma derrota imperialista e uma vitória indireta do Irão. Assim vai o “mundo livre” da ditadura oligárquica, assim vão as “democracias liberais”.
 

 

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