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26 de fevereiro de 2020

De novo o espectro da deflação

Eles falam na penuria de dólares fora dos EUA , nas dívidas dos emergentes  que se vão vencer tituladas em dólares e na valorização relativa do dólar em relação às suas moedas ; na venda de materias primas a baixo preço para pagar as dívidas ; na necessidade de mais injecções monetárias e de se continuar com as taxas de juro baixas .
Trump quer ganhar as eleições e qualquer crise que que se perfile no horizonte tem que ser repelida de qualquer maneira. A fuga para a frente instrumentalizando a FED.
 Os que afirmaram que empregos  poderiam regressar aos EUA com o coronavírus  não contaram com a resposta pronta e eficaz da China e agora o feitiço pode virar - se contra o feiticeiro !
A pandemia do coronavirus pode tornar  ainda   mais expressiva a sobre acumulação  de capital e aumentar o fosso entre a sobre produção, "a capacidade produtiva instalada", os stocks e a procura solvável. 
Tudo isto no quadro de uma brutal dívida privada e publica , de um crescimento movido pelo crédito e liquidez a jorros e com  a roleta do casino planetario na sua máxima expressão . Uma nova pandemia financeira poderá ser mais mortífera do que a actual gripal.
E isto nada tem a ver com "os cines negros "de Roubini de 2010 , nem com os seus cisnes brancos de 2020 , mas com um "pequeníssimo pormenor" a pressão que se manifesta para a baixa tendencial da taxa de lucro . A instabilidade das bolsas , a procura de valores refugio e a cotação do ouro mostram - nos a agudização das contradições 
 Os instrumentos de análise que nos legaram Marx e Lénine continuam a ser preciosos...mesmo para os seus detratores...

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