Onde encontrar a eletricidade para substituir o petróleo nos motores para a nossa mobilidade e nos queimadores das nossas caldeiras, senão no nuclear?
E as moscas trocaram de burro ...
Há já algum tempo que consulto o site “eco2mix” onde em tempo real podemos acompanhar a produção de eletricidade francesa. Eu vejo vários movimentos:
1- as importações, de até 10% em determinados dias, tendem a aumentar.
2- As exportações, quando existem, são desprezíveis.
3- A produção eólica, 8000 máquinas instaladas, raramente ultrapassa 2%, mas às vezes chega a 12% do total, prova da irregularidade desta produção.
4- A produção fotovoltaica é quase sempre insignificante.
5- Desde o desligamento dos reatores de Fessenheim, a produção nuclear raramente ultrapassa 65%, contra mais de 70% anteriormente.
Poucos minutos depois, observo minhas contas e vejo uns bons + 10% entre 19 e 21 de outubro, para um consumo anual equivalente. Constato também um 15% (TCFE + CSPE) destinado a investimentos em energias renováveis. Na TV, soube que isso é consequência do “mercado europeu de eletricidade” . Para igualizar os preços na Europa, eles devem ser aumentados onde estão baixos, especialmente na França. Porém, eu tinha ouvido outro raciocínio quando nos venderam este “grande mercado”, lembre-se de que a competição leva a reduzir os preços. E toda essa armada de vendedores da banha da Cobra que nos prometiam mais verde do que eletricidade verde sem, é claro, nunca dizer que era a EDF e suas fabricas que, a baixo custo, a forneciam.
Reindustrializar, dizem, mas é possível quando o país perde um de seus principais ativos: o baixo custo da energia elétrica? .
Reli a prosa produzida pela comissão parlamentar de inquérito sobre o fechamento de Superphénix (maio de 1998: https://www.assemblee-nationale.fr/rap-enq/r1018-1.asp.
Desde o início, Jospin faz saber que a decisão de encerrar foi tomada, mas esquece que se trata de um acordo com os ecologistas. Há, pois, na sala, duas tendências, aquelas, ecologistas de várias freguesias, que querem a pele de Superphénix e aquelas que, em graus diversos, são contra o abandono.
Mamère e Rivasi, que estão em campanha pelo fechamento, convidaram todos os ecologistas para a tribuna, Voynet (Ministro do Meio Ambiente), Cochet, Grenpeace (Rebelle e Thiery), Lepage e todas as associações antifenix européias. Os socialistas, cautelosos, convidaram especialistas bastante favoráveis à Superphenix (Curien, Charpak, três eruditos do CEA e Allègre, ministro da Pesquisa Científica). A direita, Galley, presidente da comissão, Poniatowski, Borotra .... é francamente hostil ao fechamento, mas nunca promete qualquer reabertura. Mesmo Mei comunista (vice-presidente da comissão) abstém,se a “esquerda plural” ssim o obrigaobriga, depois de ter argumentado fortemente contra o fechamento.
Foi assim que a França abandonou, em campo aberto, o grupo dirigente do átomo civil, posição que ocupava desde que, um dia em 1938, Frédéric Joliot-Curie ganhara o Prêmio Nobel ao demonstrar que uma reação nuclear poderia ser controlada. Foi estabelecido um acordo franco-alemão-italiano que poderia ter posicionado a Europa à frente do G4 (tecnologia de reator rápido de nêutrons-RNR). Será necessário, portanto, ficar satisfeito com o G3 (EPR) e deixar o próximo passo para os russos, chineses e outros como japoneses, indianos ou americanos.
Tradução google de artigo que se publica em https://www.legrandsoir.info/et-les-mouches-changerent-d-ane.html - original ,em francês
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