Linha de separação


13 de setembro de 2018

No P. E. a propósito da Hungria

PCP votou contra sanções

mas condena ataques à democracia
O
PCP emitiu ontem um
comunicado em que
“denuncia e condena
firmemente os ataques
à democracia, aos direitos
sociais, às liberdades e garantias
fundamentais dos cidadãos na
Hungria”. A nota foi divulgada
após os eurodeputados
comunistas terem votado
contra a aplicação de sanções
ao regime de Orbán. Apesar da
condenação firme aos ataques à
democracia, o PCP critica o facto
de se abrir um precedente de
aplicação arbitrária de sanções
contra a soberania de Estados.
Assim, o PCP rejeita que, “a
pretexto desta situação — que
espelha, aliás, as políticas da
própria UE —, a UE tente abrir
caminho ao incremento das
suas ameaças, chantagens,
imposições e sanções contra os
Estados e os seus povos”. Para
o PCP, é “o aprofundamento
do carácter supranacional da
UE e das suas políticas (...), o

seu crescente desrespeito da
soberania nacional e dos direitos
sociais que está a abrir caminho
ao avanço da extrema-direita e
de forças fascizantes na Europa”.
Diz ainda não reconhecer à UE a
“autoridade nem a legitimidade
para se arvorar em juiz ou sequer
referência no que à democracia
e aos direitos humanos diz
respeito” e compara a sua
actuação à intervenção da troika.
“O cariz xenófobo e explorador
das políticas migratórias da UE,
o apoio dado a forças fascistas
na Ucrânia, as agressões contra
Estados soberanos — são
testemunhos disso mesmo.” S.S.

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