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19 de outubro de 2019

Coisas que eles (não) dizem - 19

Não podemos perder de vista a política internacional não só pelo implica de guerra e paz, como pela forma como os media se servem da política internacional para desacreditar políticas progressistas e anti-imperialistas. Paz, progresso, democracia para os povos só são plenamente possíveis e duradouros com o fim do imperialismo - estado supremo do capitalismo, recorde-se.
Dissemos que a guerra na Síria se aproximava do seu final. Claro que enquanto houver imperialismo as guerras não acabam, mas pelo menos a Síria pode encaminhar-se para uma relativa paz e assumir o controlo do seu território.
Os noticiários - como é habitual - procuraram dar uma visão distorcida da realidade como se fosse a ação da Turquia a estabelecer o caos naquele país. Seguiam obviamente o guião da UE que nem como figurante entrou nesta parte da tragédia.
A UE tem-se apresentado genericamente como uma secção do Partido Democrático dos EUA (P D), como se este fosse mais “pacifista” que o de Trump.
Tulsi Gabard, que concorre à eleição para candidata à presidência pelo P D é o único candidato a contestar a política externa dos EUA. As sondagens dão-lhe 2%...

Bill Van Auken (World Socialist Web Site) https://www.wsws.org/en/articles/2019/10/16/pers-o16.html)
afirma a propósito da retirada (parcial) dos EUA da Síria, que os democratas apoiam a “guerra para sempre”. Cita o romancista e veterano da marinha Elliot Ackerman: "O fardo de quase duas décadas de guerra: quase 7 000 [americanos] mortos e mais de 50 000 feridos. Na Síria a guerra matou cerca de 500 000 sírios, deslocou metade da população e enviou milhões para o exílio. Refere também como os EUA com Kissinger em 1975 traíram os curdos, por interpostas ações do Xá da Pérsia e de Saddam Hussein (!).

Erdogan declarou na sexta-feira em Istambul que não era um problema para a Turquia se as forças do governo sírio, apoiadas pela Rússia, entrassem em áreas que tivessem sido limpas de milícias curdas.
Ancara continuará a sua ofensiva no nordeste da Síria mais rapidamente do que antes, se o acordo com os EUA para interromper a operação e permitir a retirada das forças curdas, não for totalmente implementado.
Donald Trump, foi informado da ofensiva por um telefonema, disse Erdogan, três dias antes do início da operação. Sobre uma carta de Trump na qual terá dito para Erdogan não ser "tolo" e "durão", Erdogan esclareceu que "o que for necessário será feito quando for a hora certa". Mas a Turquia não tem planos de permanecer em áreas sob seu controle no norte da Síria, acrescentou . (https://www.rt.com/newsline/471229-erdogan-syria-kurdish-turkey/)

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