Linha de separação


1 de março de 2022

A campanha de intoxicação continua

 Retirado do Facebook

Na deturpacao da informação. Retirado de  António Olaio 
"É mentira que o PCP tenha votado contra a condenação da Rússia no Parlamento Europeu. Essa notícia é mais um exemplo da terrível manipulação que está a inundar os órgãos de comunicação social portugueses. 
O PCP votou, e muito bem, contra uma resolução de várias páginas que visa entre outras coisas meter gasolina no fogo da guerra, iniciar uma nova corrida armamentista, avançar para projectos que alguns há muito sonhavam (como o exército europeu e a total militarização da união europeia), aumentar ainda mais a tensão política, cortar todos os canais diplomáticos com vista a uma solução política e negociada, atacar a liberdade de imprensa em toda a união europeia, entre várias outras coisas. 
Na sua declaração de voto o PCP afirma: 'O PCP condena o caminho de ingerência, de violência e de confrontação decorrente do golpe de estado de 2014 promovido pelos EUA na Ucrânia, a que se seguiu a recente intervenção militar da Rússia, e a que se acrescenta a intensificação da escalada belicista dos EUA, da NATO e da UE." 
Não, o PCP não está do lado de Putin, nem do seu governo, nem das suas decisões. Mas também, e muito bem, não embarca na operação em curso para branquear as responsabilidades dos EUA da NATO e da União Europeia nesta situação. Uma operação que visa levar a água ao moinho de fechar um cerco geoestratégico da NATO que só pode levar no imediato ou a médio prazo a uma ainda maior e mais perigosa confrontação. 
Não, estar contra a guerra não é esquecer as suas causas fundas, nem factos inegáveis como o golpe de estado de 2014, a guerra no Donbass que matou cerca de 14000 pessoas, nem massacres como o de Odessa em que foram queimados vivos meia centena de sindicalistas. Quem deseja genuinamente a paz não esquece o caminho que levou à guerra, pois é esse caminho que é preciso percorrer no sentido contrário para alcançar o diálogo, cedências e por fim a paz. 
É preciso recusar e lutar contra a infatilização das consciências, isto não é um filme de cowboys ou um jogo de computador.  A solidariedade com todos os que sofrem com a guerra é fundamental, desde logo os povos da Ucrânia e da Rússia, e para isso é preciso fazer recuar o maniqueísmo para onde se estão a empurrar os povos, incluindo o português. Essa lógica só poderá semear ódio, tensão, medo e raiva, exactamente os sentimentos que neste momento só podem ter um resultado: alimentar a escalada.
É necessário parar a guerra! Toda ela, todas as suas expressões."


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