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23 de outubro de 2013
Do protetorado da Troika ao protetorado do BCE
OS CATA-VENTOS
Clara Ferreira Alves, na Revista do Expresso de 19.10.2013, e Miguel Sousa Tavares, no mesmo jornal, vêm de uma forma mais ou menos explicita culpar os partidos que chumbaram o PEC IV, pelo plano de resgate e pelos sucessivas medidas de austeridade que lhe seguiram
Estas boas almas não se dão conta que se houve PEC IV é porque houve o PEC I, PEC II e PEC3 e se Sócrates continuasse, mesmo que não tivesse havido “resgate” o que teríamos era a política da troika sem troika à espanhola, com um PEC V, PECVI , PEC VII...
Ou a política de Sócrates era diferente da que tem vindo a ser seguida... submissão ao capital financeiro, submissão ao grande capital?
Ou já nos esquecemos dos favores ao Espírito Santo, negociata da venda da VIVO, of echar de olhos a que os impostos fossem pagos na Holanda, a nacionalização do BPN, o aval ao BPP, os empréstimos da CGD com pressão do governo ao Joe Berardo, etc., etc., etc.!
É certo que agora Sócrates fez «mea culpa» e critica a política de austeridade, mas enquanto governo foi um diligente executor da política neoliberal...
Um programa cautelar
Portas, esse grande “defensor” das pequenas e médias empresas e que agora no governo com a sua política ao serviço do Banca e dos grandes grupos económicos, as liquida e enterra às centenas diz agora, para se desculpar, que estamos em regime de protectorado! E acrescenta que com um programa cautelar recuperaremos a nossa soberania económica!
Um trapaceiro é sempre um trapaceiro, quer esteja na oposição quer esteja no governo.
Com um programa cautelar estaremos na mesma sujeitos às imposições não do FMI, mas do BCE. É a continuação das políticas da troika, sem troika à espanhola. É a continuação das “políticas de austeridade”, isto das políticas de concentração de riqueza e de consolidação e desendividamento da banca à custa dos contribuintes.
Passaremos do protectorado da troika para o protectorado do BCE!
ULRICH
Talvez por isso o Sr. Ulrich tenha afirmado com toda a clareza que para ele tanto lhe faz um resgate como um programa cautelar, o que lhe interessa é que se continue no bom caminho. Leia-se no caminho de desendividar a Banca à custa dos contribuintes. Clarinho!
Os cães de guarda
O novo director de informação da RTP, um Yes Men do PSD, fez um acordo com o Diário Económico jornal que está agora transformado num pasquim de propaganda do governo. Agora só se vêem notícias do DE, entrevistas feitas na RTP, DE e Antena1, no mesmo combate de desinformação e charlatanismo económico a começar pelo director do Diário Económico, sempre pronto a apanhar o comboio que está na frente.
Ontem realizou uma Conferência com banqueiros (Diário Económico, Antena1, RTP)sobre o estado da economia.
O título da notícia é sugestivo: «Banca apela a consenso nacional para a verdadeira reforma do Estado»
Escondem-se sempre por detrás dos chavões “reforma” ou “medidas estruturantes”, nunca chamando os bois pelos nomes.
O que é que entendem por reforma do Estado? Digam lá.
Privatização da saúde, do ensino, da segurança social...
É isso que querem mas não têm coragem de dizer....
Ainda a Banca
Num debate realizado ontem entre Nuno Amado do BCP e Faria de Oliveira estes , fazendo de «virgens ofendidas» criticaram o Barclays, considerando inexplicável a queixa apresentada no ano passado por este banco na Autoridade da Concorrência e que até agora não teve qualquer andamento, sobre a existência de um”cartel” nas taxas no crédito à habitação....
Até agora a dita Autoridade para a Concorrência assobiou para o lado
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