A Alemanha é a Alemanha !
O BCE para mostrar aos alemães que o seu fechar de olhos ao financiamento pelo Estado Italiano do Monte dei Pashi - contrariando as regras europeias em vigor (bail,in) , foi uma exepção decidiu agora mostrar firmeza e , contrariamente a todas as estimativas avançadas , decidiu que este banco precisava de ser capitalizado entre 5 a 8,8 milhares de milhão de euros.
O ministro da economia italiano reagiu negativamente . Disse que recebeu do BCE uma carta com cinco linhas e três números e quer explicações sobre como se chegou àqueles valores .
Esta decisão é ainda mais incompreensível em Itália quando se soube que esta semana o BCE resolveu mostrar se particularmente generoso com o Deutsch Bank baixando a exigência de 10.76 do rácio CET-tier 1 até agora em vigor , para 9,5% .
Esta diminuição , vai permitir ao banco alemão , que conheceu um ano turbulento e sobre o qual há justificadamente as maiores desconfianças quanto à sua solidez , distribuir generosos dividendos e bónus aos seus dirigentes ! Tais prebendas seriam impossíveis sem a decisão do BCE de baixar a exigência do Rácio . Uma vergonha .
Os beatos do Europeísmo não têm comentários a fazer ?
Na Itália compreende-se mal esta generosidade do BCE , face à dureza mostrada em relação ao Monte di Paschi , tanto mais que neste banco os créditos de cobrança duvidosa resultam de empréstimos à economia real em dificuldades enquanto os créditos duvidosos e as dificuldades do Deutsh Bank resultam sobretudo das atividades especulativas,
Dois pesos e duas medidas.
A Alemanha é a Alemanha !
Linha de separação
31 de dezembro de 2016
26 de dezembro de 2016
Alepo e a decadência moral dos media
A
França e a Alemanha que choram os seus mortos em ataques terroristas, viram os seus media e governantes derramarem lágrimas – de raiva? – pela derrota na Síria
das seitas que assassinaram os seus cidadãos.
Os media falsearam informações da
ONU para promoverem calúnias. Veicularam informações como sendo da ONU, a
afirmar que civis, incluindo mulheres e crianças, tinam sido mortas pelas
forças sírias ao entrarem em casas do leste de Alepo. Ora, o departamento de
Direitos Humanos da ONU apenas referiu que “fontes” e “relatórios” o tinham a
firmado – sem indicar nem as fontes nem os alegados relatórios. http://www.informationclearinghouse.info/46028.htm
No
entanto, desde o inicio da guerra que havia relatos de entidades independentes
dos grandes media e potências envolvidas, que testemunhavam terríveis
assassinatos e terror cometidos por jihadistas que inclusivamente matavam
médicos e destruíam hospitais. (http://dissidentvoice.org/2013/05/fact-finding-mission-concludes-proxy)
Estes relatos foram escamoteados pelos media. Porém sabia-se em 2012: “Após um ano de
propaganda contra a Síria e mentiras, fragmentos da verdade começam a ser
revelados O país está a lutar contra um pesadelo de limpeza étnica, religiosa e
massacres. http://www.legrandsoir.info/l-avenir-de-la-syrie-liberee-nettoyage-ethnique-religieux-et-genocide-countercurrents.html
Mentiram vergonhosamente sobre a
evacuação de Alepo suspensa (tal como já tinha acontecido em agosto) pela recusa
dos jihadistas. Tal como de se servirem da população como escudo humano. Outra
vergonha foi ignorarem uma conferência da missão da ONU na Síria, com a
participação da jornalista independente Eva Bartlett, que prestou os seguintes
esclarecimentos: não havia nenhuma organização internacional no terreno em
Alepo. As notícias eram veiculadas a partir de Londres pelo “Observatório dos
Direitos Humanos na Síria”, gerida por um antigo militar britânico (foi
dito o nome) financiado pelos EUA. Mentem quando dizem que o governo ataca
civis, quando os civis que saem de Alepo dizem o contrário. http://www.informationclearinghouse.info/46018.htm
E perante isto indignava-se o Sr.
Daniel Oliveira (a tal “esquerda” de que os media gostam) (Eixo do Mal 17/12)
por a Síria ser “entregue a dois criminosos” (el-Assad e Putin). Note-se que a Rússia
só se envolveu no conflito ao fim de quatro anos, enquanto os governos
ocidentais alimentavam desde o início os grupos extremistas armados. E fê-lo a pedido das autoridades
legítimas do país apenas quando surgiu uma ameaça real da Síria ter o mesmo
destino do Iraque ou da Líbia, reforçando decisivamente o Estado Islâmico.
Pelos vistos a lista dos democratas do sr. DO inclui os que prosseguem a agenda de Kissinger, assim definida :
"temos de nos livrar de Allende, ou perderemos a nossa credibilidade no
resto do mundo”. Desde 1945, 69 países sofreram invasões, governos foram
derrubados, movimentos populares suprimidos, populações bombardeadas, economias
destruídas” (John Pilger). O destino de el-Assad seria o mesmo de Kadhafi, S. Hussein,
dirigentes progressistas do Afeganistão, etc., de Lmumba a Allende.
Assad, não poderia aguentar-se
não tivesse o apoio da maioria do seu povo. Após a tomada de Alepo disse (parafraseando
De Gaulle na libertação da Paris): “Alepo ultrajada, Alepo atormentada, mas
Alepo libertada! Libertada pelo seu povo, porque é a Síria que luta. A Síria
eterna”. https://www.legrandsoir.info/malgre-le-terrorisme-et-ses-allies-alep-martyrisee-alep-outragee-mais-alep-liberee.html
24 de dezembro de 2016
Monte de Paschi Siena- MPS - e o BANIF
O Movimento 5 estrelas é o movimento 5 estrelas , a Liga Norte è a Liga Norte e a Itália é a Itália , como diria o Presidente da Comissão Europeia , Claude Juncker .
O Monte de Paschi não arranjou os 5mil milhões de euros e o governo Italiano teve de intervir tornando-se o maior accionista do Banco . Mais uma nacionalização dos prejuízos para amanhã se privatizar os lucros. Mais uma vez os contribuintes a pagarem os prejuízos e as vigarices .
Toda a lenga lenda do Bail in , de que com a União Bancária os contribuintes não seriam mais chamados a apagar os fogos foi por água abaixo . Mas não só . O governo Italiano decidiu que os pequenos investidores e depositantes , a maioria da Toscana região de Renzi, seriam garantidos a 100%.
O Banco Central Europeu e a Comissão europeia não levantaram entraves ao contrário do que aconteceu com o Banif .
Calados que nem ratos
Nem o colérico ministro das fianças alemão se ouve ... curioso !
É preciso barrar o caminho ás forças que podem pôr em causa o sacrossanto euro . A Itália é a Itália !
O problema é que não é só o banco MPS , mas também o Popular de Veneza , o Veneto Banca e tantos outros ,
Especialistas consideram que serão necessários 52 mil milhões euros para estabilizar o sistema bancário Italiano . O Parlamento Italiano aprovou uma verba de 20 mil milhões . Não vai chegar. Aguardamos os capítulos seguintes .
Para já a intervenção do Governo Italiano revelou:
1)Que afinal foi possível ultrapassar as regras da União Bancária
2)Que os dois pesos e duas medidas continuam a presidir ao BCE e à Comissão Europeia .
3)Que mais uma vez são os contribuintes- os tais que viviam acima das suas possibilidades - que vão pagar a factura .
E quanto à contabilização desta intervenção - défice e /ou dívida , ficamos a aguardar o que dirá Bruxelas a esta florentina fórmula : "intervenção por precaução" . Uns artistas ...
Será que os beatos do europeísmo e os teólogos do neoliberalismo não têm nenhum comentário a fazer?
O Monte de Paschi não arranjou os 5mil milhões de euros e o governo Italiano teve de intervir tornando-se o maior accionista do Banco . Mais uma nacionalização dos prejuízos para amanhã se privatizar os lucros. Mais uma vez os contribuintes a pagarem os prejuízos e as vigarices .
Toda a lenga lenda do Bail in , de que com a União Bancária os contribuintes não seriam mais chamados a apagar os fogos foi por água abaixo . Mas não só . O governo Italiano decidiu que os pequenos investidores e depositantes , a maioria da Toscana região de Renzi, seriam garantidos a 100%.
O Banco Central Europeu e a Comissão europeia não levantaram entraves ao contrário do que aconteceu com o Banif .
Calados que nem ratos
Nem o colérico ministro das fianças alemão se ouve ... curioso !
É preciso barrar o caminho ás forças que podem pôr em causa o sacrossanto euro . A Itália é a Itália !
O problema é que não é só o banco MPS , mas também o Popular de Veneza , o Veneto Banca e tantos outros ,
Especialistas consideram que serão necessários 52 mil milhões euros para estabilizar o sistema bancário Italiano . O Parlamento Italiano aprovou uma verba de 20 mil milhões . Não vai chegar. Aguardamos os capítulos seguintes .
Para já a intervenção do Governo Italiano revelou:
1)Que afinal foi possível ultrapassar as regras da União Bancária
2)Que os dois pesos e duas medidas continuam a presidir ao BCE e à Comissão Europeia .
3)Que mais uma vez são os contribuintes- os tais que viviam acima das suas possibilidades - que vão pagar a factura .
E quanto à contabilização desta intervenção - défice e /ou dívida , ficamos a aguardar o que dirá Bruxelas a esta florentina fórmula : "intervenção por precaução" . Uns artistas ...
Será que os beatos do europeísmo e os teólogos do neoliberalismo não têm nenhum comentário a fazer?
23 de dezembro de 2016
Desapareceu, enfim a PAZ !
A batalha de Mossul desapareceu dos noticiários . Só bombas boas e sem efeitos colaterais . Nem uma lágrima , nem um comentário dos nossos ciaticos e sionistas comentadores de serviço.
Informação isenta.
Informação isenta.
That is not journalism. That is what George Orwell called ‘Newspeak’.
Desinformação
The Aleppo Social Media Disinformation Hype: Seven Year Old Bana Al-Abed’s Last Tweet
Global Research, December 22, 2016
Region: Middle East & North Africa
Theme: Media Disinformation
In-depth Report: SYRIA: NATO'S NEXT WAR?
Hashtag #lasttweet began to appear in Twitter frequently after government troops engaged the final phase of Aleppo’s liberation in recent weeks.
Bana al-Abed, an alleged seven-year old resident of the largest city in Syria, was the first who created an Internet hysterical fit designed to discredit the process of recapturing Aleppo.
Her Twitter account was registered in September, 2016, amid intensified fighting in Aleppo. There are many details of the horrors of war on her page. And the girl blames not the terrorists but the Syrian government and its allies.
Tweets are actively retweeted and not only by the Syrian opposition, but also by the mainstream Western media. For example, The Washington Post called Bana the Syrian Anne Frank(who wrote a diary in Nazi-occupied Netherlands).
At the same time, no one draws attention to the strange nuances. First, tweets appear very often. It seems that the little girl posts the information about the situation in the city 24/7. Aleppo is a city of constant fighting, with no constant energy source and water supply, and there is often lack of food and medicine. The more so, no one can easily access the Internet and cellular network due to damaged infrastructure.
Second, her account looks perfect in terms of English language. Third, celebs, Western journalists and popular opposition bloggers contribute to the viral dissemination of Bana’s posts. It took just three hours to collect more than 3,700 likes and more than 5,000 retweets after the publication of one of the first tweets of Bana. According to Social Rank website, the request “Who was your first follower?” shows the first subscriber of Bana was an Al-Jazeera journalist Abdul Aziz Ahmed.
O sicómoro
José goulão
O sicómoro é uma figueira-brava abundante desde sempre no Médio Oriente, de tal modo que tem ressonâncias bíblicas. Isso terá inspirado os assessores do presidente Barack Obama quando se tratou de baptizar a operação secreta através da qual a Casa Branca e o Pentágono, recorrendo ao poço sem fundo de petrodólares da Arábia Saudita ao prestimoso aparelho de guerra da NATO, decidiram desestabilizar a Síria até ao estado em que se encontra.
Corria o ano de 2012. Depois de montado o mito de que existia um início de “primavera árabe” na Síria, começou a canalização em massa de bandos de terroristas e toneladas de armas e munições para o interior do país, através das fronteiras da Jordânia e da Turquia. Ao mesmo tempo, aviões de carga das ditaduras do Golfo despejavam armas para os mercenários já no terreno; e os comboios humanitários da ONU foram transformados em autêntico cash and carry de material de guerra para os infiltrados, por inspiração do secretário-geral adjunto da ONU, Jeffrey Feltman. Para os que nunca dele ouviram falar, é o comissário político norte-americano na organização, ex-alto funcionário do Departamento de Estado, encarregado da estrutura operacional do golpe de Estado fascizante na Ucrânia, quando já em funções nas Nações Unidas.
Estava no terreno a operação “Madeira de Sicómoro”. Saibam os que reagem a este tipo de informações sobre operações secretas acusando liminarmente os mensageiros de serem agentes das teorias da conspiração que, neste caso, também os repórteres do New York Times o são. Foram eles que descreveram em pormenor a trama clandestina, ainda não há dois meses.
Em traços largos, a operação decidida por Barack Obama, numa primeira fase dedicada à desestabilização política e, a partir de 2013, à “assistência letal” aos terroristas sem excepção, foi passada à prática pela CIA e financiada, “em vários milhares de milhões de dólares”, pela ditadura whaabita da Arábia Saudita, a doutrina fundamentalista islâmica que inspira os mais sanguinários grupos terroristas, entre eles a al-Qaida e o Estado Islâmico e os seus heterónimos regionais. Também o Qatar, os Emirados Árabes Unidos e a inevitável Turquia do fascista Erdogan se juntaram à operação.
Houve uma altura, ao que consta, que a Casa Branca pareceu recuar, pretendendo abrir excepções no auxílio à al-Qaida e ao Estado Islâmico. Contra isso se levantaram países árabes europeus na conferência dos “Amigos da Síria” realizada em 12 de Dezembro de 2012, em Marraquexe, Marrocos. O porta-voz dessa frutífera indignação contra o rebate de Washington foi o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, que só há pouco, e por doença, abandonou o cargo. Foram dele estas palavras históricas e lapidares: os membros da al-Nusra (heterónimo da al-Qaida na Síria) “estão a fazer um bom trabalho no terreno”.
Para pôr em Marcha a operação “Madeira de Sicómoro”, Barack Obama limitou-se a retomar uma velha prática de Washington ao recorrer à Arábia Saudita para financiar guerras e golpes de Estado. “Eles sabem o que obtêm de nós e nós sabemos o que obtemos deles”, é a versão da prosaica sentença “uma mão lava a outra” recitada ao New York Times por Mike Rodgers, um antigo representante republicano do Michigan. Se catarmos um pouco na História iremos encontrar esta simbiose entre Washington e Riade, entre os maiores pregadores da democracia e os seus mais descarados inimigos, por exemplo no apoio aos bandos armados na guerra civil angolana; na conspiração dos “contras” na Nicarágua; na institucionalização do banditismo no Afeganistão através dos “mujahidines” e da fundação da al-Qaida por Bin Laden; no esmagamento em sangue da “primavera árabe” no Bahrein; na destruição da Líbia, entregue operacionalmente à NATO.
É certo que a intervenção russa, fazendo em poucos meses os estragos nas hostes terroristas que a aviação norte-americana prometeu durante dois anos e nunca cumpriu, alterou as relações de forças na Síria. Moscovo e Washington definiram um cessar-fogo e Jeffrey Feltman foi afastado do dossier sírio. Consta que os comboios humanitários da ONU já não transportam armas para os terroristas. A paz, contudo, é uma miragem num país que em 2011 quase não tinha dívida externa e que agora chora 250 mil mortos, onde um em cada três sobreviventes é refugiado interno ou externo. Pelo que, também por isso, Barack Obama e os dirigentes da União Europeia e da NATO que o acolitam têm as mãos sujas, muito sujas mesmo, do sangue de seres humanos inocentes.
Com a devida vénia tirado do Blog de José Goulão o Mundo Cão
22 de dezembro de 2016
Um grande humanista !
No Público de 21 deste mês natalício F. louçã escreveu sobre Alepo "contra qualquer calculismo de alinhamento" num humanismo abstrato em que as lágrimas vão para a população civil.
Quem não estará de acordo com tão isento humanismo ?
Depois de ter lido o " Independent " aconselha-nos prudência , pois "nenhum jornalista independente conseguiu ter acesso a Alepo " "A Síria não é o que parece " .
Palavras sensatas e depois o rosário dos maus : Putine , Al Assade , Le Pen , Fillon Trump ...mas curiosamente esquece o nome de Obama , de H. Klinton , de Hollande e seu ex ministro das finanças Laurent Fabius -https://www.youtube.com/watch?v=g9FiUF7N-PA- El Nosra fait du bon travail - e da CIA.
Conclui com um beato e "neutro " salvem-se as vitimas de Alepo , agora é o que importa". Qualquer cónego ou arcebispo não diria melhor ! Comovente .
Os terroristas são para este comentador " milícias rebeldes " tal como os designa a Cia e a embaixada americana , e são uma "cornucópia de grupos políticos " , procurando dar a ideia de que o Daesh é um entre muitos e acrescenta que as ditas milícias rebeldes estão a perder a batalha de Alepo porque não têm mísseis antiaéreos -Só faltou dizer infelizmente ...
Mas com estas falinhas mansas não sabe que os E.U forneceram mísseis antiaéreos aos ditos
rebeldes?
Nunca ouviu falar na " a operação “Madeira de Sicómoro”. , acredita no mito da Primavera árabe na Síria de gestação espontânea.?
Quem não estará de acordo com tão isento humanismo ?
Depois de ter lido o " Independent " aconselha-nos prudência , pois "nenhum jornalista independente conseguiu ter acesso a Alepo " "A Síria não é o que parece " .
Palavras sensatas e depois o rosário dos maus : Putine , Al Assade , Le Pen , Fillon Trump ...mas curiosamente esquece o nome de Obama , de H. Klinton , de Hollande e seu ex ministro das finanças Laurent Fabius -https://www.youtube.com/watch?v=g9FiUF7N-PA- El Nosra fait du bon travail - e da CIA.
Conclui com um beato e "neutro " salvem-se as vitimas de Alepo , agora é o que importa". Qualquer cónego ou arcebispo não diria melhor ! Comovente .
Os terroristas são para este comentador " milícias rebeldes " tal como os designa a Cia e a embaixada americana , e são uma "cornucópia de grupos políticos " , procurando dar a ideia de que o Daesh é um entre muitos e acrescenta que as ditas milícias rebeldes estão a perder a batalha de Alepo porque não têm mísseis antiaéreos -Só faltou dizer infelizmente ...
Mas com estas falinhas mansas não sabe que os E.U forneceram mísseis antiaéreos aos ditos
rebeldes?
Nunca ouviu falar na " a operação “Madeira de Sicómoro”. , acredita no mito da Primavera árabe na Síria de gestação espontânea.?
Louçã sabe , mas quer sarfar na onda da comunicação social dominante com uma posição de pretensa independência e superioridade moral . Fica bem e não chamusca . Um bom calculismo.
19 de dezembro de 2016
Alepo - a hipocrisia na UE não tem limites? (2)
No cúmulo da hipocrisia o Conselho Europeu condenava vigorosamente “a ofensiva
contra Alepo por parte do regime sírio e dos seus aliados, incluindo os ataques
em que são deliberadamente visados a população civil e os hospitais”. “Os
responsáveis pelas violações do direito internacional, algumas das quais
poderão constituir crimes de guerra, têm de responder pelos seus atos.” Ora
aqui está algo que se devia aplicar a eles próprios.
Escrevia John Pilger em odiário.info. Logo no início da guerra em Março de 2011, os Estados Unidos e seus aliados apoiaram a formação de esquadrões da morte, bem como a invasão do território da Síria por brigadas terroristas.
Uma reportagem publicada pelo Der Spiegel relatava as atrocidades cometidas na cidade síria de Homs confirmando um processo sectário de assassínios em massa e mortes extrajudiciais, ou seja assassínios, comparável com o conduzido pelos esquadrões da morte no Iraque, patrocinados pelos Estados Unidos, supervisionados pelas forças especiais aliadas, bem como por empresas particulares de segurança - em contrato com a OTAN e o Pentágono.
Escrevia John Pilger em odiário.info. Logo no início da guerra em Março de 2011, os Estados Unidos e seus aliados apoiaram a formação de esquadrões da morte, bem como a invasão do território da Síria por brigadas terroristas.
Uma reportagem publicada pelo Der Spiegel relatava as atrocidades cometidas na cidade síria de Homs confirmando um processo sectário de assassínios em massa e mortes extrajudiciais, ou seja assassínios, comparável com o conduzido pelos esquadrões da morte no Iraque, patrocinados pelos Estados Unidos, supervisionados pelas forças especiais aliadas, bem como por empresas particulares de segurança - em contrato com a OTAN e o Pentágono.
No verão de 2012, responsáveis franceses e alemães
davam seis meses para a queda de el-Assad…era apenas uma questão de tempo. Em
dezembro felicitavam-se pela tomada de Alepo, pelos “rebeldes”/terroristas.
Dizia o "socialista" Laurent Fabius: “o fim aproxima-se para Bachar al-Assad.
As preocupações com direitos humanos só chegaram quando
o governo sírio e aliados derrotou a intervenção estrangeira. As ações
criminosas dos protegidos da NATO foram totalmente escamoteadas.
Em maio de 2013 uma missão de inquérito sobre a Síria
(16 pessoas de 8 países) visitou o Líbano e a Síria a convite do Mussalaha Reconciliation Movement, tendo
concluído que na Síria se tratava de uma guerra de uma guerra por procuração e
que se cessasse toda a interferência exterior permitindo aos sírios o direito à
autodeterminação a paz seria alcançada e os seus problemas resolvidos.
Na realidade, isto era impossível: o ocidente
fabricava movimentos de oposição. Os jihadistas sauditas e do Qatar eram
financiados, armados e apoiados com logística, espalhando o terror num país
antes reconhecido como pacífico, multicultural e tolerante.. Crianças de uma
aldeia perto da fronteira descreviam então (2014) os ataques, roubo, violência
e até mesmo os assassinatos cometidos pelos rebeldes anti-Assad. (Andre Vlrchk)
No Conselho de Segurança da ONU o projeto de
resolução francês disfarçava o facto de que a crise humanitária em Alepo foi
provocada artificialmente, quando em agosto e setembro os militantes recusaram
deixar os comboios humanitários passarem e ameaçaram abrir fogo contra eles, tal como aconteceu recentemente. Ao mesmo tempo, ignorava que o processo político estar a ser
sabotado exatamente pela oposição que o ocidente defende e justifica de todas
as formas possíveis.
Perante a intervenção da representante dos
EUA (Samantha Power) o representante russo
respondia-lhe dizendo que ela não era a Madre Teresa de Calcutá, mas
representava um pais com um longo registo de violações.
18 de dezembro de 2016
A grande Europa dos Valores
Hollande e Moscovici dizem que não estão de acordo , que o povo Grego não pode ficar toda a vida sujeito a medidas de austeridade.
Como a proximidade das eleições fazem mudar as posições destes figurantes que em relação à mesma Grécia tiveram no passado uma posição vergonhosa .
O governo grego tomou duas medidas de efeitos Orçamentais limitados mas de inegável justiça social e que foram aprovadas inclusivé com os votos da direita : reposição do 13 mês para os mais carenciados e redução do iva para as ilhas mais pejadas de refugiados .
Como isto fere a sacrossanta austeridade o ministro das finanças alemão em nome do seu governo retirou a sua apovação à limitadíssima reestruturação da dívida grega que está assim suspensa , mas agora com os protestos do governo francês ! O "alivio " assim chamado à renegociação da divida Grega ficou suspenso.
Grande solidariedade europeia ... depois queixem -se dos populismos...
Como a proximidade das eleições fazem mudar as posições destes figurantes que em relação à mesma Grécia tiveram no passado uma posição vergonhosa .
O governo grego tomou duas medidas de efeitos Orçamentais limitados mas de inegável justiça social e que foram aprovadas inclusivé com os votos da direita : reposição do 13 mês para os mais carenciados e redução do iva para as ilhas mais pejadas de refugiados .
Como isto fere a sacrossanta austeridade o ministro das finanças alemão em nome do seu governo retirou a sua apovação à limitadíssima reestruturação da dívida grega que está assim suspensa , mas agora com os protestos do governo francês ! O "alivio " assim chamado à renegociação da divida Grega ficou suspenso.
Grande solidariedade europeia ... depois queixem -se dos populismos...
A Dona Maria Luis & Albuquerque
Passos calou-se e ofertou o microfone à Maria Luís.
Esta no seu habitual descaramento serviu-se da fórmula pseudo reverente e afirmou : permito-me discordar do Sr Presidente da Republica , mas a Banca não vai bem .
A ex ministra dos Swaps , que de conluio com Portas , Passos e governador do Banco de Portugal , para o governo não assumir responsabilidades deixou implodir o BES , ficando como solução o estropiado Novo Banco ; a ex ministra que arrastou as negociações do Banif durante dois anos e a resolução para depois das eleições deixando ao novo governo a resolução em poucos dias..., a ex ministra que ignorou os avisos sobre a Caixa Geral de Depósitos como denunciou recentemente o Tribunal de Contas.. e com o PSD tudo tem feito para desestabilizar este banco na sua senha privatizadora, a ex ministra que deixou uma pesada factura aos contribuintes portugueses a pagar durante muitos anos ; a exministra permite-se afirmar que a Banca vai mal... Pudera !
,
A desinformação mais descarada e o Bloco
A generalidade da imprensa portuguesa tem feito eco das noticias veiculadas pelas grandes agências e grandes centrais de informação anglosaxónicas e francófonas ao serviço das classes dominantes e do imperialismo
Há dias uma jornalista do PÚBLICO no seu proselitismo afirmava que nos chamados rebeldes da Síria só haveria uns 16 % de Djadistas. Chegava - lhe ler esta semana o El Pais para ver que o excesso de desinformação mata a mentira mesmo a mais repetida .
O Bloco procurando sarfar a onda da comunicação social apresentou na A. R. um voto beato que objectivamente serve o imperialismo e que foi votado pelo CDS, PSD e PS. Uma vergonha de oportunismo destemperado.
Já tinha feito o mesmo no Parlamento Europeu aquando a invasão da Líbia . Depois andou em campanha eleitoral a desdizer-se ...
Quando o posicionamento de um partido é ditado pela agenda mediática e pela direcção do vento que nesta sopra , o oportunismo torna-se regra .
Há dias uma jornalista do PÚBLICO no seu proselitismo afirmava que nos chamados rebeldes da Síria só haveria uns 16 % de Djadistas. Chegava - lhe ler esta semana o El Pais para ver que o excesso de desinformação mata a mentira mesmo a mais repetida .
O Bloco procurando sarfar a onda da comunicação social apresentou na A. R. um voto beato que objectivamente serve o imperialismo e que foi votado pelo CDS, PSD e PS. Uma vergonha de oportunismo destemperado.
Já tinha feito o mesmo no Parlamento Europeu aquando a invasão da Líbia . Depois andou em campanha eleitoral a desdizer-se ...
Quando o posicionamento de um partido é ditado pela agenda mediática e pela direcção do vento que nesta sopra , o oportunismo torna-se regra .
16 de dezembro de 2016
Alepo - a hipocrisia na UE não tem limites? (I)
A tomada de Alepo pelas forças Sírias
representa uma severa derrota para a NATO, a juntar-se a outras. A capacidade
desta organização para criar estados falhados (como a Ucrânia, etc.) é
impressionante. Ressabiados com a derrota, a propaganda oficial exibe uma
vergonhosa campanha de calúnias nos noticiários. A manipulação de imagens e deturpação dos
factos torna-se um insulto à inteligência crítica de quem vê (para os que a
têm). Está na linha das provas que Colin Powell apresentou na ONU contra o
Iraque.
A Merkel apareceu com o seu rafeiro
Hollande pela trela, a proclamar a necessidade de intervenção em Alepo em nome dos
“direitos humanos”. Vamos então recordar algo sobre esses direitos de que o
imperialismo só se lembra quando está a perder.
A decisão de fazer a guerra à
Síria foi tomada por George W Bush numa reunião em Camp David em 15.setembro.2001 .
Em 2004 a
Síria era acusada pelos EUA de possuir armas de destruição maciça (que falta de
imaginação!). Em 2005 o assassinato do político libanês Rafik Hariri foi atribuído
a ordens de el-Assad e criado um tribunal excecional para o julgar. O caso não
avançou perante a evidência da falsidade das acusações.
Em 2006 os EUA criaram o Syria Democracy Program para financiar grupos
de oposição pró-ocidental. Em 2007 Israel atacou a Síria. Em 2008 numa reunião do
Grupo de Bilderberg foram expostas as vantagens económicas, políticas e
militares duma intervenção da NATO na Síria.
Grupos extremistas religiosos financiados pela Arábia
Saudita, Qatar e outros, foram criados na Síria, constituindo a base para os
grupos armados. Negroponte e Ford (agentes da CIA, currículo na Nicarágua e
Iraque) são encarregados de organizar o cenário para aniquilar a resistência
Síria usando a Al-Qaeda.
Em 2011 sob a égide da França foi
criado o Conselho Nacional Sírio para derrubar el Assad. Na Conferência de
Genebra de 30.junho. 2012 a Síria aceita o plano de 6 pontos e uma missão de
observadores internacionais. Inútil, o fornecimento de armas, cobertura política e mediática, financiamento,
apoio logístico aos bandos armados estava em
curso, com o pretexto de instaurar “reformas democráticas”. A paz só poderia
ser obtida derrubando Bachar-el-Assad.
Em novembro de 2011, face à campanha de calúnias, a
freira Mère Agnes-Mariam de la
Croix impressionada com as barbaridades cometidas pelos ditos “rebeldes”, convida cerca
de 50 pessoas, com o apoio da sua Igreja (e acordo do governo Sírio) jornalistas da imprensa católica principalmente, porém apenas 15
aparecem. Do que viram nada
transpirou, exceto um ou outro texto em sites alternativos. Nem o Vaticano perante
os crimes contra cristãos, expulsão de suas casas, destruição de Igrejas pelos “rebeldes” tomou
qualquer posição a não ser raros e inócuos apelos.
Em 4.agosto.2012 o New York Times retratava-se da posição anterior (algo
que creio lhe passou depressa) e escrevia que reportagens anteriores afirmavam que o exército Sírio
massacrava os cidadãos de Homs,. Não era senão uma mentira que foi repetida nos
media. Citava pelo contrário violências cometidas contra população indefesa
pelos “rebeldes”. http://www.legrandsoir.info/l-avenir-de-la-syrie-liberee-nettoyage-ethnique-religieux-et-genocide-countercurrents.html
(dados
recolhidos principalmente em textos de Thierry Meyssan em
voltairenet.org, também John Pilger em odiário.info)
15 de dezembro de 2016
A Teodora do sobe e desce !
Conselho das Finanças Públicas porque não extingui-lo?
Teodora Cardoso é a Presidente do Conselho das Finanças Públicas e o rosto visível desta entidade administrativa pretensamente independente criada em Maio de 2011, com a troika a chegar a Portugal, por entendimento do PSD, CDS e PS.
Dizem os seus estatutos que este Conselho tem por missão proceder a uma avaliação independente sobre a consistência, cumprimento e sustentabilidade da política orçamental, promovendo ao mesmo tempo a sua transparência, de modo a contribuir para a qualidade da democracia e das decisões de política económica e para o reforço da credibilidade financeira do Estado.
Com a criação desta entidade PS, PSD e CDS pretenderam transmitir aos portugueses a ideia de que a partir de agora teríamos um conjunto de pessoas independentes que avaliariam de forma isenta as medidas de política económica e orçamental, tomadas pelo Governo e julgariam por nós a qualidade dessas políticas.
Ao seja Teodora Cardoso e o seu Conselho das Finanças Públicas seriam o garante de que a política orçamental prosseguida a partir da criação desta entidade passaria a ser avaliada por critérios exclusivamente técnicos. A partir de então os portugueses poderiam dormir descansados porque a política, essa actividade menor e desprestigiante, seria definitivamente afastada das medidas orçamentais prosseguidas.
Havia contudo nisto um único senão, essa política orçamental teria que respeitar o tratado orçamental e os limites do défice, da dívida e da inflação que ele nos impõe. Mas isso, poderíamos todos continuar a dormir descansados, porque não era política, eram critérios científicos criados para melhorar a qualidade de vida dos europeus e em particular dos portugueses.
Foi assim enquanto a direita governou 4 anos e meio e destruiu direitos dos trabalhadores, das famílias, dos reformados e pensionistas, enquanto reduziu salários e pensões, enquanto destruiu centenas de milhares de empregos, enquanto obrigou mais de meio milhão de portugueses a procurar no estrangeiro o emprego que aqui lhes era negado.
Agora que com o novo governo se criaram condições para se colocar um travão no aprofundamento destas políticas e se iniciou um processo de reversão dos direitos roubados pelo anterior governo, aí temos novamente Teodora Cardoso a guardiã do tratado orçamental, a colocar todas as reservas em relação às medidas de política orçamental previstas e aos seus resultados.
Definitivamente cinco anos depois da criação deste órgão, cujo funcionamento custou ao erário público cerca de 13 milhões de euros e cuja utilidade pública tem sido nula, tanto mais que existe já uma Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que como o próprio nome indica tem dado no âmbito da Assembleia da República, aos diferentes grupos parlamentares o apoio técnico de que necessitam, a pergunta que aqui deixo é a seguinte: Porque razão não se extingue o Conselho das Finanças Públicas?
11 de dezembro de 2016
Alterações climáticas
Uma série dinamarquesa da RTP-2, “A fraude”,
mostra como as energias renováveis servem para grandes negociatas, corrupção e
vigarice, tudo à custa do dinheiro público, energia mais cara, mas elevados
lucros para as elites capitalistas, á conta de deter as alterações climáticas.
A nível científico o assunto não é claro.
Estudos e propaganda pagos pelos interessados no negócio – estes defensores do
ambiente não prescindem de altas taxas de lucro – não faltam. Curiosamente, como
em tudo o que possa prejudicar negócios, o contraditório está proscrito.
Um documentário Odisseia sobre um cruzeiro à
Groenlândia mostrou algo sobre o tema. A guia em determinado momento junto a um
lago, exclama admirada: “O lago está gelado, estamos em junho e nunca o vi
assim nesta altura”. Pouco depois visita-se um glaciar e é referido que em 1850
estava a 15 km do mar, estando naquela altura do ano a 35km. Houve portanto um
degelo. Contudo, mais adiante o comandante – experiente naquelas paragens -
informa que seria impossível o navio fazer a rota prevista pois o fiorde estava
obstruído com gelo mais adiante.
Parece podermos concluir que o gelo diminuiu
nuns locais mas aumentou noutros. Note-se que os viquingues no século X
chamaram aquele território de “Terra verde”, O clima devia ser temperado e não
glacial ártico. A colonização – foi dito – teria atingido cerca de 200 000
pessoas, porém no século XV já tinham abandonado os locais. Refira-se que se
tivessem encontrado o mar com tantos icebergs e gelo como o navio do
documentário, não teriam lá chegado.
A questão do nível dos mares é também
referida como causada pelas alterações climáticas. No entanto, no tempo dos
romanos o Tejo penetrava muito mais pela sua Olissipo. As ruínas de Milreu
(Olhão) estão a 10 km do mar, porém são visíveis argolas para amarração de
barcos de grande porte da época. Há representações que mostram os Jerónimos
junto às águas do Tejo e a Torre de Belém dentro do rio.
Aliás não deixa de ser suspeito que
indivíduos tão preocupados com o ambiente não refiram as emissões de carbono
causadas pela globalização em que alimentos e outros bens são transportados de
avião - como se ufanava o dono do Pingo Doce contrapondo-os aos produtos
nacionais.
Por essa Europa circulam milhares de camiões
TIR em nome do “comércio livre”, com bens que podiam ser produzidos localmente.
Não satisfeitos – sem se importarem com as emissões de carbono – querem mais
“comércio livre”, a ditadura das transnacionais, entre continentes. Como dizia
a Máxime Vivas: “quanto mais comércio livre mais fome”.
É suspeito que estrénuos defensores do
combate às emissões de carbono se calem perante a degradação do ambiente que as
transnacionais produzem:
- Destruição das florestas - que são o mais
eficaz meio de reduzir carbono na atmosfera - provocado pela agricultura e pecuária
industrializadas e intensivas.
- Pegada ecológica que certas fontes de
produção de energia dita limpa representam. etc.
E sobretudo por que não se critica e ataca a
sociedade de consumo que o “way of life” dos EUA representa: 5% da população
mundial, 25% da poluição ambiental e consumo de recursos. Também neste campo Cuba é um exemplo de
índice de desenvolvimento humano e ambiental.
5 de dezembro de 2016
Loucura ...!
LOUCURA OU POPULISMO?
É verdadeiramente ilustrativo do comentário político que temos a leitura dos comentários à eleição do abominável homem do capital Trump. Com poucas excepções.
Não sabemos o que mais admirar, se o confusionismo político, o preconceito ideológico, o simplismo redutor, o reacionarismo militante. Mas compreende-se o desnorte e o dislate. Como pode ter acontecido tal, na tal “grande democracia”, com tanta democracia, que até se vê obrigada a “exportá-la”, nem que seja á bala…E é também uma confissão não assumida da perturbação que causa ver que as políticas que defenderam e defendem tenham produzido tal “anormalidade” política.
Começa por ser admirável a dificuldade em fazer uma leitura simples e rigorosa dos nºs da eleição. Coisas simples como o facto de H Clinton “a rainha do caos” ter tido mais votos! O abominável ter menos votos que os anteriores candidatos republicanos, etc Como nada se diz sobre um sistema eleitoral que produz tais distorções! Um sistema onde o dinheiro dos candidatos continua a ser decisivo! Onde a abstenção ronda os 50% – o que não parece ser problema para os comentadores, desde que seja nos EUA! Um sistema, onde os media, fazem aquilo a que pudemos assistir (1) (É claro, que pôr agora o sistema em causa, significa também o questionamento de anteriores eleições e a natureza democrática do sistema!)
Sectores estratégicos
Os Sectores
Estratégicos da nossa Economia
A Constituição da República
Portuguesa (CRP) estabelece no nº3 do
seu artigo 86º: «que a lei pode definir sectores básicos nos quais seja vedada
a actividade às empresas privadas e a outras entidades da mesma natureza».
Essa
definição de sectores básicos passou a partir da 3ª revisão constitucional de
1992 a ser uma simples faculdade, que os sucessivos governos nunca sentiram
necessidade de utilizar.
A lei da delimitação
dos sectores aprovada em 1977, tendo definido as actividades e os sectores
básicos da nossa economia, fê-lo não para que eles fossem defendidos, mas para
a partir daí se iniciar um longo ataque às nacionalizações, que culminaria em
1990 com a aprovação da lei quadro das privatizações no seguimento da 2ª revisão
constitucional.
O conceito
de sectores básicos da economia, foi sendo esvaziado ao longo dos anos 80, à
medida que o processo contra-revolucionário foi avançando.
No
interesse da reconstituição e restauração dos grupos monopolistas nacionais,
liquidados pelo 25 de Abril e pelas nacionalizações, não era de esperar outra
coisa.
Desde 1989 iniciou-se um longo
período de privatizações que permitiram ao Estado arrecadar de receitas, a
preços correntes, cerca de 40 mil milhões de euros, 21% do PIB de 2016.
As sucessivas privatizações fizeram
com que os interesses privados nacionais ou estrangeiros sejam hoje dominantes
e os interesses estratégicos dos portugueses estejam hoje nas suas mãos: da
banca, aos seguros, ao sector energético, às telecomunicações, ao sector dos
cimentos, ao sector químico, ao sector siderúrgico, ao sector dos transportes
públicos rodoviários e ao sector dos transportes aéreos.
As privatizações foram e são uma das
pedras angulares da política de direita que tem presidido às práticas políticas
de sucessivos governos do PS, PSD e CDS/PP nas últimas décadas, sempre
acompanhadas pela liberalização dos mercados e a desregulamentação dos
mecanismos de orientação e direcção económica.
A aplicação de todas estas políticas conduziram
o país ao triste estado em que se encontra hoje: um país mais desigual, injusto
e dependente.
Comentários ao Congresso
Foi visível o incómodo dos
comentadores. De facto, como disse Jerónimo de Sousa, “até nos Congressos os partidos
não são todos iguais”. Os comentadores, especialistas em discutir sobre
pessoas, em fazer glosas sobre as intrigas de bastidores, sobre quem vai fazer
de mestre de sala dos interesses oligárquicos, ficam como que perdidos. Porém
torna-se indisfarçável a sua mediocridade. É que no campo das ideias, discutir
pessoas é o argumento dos medíocres.
Sente-se o ressentimento face à
situação dos partidos da direita, dos quais mais ou menos sinuosamente sempre
defenderam as opções. Que angústia verem os jovens assumindo os exemplos dos
mais velhos e proclamando o marxismo-leninismo como a sua ideologia e base da sua militância.
Para o tal "caixote do lixo da
história" caminha a social-democracia que se submeteu ao neoliberalismo. Também
partidos que foram atrás dos cantos de sereia da social-democracia e
“europeísmo” se tornaram irrelevantes social e politicamente, incapazes de
apresentar alternativas mobilizadoras. Bem dizia Álvaro Cunhal: desconfiemos é
dos elogios dos inimigos de classe (cito de cor).
O PSD tenta disfarçar a má
figura que faz assumindo uma ridícula postura de extrema-esquerda: com o apoio
ao governo PS, o PCP estaria a negar-se! Pelos vistos a “disfuncionalidade
cognitiva” (pela qual fizeram uma birra de extrema-direita na AR) não era
temporária!
A comunicação social lá teve que
apresentar algo sobre o congresso. Nada comparado com outros partidos, até o BE
teve mais destaque e divulgação de conteúdos. Caro, agora não havia questões
pessoais…
O importante foi escondido,
banalizado: “não trouxe surpresas”. Para os que erraram em tudo o que previram
ou defenderam, não está mal! Claro que ignoraram a realidade das lutas
travadas, da juventude militante, da determinação e confiança.
Não há dúvida têm razões para
estar ressabiados. E a desorientada bidelbergiana, Clara F. Alves, sem saber que
volta há de dar à sua política de direita, acha que se o PCP tivesse maioria de
votos, já “não lhe achávamos tanta graça”. Graça?!
A “superior” inteligência dos
comentadores tratou de escamotear dados que deviam ser divulgados para que o
povo fizesse as suas escolhas em consciência: Apenas alguns exemplos:
- Com as privatizações o Estado
arrecadou 40 mil milhões de euros, porém só entre 2014 e 2014 as empresas
privatizadas no PSI 20 tiveram de lucro 44 mil milhões. (José Lourenço).
- Entre 2000 e 2014 a banca
distribuiu de dividendos 8,5 mil milhões de euros mas as imparidades atingiram
16 mil milhões (Miguel Tiago)
- Entre 1996 e julho de 2016 o
que saiu do país em juros, lucros e dividendos, foi superior em 82 mil milhões
de euros ao montante líquido de tudo o que recebemos da UE. (Carlos Carvalhas)
- Desde a entrada no euro o
crescimento económico médio foi nulo. (idem)
- (medida fundamental) A
passagem para o direito português dos diversos contratos de dívida, permitindo
o pagamento dos juros em escudos. (idem).
Será que a comunicação social controlada se tornou numa outra "casa dos segredos"?
1 de dezembro de 2016
Gabriel Garcia Maequez
Leitura para a " esquerda do sofá "
|
> Registando com enorme indignação o que a poderosa máquina de propaganda imperialista consegue instilar até inesperadamente em muita gente, alguma que muito se tem indignado com Trump mas que, chegado o momento, não se distinguem de Trump. Nada de novo a oeste! Também nada de novo muita gente de esquerda perdida nos seus labirintos e sem encontrarem o fio de ariadne que os salvaria do minotauro e já sem sequer saber como fabricar as asas de Ícaro. Que poderia escrever sobre FIdel? Que música estou a ouvir por Fidel? Texto, de Gabriel Garcia Marquez bem como a música de Dvorak aqui ficam. Manuel Augusto Araújo
>
> FIDEL
>
> A sua devoção pela palavra. O seu poder de sedução. Vai buscar os problemas onde estão. O Ímpeto e a inspiração são próprios do seu estilo. Os livros reflectem muito bem a amplitude dos seus gostos. Deixou de fumar para ter a autoridade moral para combater o tabagismo. Gosta de preparar as receitas de cozinha com uma espécie de fervor científico. Mantém-se em excelentes condições físicas com várias horas de ginástica diária e natação frequente. Paciência invencível. Disciplina férrea. A força da imaginação arrasta-o até ao imprevisto. Tão importante como aprender a trabalhar é aprender a descansar.
>
> Fatigado de conversar, descansa conversando. Escreve bem e gosta de fazê-lo. O maior estímulo da sua vida é a emoção do risco. A tribuna de improvisador parece ser o seu meio ecológico perfeito.
> Começa sempre com uma voz inaudível, com um rumo incerto, mas aproveita qualquer assunto para ir ganhando terreno, palmo a palmo, até que uma espécie de grande vaga se apodera da audiência. É a inspiração: o estado de graça irresistível e deslumbrante, que só o negam aqueles que não tiveram a glória do viver. É anti-dogmático por excelência. José Martí é o seu autor de cabeceira e teve o talento de incorporar o seu ideário à corrente sanguínea de uma revolução marxista.
> Na essência do seu pensamento poderia estar a certeza de que para fazer trabalho de massas é fundamental ocupar-se dos indivíduos.
> Isto poderia explicar a sua confiança absoluta no contacto directo.
> Tem uma linguagem, para cada ocasião e um modo distinto de persuasão para cada interlocutor. Sabe situar-se ao nível de cada um e a sua informação casta e variada permite-lhe mover-se com facilidade em qualquer meio. Uma coisa é segura: esteja onde esteja, como esteja e com quem esteja, Fidel Castro está ali para ganhar.
> A sua atitude perante a derrota, ainda que seja nos actos mínimos da vida quotidiana, parece obedecer a uma lógica privada: nem sequer a admitem e não tem um minuto de sossego enquanto não consegue inverter os termos e convertê-la numa vitória.
> Ninguém consegue ser mais obsessivo quando se propôs chegar ao fundo de qualquer coisa. Não há projecto colossal e milimétrico, em que ele não se empenhe de uma forma apaixonada.
> E em especial se tem que defrontar-se com a adversidade. Nunca como então parece com melhor disposição, Alguém que acredita conhecê-lo bem, disse-lhe: as coisas devem andar muito mal, porque você está esfusiante.
> Insistir e aprofundar as coisas é uma das suas formas de trabalhar. Exemplo: o assunto da dívida externa da América Latina, apareceu pela primeira vez nas suas conversas há alguns anos, e foi desenvolvendo-se, ramificando-se, aprofundando-se. A primeira coisa que disse, como uma simples conclusão aritmética, era que a dívida era impagável. Depois apareceram as medidas escalonadas: As repercussões das dívida na economia dos países, o seu impacto politico e social, a sua influência decisiva nas relações internacionais, a sua importância providencial para uma politica unitária da América Latina... até chegar a uma visão totalizadora, a que expôs numa reunião internacional convocada para o efeito e que o tempo se encarregou de demonstrar.
> A sua mais rara virtude de politico é essa capacidade de vislumbrar a evoluções dos factos até às suas consequências remotas... no entanto, não exerce esta faculdade por revelações, mas como resultado de um raciocínio árduo e tenaz. O seu auxiliar supremo é a memória que usa até ao abuso em conversas privadas com raciocínios espantosos e operações aritméticas de uma rapidez incrível.
> Tudo isto, requer o auxílio de uma informação incessante e bem mastigada e digerida. A sua tarefa de acumulação informativa começa desde o momento em que acorda. Pequena almoça com mais de 200 páginas de notícias de todo o mundo. Durante o dia, fazem-lhe chegar informações urgentes, calcula que cada dia tem que ler 50 documentos, a esses têm que se somar as informações dos serviços oficiais e as conversas com os seus visitantes e tudo aquilo que possa despertar o interesse da sua curiosidade infinita.
> As respostas têm de ser exactas, pois é capaz de descobrir a mais pequena contradição numa frase casual. Outra fonte vital de informação são os livros. É um leitor voraz. Ninguém consegue explicar como tem tempo nem qual é o método que utiliza para ler tanto e com tanta rapidez, ainda que ele insista que não tem nenhum talento especial para isso.
> Muitas vezes levou um livro de madrugada e na manhã seguinte comenta-o. Lê inglês mas não o fala.
> Prefere ler castelhano e a qualquer hora está disposto a ler o mais pequeno papel que lhe caia nas mãos.
> É um leitor habitual de assuntos económicos e históricos. É um bom leitor de literatura que segue com atenção.
> Tem o costume de interrogar os seus visitantes. Perguntas sucessivas até descobrir o porquê do porquê do porquê.
> Quando um visitante da América Latina lhe deu um dado apressado sobre o consumo de arroz dos seus compatriotas, ele fez os seus cálculos mentais e disse-lhe: que estranho, quer dizer que cada um come quatro libras de arroz por dia.
> Uma das suas tácticas é perguntar coisas que sabe para confirmar os seus dados. E em alguns casos para medir o calibre do seu interlocutor e tratá-lo em consequência.
> Não perde ocasião para informar-se. Durante a guerra de Angola descreveu uma batalha com tantos pormenores e minúcia, numa recepção oficial, que foi difícil convencer o diplomata europeu de que Fidel Castro não tinha participado nela.
> O relato que fez da captura e assassinato do Che, o que fez do assalto do quartel da Moneda e da morte de Salvador Allende ou o que disse dos estragos do ciclone Flora, davam grandes reportagens faladas.
> A sua visão da América Latina e do seu futuro, é a mesma de Bolívar e de Martí, uma comunidade integral e autónoma, capaz de mover o destino do mundo. O pais do qual sabe mais depois de Cuba, os Estados Unidos. Conhece a fundo as características da sua gente, as suas estruturas de poder, as segundas intenções dos seus governo, e segundas intenções dos seus governos, e isto ajudou-o a contornas a tormenta incessante do bloqueio.
> Numa entrevista de várias horas, detém-se em cada assunto, quando se aventura em temas menos conhecidos, nunca descuida a precisão, consciente que uma só palavra mal usada pode causar estragos irreparáveis. Jamais recusou responder a nenhuma pergunta, por mais provocadora que seja, nem perdeu nunca a paciência. Sobre os que escamoteiam a verdade para não lhe causar mais preocupações que as que tem: descobre-o. A um funcionário que o fez, disse-lhe: Ocultam-me verdades para não me preocupar, mas no fim, quando descobrir, morrerei pelo choque de enfrentar tantas verdades que me deixaram de dizer. As mais graves, no entanto, são as verdades lhe ocultam para encobrir erros e deficiências, pois ao lado dos enormes sucessos que sustentam a revolução – as conquistas politicas, científicas, desportivas e culturais – há uma enorme incompetência burocrática monstruosa que afecta toda a vida diária e em especial a felicidade doméstica.
> Quando fala com a gente da rua, as conversas ganham expressividade e a franqueza crua dos afectos reais. Chamam-no: Fidel. Rodeiam-no sem riscos, tratam-no por tu, discutem, contradizem-no, protestam, como num canal de transmissão imediata por de onde circulam a verdade aos borbotões. É então que se descobre o ser humano insólito, que o resplendor da sua própria imagem não deixa conhecer: um homem de costumes austeros e ilusões insaciáveis, com uma educação formal à antiga, de palavras cautelosas e ténues e incapaz de conceber nenhuma ideia que não seja descomunal.
> Sonha que os “seus” cientistas encontrem o remédio final contra o cancro e criou uma politica externa de potencia mundial, numa ilha 84 vezes mais pequena que o seu inimigo principal.
> Tem a convicção que a conquista mais do ser humano é a boa formação da sua consciência e que os estímulos morais, mais do que os estímulos materiais, são capazes de mudar o mundo e empurrar a história.
> Ouvi-o nas suas escassas horas de meditação à vida, evocar as coisas que poderia ter feito de outra maneira para ganhar mais tempo de vida. Ao vê-lo muito aborrecido pelo peso de tantos destinos de pessoas, perguntei-lhe o que quisera fazer neste mundo, respondeu-me de imediato: parar num local qualquer.
>
> Gabriel Garcia Marquez in Rebellion
>
> FIDEL
>
> A sua devoção pela palavra. O seu poder de sedução. Vai buscar os problemas onde estão. O Ímpeto e a inspiração são próprios do seu estilo. Os livros reflectem muito bem a amplitude dos seus gostos. Deixou de fumar para ter a autoridade moral para combater o tabagismo. Gosta de preparar as receitas de cozinha com uma espécie de fervor científico. Mantém-se em excelentes condições físicas com várias horas de ginástica diária e natação frequente. Paciência invencível. Disciplina férrea. A força da imaginação arrasta-o até ao imprevisto. Tão importante como aprender a trabalhar é aprender a descansar.
>
> Fatigado de conversar, descansa conversando. Escreve bem e gosta de fazê-lo. O maior estímulo da sua vida é a emoção do risco. A tribuna de improvisador parece ser o seu meio ecológico perfeito.
> Começa sempre com uma voz inaudível, com um rumo incerto, mas aproveita qualquer assunto para ir ganhando terreno, palmo a palmo, até que uma espécie de grande vaga se apodera da audiência. É a inspiração: o estado de graça irresistível e deslumbrante, que só o negam aqueles que não tiveram a glória do viver. É anti-dogmático por excelência. José Martí é o seu autor de cabeceira e teve o talento de incorporar o seu ideário à corrente sanguínea de uma revolução marxista.
> Na essência do seu pensamento poderia estar a certeza de que para fazer trabalho de massas é fundamental ocupar-se dos indivíduos.
> Isto poderia explicar a sua confiança absoluta no contacto directo.
> Tem uma linguagem, para cada ocasião e um modo distinto de persuasão para cada interlocutor. Sabe situar-se ao nível de cada um e a sua informação casta e variada permite-lhe mover-se com facilidade em qualquer meio. Uma coisa é segura: esteja onde esteja, como esteja e com quem esteja, Fidel Castro está ali para ganhar.
> A sua atitude perante a derrota, ainda que seja nos actos mínimos da vida quotidiana, parece obedecer a uma lógica privada: nem sequer a admitem e não tem um minuto de sossego enquanto não consegue inverter os termos e convertê-la numa vitória.
> Ninguém consegue ser mais obsessivo quando se propôs chegar ao fundo de qualquer coisa. Não há projecto colossal e milimétrico, em que ele não se empenhe de uma forma apaixonada.
> E em especial se tem que defrontar-se com a adversidade. Nunca como então parece com melhor disposição, Alguém que acredita conhecê-lo bem, disse-lhe: as coisas devem andar muito mal, porque você está esfusiante.
> Insistir e aprofundar as coisas é uma das suas formas de trabalhar. Exemplo: o assunto da dívida externa da América Latina, apareceu pela primeira vez nas suas conversas há alguns anos, e foi desenvolvendo-se, ramificando-se, aprofundando-se. A primeira coisa que disse, como uma simples conclusão aritmética, era que a dívida era impagável. Depois apareceram as medidas escalonadas: As repercussões das dívida na economia dos países, o seu impacto politico e social, a sua influência decisiva nas relações internacionais, a sua importância providencial para uma politica unitária da América Latina... até chegar a uma visão totalizadora, a que expôs numa reunião internacional convocada para o efeito e que o tempo se encarregou de demonstrar.
> A sua mais rara virtude de politico é essa capacidade de vislumbrar a evoluções dos factos até às suas consequências remotas... no entanto, não exerce esta faculdade por revelações, mas como resultado de um raciocínio árduo e tenaz. O seu auxiliar supremo é a memória que usa até ao abuso em conversas privadas com raciocínios espantosos e operações aritméticas de uma rapidez incrível.
> Tudo isto, requer o auxílio de uma informação incessante e bem mastigada e digerida. A sua tarefa de acumulação informativa começa desde o momento em que acorda. Pequena almoça com mais de 200 páginas de notícias de todo o mundo. Durante o dia, fazem-lhe chegar informações urgentes, calcula que cada dia tem que ler 50 documentos, a esses têm que se somar as informações dos serviços oficiais e as conversas com os seus visitantes e tudo aquilo que possa despertar o interesse da sua curiosidade infinita.
> As respostas têm de ser exactas, pois é capaz de descobrir a mais pequena contradição numa frase casual. Outra fonte vital de informação são os livros. É um leitor voraz. Ninguém consegue explicar como tem tempo nem qual é o método que utiliza para ler tanto e com tanta rapidez, ainda que ele insista que não tem nenhum talento especial para isso.
> Muitas vezes levou um livro de madrugada e na manhã seguinte comenta-o. Lê inglês mas não o fala.
> Prefere ler castelhano e a qualquer hora está disposto a ler o mais pequeno papel que lhe caia nas mãos.
> É um leitor habitual de assuntos económicos e históricos. É um bom leitor de literatura que segue com atenção.
> Tem o costume de interrogar os seus visitantes. Perguntas sucessivas até descobrir o porquê do porquê do porquê.
> Quando um visitante da América Latina lhe deu um dado apressado sobre o consumo de arroz dos seus compatriotas, ele fez os seus cálculos mentais e disse-lhe: que estranho, quer dizer que cada um come quatro libras de arroz por dia.
> Uma das suas tácticas é perguntar coisas que sabe para confirmar os seus dados. E em alguns casos para medir o calibre do seu interlocutor e tratá-lo em consequência.
> Não perde ocasião para informar-se. Durante a guerra de Angola descreveu uma batalha com tantos pormenores e minúcia, numa recepção oficial, que foi difícil convencer o diplomata europeu de que Fidel Castro não tinha participado nela.
> O relato que fez da captura e assassinato do Che, o que fez do assalto do quartel da Moneda e da morte de Salvador Allende ou o que disse dos estragos do ciclone Flora, davam grandes reportagens faladas.
> A sua visão da América Latina e do seu futuro, é a mesma de Bolívar e de Martí, uma comunidade integral e autónoma, capaz de mover o destino do mundo. O pais do qual sabe mais depois de Cuba, os Estados Unidos. Conhece a fundo as características da sua gente, as suas estruturas de poder, as segundas intenções dos seus governo, e segundas intenções dos seus governos, e isto ajudou-o a contornas a tormenta incessante do bloqueio.
> Numa entrevista de várias horas, detém-se em cada assunto, quando se aventura em temas menos conhecidos, nunca descuida a precisão, consciente que uma só palavra mal usada pode causar estragos irreparáveis. Jamais recusou responder a nenhuma pergunta, por mais provocadora que seja, nem perdeu nunca a paciência. Sobre os que escamoteiam a verdade para não lhe causar mais preocupações que as que tem: descobre-o. A um funcionário que o fez, disse-lhe: Ocultam-me verdades para não me preocupar, mas no fim, quando descobrir, morrerei pelo choque de enfrentar tantas verdades que me deixaram de dizer. As mais graves, no entanto, são as verdades lhe ocultam para encobrir erros e deficiências, pois ao lado dos enormes sucessos que sustentam a revolução – as conquistas politicas, científicas, desportivas e culturais – há uma enorme incompetência burocrática monstruosa que afecta toda a vida diária e em especial a felicidade doméstica.
> Quando fala com a gente da rua, as conversas ganham expressividade e a franqueza crua dos afectos reais. Chamam-no: Fidel. Rodeiam-no sem riscos, tratam-no por tu, discutem, contradizem-no, protestam, como num canal de transmissão imediata por de onde circulam a verdade aos borbotões. É então que se descobre o ser humano insólito, que o resplendor da sua própria imagem não deixa conhecer: um homem de costumes austeros e ilusões insaciáveis, com uma educação formal à antiga, de palavras cautelosas e ténues e incapaz de conceber nenhuma ideia que não seja descomunal.
> Sonha que os “seus” cientistas encontrem o remédio final contra o cancro e criou uma politica externa de potencia mundial, numa ilha 84 vezes mais pequena que o seu inimigo principal.
> Tem a convicção que a conquista mais do ser humano é a boa formação da sua consciência e que os estímulos morais, mais do que os estímulos materiais, são capazes de mudar o mundo e empurrar a história.
> Ouvi-o nas suas escassas horas de meditação à vida, evocar as coisas que poderia ter feito de outra maneira para ganhar mais tempo de vida. Ao vê-lo muito aborrecido pelo peso de tantos destinos de pessoas, perguntei-lhe o que quisera fazer neste mundo, respondeu-me de imediato: parar num local qualquer.
>
> Gabriel Garcia Marquez in Rebellion
Luís Spulveda
Leituras para a " esquerda do sofá "
Luís Sepúlveda FIDEL...
(No dia da morte de Fidel Castro) Blog Jardim das Delícias
La noticia llega con las primeras luces del día, tal vez con la misma intensa luminosidad del amanecer que vieron los tripulantes del "Gramma" en la costa de la isla antes de desembarcar y empezar la gesta que inauguró la dignidad latinoamericana.
En las pupilas de ese grupo de hombres y mujeres que tocaron la arena blanca de Cuba, iba también la luz de los caídos en el asalto al cuartel Moncada y, por eso, el brazalete con la leyenda"26 de Julio" era la gran identidad de aquellos que, como más tarde escribiría un argentino al que llamaban simplemente Che, daban el paso a la condición superior del insurgente, del rebelde, del militante, y se convertían en Guerrilleros.
La dignidad latinoamericana se inauguró de verde olivo y con olor a cordita, a pólvora, al sudor de las marchas selva adentro, a la fatiga combatiente que, lejos de cansar, entregaba más ánimo a la vocación justiciera de los guerrilleros, de los combatientes de Fidel, de "los barbudos" vestidos con retazos, armados de machetes zafreros y de las armas arrebatadas al enemigo en cada combate.
Los combatientes de Sierra Maestra, los guajiros, estudiantes y poetas, paso a paso, tiro a tiro, enseñaron a Latinoamérica que la estrella de Comandante Guerrillero era el distintivo del primero en el fragor de la lucha, del que combatía en primera fila, del que sembraba ejemplo y confianza en un destino superior.
Y mientras los guerrilleros del "26 de Julio" avanzaban por las sierras y las selvas, en todo el continente latinoamericano, desde el río Bravo hasta la Tierra del Fuego, los humildes alzaban sus banderas de harapos, "porque ahora la historia tendrá que contar con los pobres de América".
Hoy es un día de recogimiento revolucionario. Hoy es el día del dolor de aquellos que se atrevieron a dar el paso imprescindible, a romper con la existencia dócil y sumisa , y se unieron al camino sin retorno de la lucha revolucionaria.
¡Hasta la Victoria Siempre, Fidel! ¡Hasta la Victoria Siempre, Comandante Guerrillero!
En las pupilas de ese grupo de hombres y mujeres que tocaron la arena blanca de Cuba, iba también la luz de los caídos en el asalto al cuartel Moncada y, por eso, el brazalete con la leyenda"26 de Julio" era la gran identidad de aquellos que, como más tarde escribiría un argentino al que llamaban simplemente Che, daban el paso a la condición superior del insurgente, del rebelde, del militante, y se convertían en Guerrilleros.
La dignidad latinoamericana se inauguró de verde olivo y con olor a cordita, a pólvora, al sudor de las marchas selva adentro, a la fatiga combatiente que, lejos de cansar, entregaba más ánimo a la vocación justiciera de los guerrilleros, de los combatientes de Fidel, de "los barbudos" vestidos con retazos, armados de machetes zafreros y de las armas arrebatadas al enemigo en cada combate.
Los combatientes de Sierra Maestra, los guajiros, estudiantes y poetas, paso a paso, tiro a tiro, enseñaron a Latinoamérica que la estrella de Comandante Guerrillero era el distintivo del primero en el fragor de la lucha, del que combatía en primera fila, del que sembraba ejemplo y confianza en un destino superior.
Y mientras los guerrilleros del "26 de Julio" avanzaban por las sierras y las selvas, en todo el continente latinoamericano, desde el río Bravo hasta la Tierra del Fuego, los humildes alzaban sus banderas de harapos, "porque ahora la historia tendrá que contar con los pobres de América".
Hoy es un día de recogimiento revolucionario. Hoy es el día del dolor de aquellos que se atrevieron a dar el paso imprescindible, a romper con la existencia dócil y sumisa , y se unieron al camino sin retorno de la lucha revolucionaria.
¡Hasta la Victoria Siempre, Fidel! ¡Hasta la Victoria Siempre, Comandante Guerrillero!
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