«Leia, sr. Marcelo, leia!»
«O secretário de Estado junto do primeiro-ministro, o sr. Marcelo Rebelo de Sousa, gosta de se apresentar como pessoas perspicaz.
«O secretário de Estado junto do primeiro-ministro, o sr. Marcelo Rebelo de Sousa, gosta de se apresentar como pessoas perspicaz.
Mas o seu comentário à primeira apreciação da Comissão Política do Comité Central do nosso Partido sobre a greve geral não abona muito tal pretensão.
O secretário de Estado sublinha que a Comissão Política não apresenta números, só diz generalidades, não indica percentagens. Sr. Marcelo, sr. Marcelo, guarde um bocadinho a calma, senão dirá cada dia disparates maiores e corre o risco de nem os seus amigos acreditarem na perspicácia que gostaria de ter.
Nós possuímos informações pormenorizadas da greve geral, enviadas ao longo do dia 12 ao Comité Central pelas organizações do Partido. São milhares de informações de milhares de empresas e sectores em luta, com números e percentagens. Quando afirmamos que a greve geral foi um sucesso e que a maioria esmagadora dos trabalhadores aderiu a ela, é com base sólida que o afirmamos.
Na próxima segunda-feira um número especial do Avante! publicará muitos dos dados concretos acerca da participação na greve em todo o País. O quadro é uma demonstração da participação esmagadora dos trabalhadores na greve geral.
Leia, sr. Marcelo, leia, e, se tem ainda um milímetro de vergonha, faça mea culpa e reconheça que mentiu e caluniou.»
Da intervenção de Álvaro Cunhal, secretário-geral do PCP, em Alcochete, publicada no Avante! de 15 de Fevereiro de 1982 sobre a Greve Geral de 1982
Da intervenção de Álvaro Cunhal, secretário-geral do PCP, em Alcochete, publicada no Avante! de 15 de Fevereiro de 1982 sobre a Greve Geral de 1982
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