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29 de junho de 2011

Um Programa com o aplauso da Banca e Seguradoras privadas

A música celestial dos comentadores neoliberais


Praticamente em uníssono os comentadores encartados, porta-vozes da CIP e dos grandes grupos económicos e da Banca, mostram grande entusiasmo com o Programa do governo e suas medidas, continuam a carregar nas tintas negras da situação económica, para que o povo tenha essas medidas como necessárias e inevitáveis!


Um, enaltece o "emagrecimento do Estado". Mas trata-se do emagrecimento do Estado ou da engorda de certos privados à custa dos contribuintes?


Outro, sublinha a "intenção reformista do governo". Mas estamos perante uma intenção reformista ou de conta reforma, reaccionária e conservadora?


Outros ainda afirmam que as «medidas vêm com 20 anos de atraso!» Mas se olharmos para elas sem preconceitos o mínimo que se pode dizer é que cheiram a mofo e a ranço do 24 de Abril.


Todos sublinham que temos de ser diferentes da Grécia!!!


É caso para lembrar o slogan: «todos diferentes, todos iguais».


Este é o programa da Banca, da CIP, dos grandes interesses económicos e dos credores. A factura tem um destinatário - os trabalhadores e o povo!


Reparem que sobre a Banca ou as grandes fortunas não há nenhum agravamento!!! A questão é que com as medidas anunciadas o estrangulamento da galinha (economia) vai avançar e com ele a quebra da actividade económica e das receitas. E quanto à recuperação da competitividade com um euro - moeda forte - vai ser muito complicado como a té a Troika o reconhece.


Para ajudar à festa o aumento da taxa de juro do BCE recentemente tomada vai penalizar ainda mais a dinamização da actividade económica. Sem crescimento económico que se veja não há saida possível.


Só por ingenuidade se pode pensar que os "mercados" em 2013 nos irão dar o beneficio da dúvida! Estamos a seguir o caminho da Grécia! Não aprendemos nada!


Concluindo: com a ortodoxia neoliberal deste Programa e com o euro, moeda forte podem começar a preparar o funeral da economia portuguesa.






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