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15 de junho de 2011

Um ponto de vista dos "investidores"

Tradução de texto anterior M. W. : (....) O que é que se vai passar ?

A S&P previne todas as opções analisadas até agora para salvar a Grécia (alongamento da duração dos reembolsos ou trocas mais ou menos voluntárias de obrigações) serão consideradas como um incumprimento de pagamentos. A Zona euro está encurralada. Logo que a Grécia opere uma reestruturação da A análise de Investidoressua dívida (seja ela ligeira ou dura), o incumprimento de pagamento será estabelecido.

Apesar disto, todo corre pelo melhor, se se acreditar na última nota (L'HEBDO CREDIT de segunda-feira 30 de Maio de 2011) de Natixis qui se debruçou sobre o caso dos CDS Subs dos seguradores:
"concluímos que a exposição dos seguradores à dívida soberana dos países em dificuldade é limitada. É certo que as tensões sobre a dívida dos países periféricos se repercute sobre as acções e assim, indirectamente, sobre os seguradores mais expostos aos mercados de acções como Generali, que entre outras sofrem da perspectiva negativa infligida pela S&P à dívida soberana italiana. Esta em nada põe em causa a nossa confiança..."

Na vida real, muitas empresas vão fazer batota. Em primeiro lugar os bancos gregos que deixaram de ser solváveis. De seguida, será a vez dos bancos europeus. No quarto trimestre de 2010, os bancos franceses por exemplo estavam expostos à dívida grega em 56,7 mil milhões de dólares, segundo os dados da BRI. Depois a Grécia arrastará na sua queda a Irlanda e Portugal. Os CDS (credit default swaps), esses seguros anti-falência dos Estado, desencadeiam-se normalmente em cascada, o que acabará de laminar a Zona euro.

Por outro lado, como nos ensina o Financial Times, um incumprimento da Grécia observado pelas agências de notação forçará muitos fundos de investimento a desembaraçarem-se dos créditos gregos. Muitos de entre eles, com efeito não têm simplesmente o direito de deter obrigações de um país em incumprimento.

Antes de lá chegar, as empresas começam já a sofrer da crise do crédito soberano subprime. A Espanha está de novo sob pressão. A Telefonica a gigante das telecons já foi obrigada a anular a entrada na Bolsa de Atento. Ao mesmo tempo, o banco Santander, também ele espanhol, não conseguiu encontrar comprador para a metade das suas dívidas aquando de uma recente emissão de obrigações. Mesmo quando estas empresas são particularmente sólidas.

A língua de pau não adormece os contribuintes
"Reestruturação", "incumprimento", "bancarrota", são termos que os políticos europeus baniram do seu vocabulário desde há meses. Contudo as populações estão cada vez menos enganadas sobre o que as espera. Uma sondagem realizada pela Harris para o Financial Times publicada hoje mostra que os receios sobre as dívidas públicas se reforçaram. 42% dos Britânicos interrogados consideram que o seu país entrará em incumprimento dentro de 10 anos. Mesmo nos nossos vizinhos alemães, famosos pelo modo como gerem os défices orçamentais, 31% dos sondados pensam que é provável que o seu governo seja incapaz de reembolsar o dinheiro pedido emprestado. Os números sobem em relação à sondagem precedente de há um ano. Em França, somos 52% a calcular que o Estado fará incumprimento nestes 10 anos.

Um conselho, em matéria de gestão de obrigações europeias, sigam a estratégia do fundo soberano finlandês. Se esta última afirma ter uma visão positiva a longo prazo da Zona euro, decidiu reduzir a parte que representa as suas dívidas lavradas em euro na sua carteira. O seu objectivo : reforçar-se nos mercados emergentes.

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