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30 de dezembro de 2024

A UE prepara-se para a guerra...

Como diria o Eça, a UE é uma pilhéria... Tornou-se uma piada de mau gosto, ao sabor de propagandistas. A UE/NATO está atacada de uma doença incurável, a menos que inicie um processo de desintoxicação da estupidez política e económica vigente.

Como pensa a UE financiar a Ucrânia, a corrida aos armamentos, mobilizar centenas de milhar de soldados com países altamente endividados e em estagnação económica? Sete países europeus estão com "procedimentos de défice excessivo". A burocracia quer manter regras que não funcionam, mas sem as quais não tem razão de existir. Isto enquanto nos EUA a dívida federal é 123,45% do PIB, a dívida pública total atinge 136,5%, apesar da degradação das infraestruturas e serviços públicos - na maioria privatizados. A UE caminha para o colapso económico, afirma o  prof. Michael Hudson,

Na UE/NATO já gastaram pelo menos 130 mil milhões de euros na Ucrânia. Depois dos propagandistas anunciarem a derrota e colapso financeiro da Rússia, agora mudaram da versão e a Rússia não vai parar depois de vencer a Ucrânia! Para que quer a Rússia invadir a UE? Reduzida disponibilidade de matérias primas e de onerosa extração, tem de importar combustíveis, as energias verdes são caras. Propagandistas procuram convencer-nos que as linhas vermelhas da Rússia perdem a cor à medida que a NATO escala a guerra: os paranoicos, querem tropas da NATO na Ucrânia - os mercenários e "armas maravilha" falharam! A apregoada unidade na UE/NATO não existe, as reuniões são inconclusivas para além de palavreado belicoso e palmadinhas nas costas ao Zelensky. Os governos reduzem as entregas de dinheiro e armas a Kiev. Os Estados simplesmente não têm.

Cismados em derrotar a Rússia e seguir fielmente os objetivos do império, a UE perde mercados, competitividade e as populações empobrecem. O que existe na UE/NATO é a total ausência de coerência, e capacidade de pensamento estratégico, após anos de desindustrialização, incompetência, decisões desastrosas e servilismo. Querem que os países se preparem para um cenário de tempo de guerra, porém não existe nenhum plano para o efeito, previsão de investimentos e cronograma, embora a preparação para o "cenário" possa levar uma década. (https://t.me/IntelRepublic/43970)

Que combustível, que matérias primas e linhas de abastecimento garantidas teria a UE/NATO no tal "cenário". Conforme disse o gen. Agostinho Costa na CNN: para ter 25% de probabilidade de abater um míssil Kinzahl (Mach 10) são necessários 32 Patriot, um custo total de 128 milhões de dólares. E como pensam estabelecer uma defesa adequada aos mísseis Oreshnik?

A Ucrânia foi levada ao caos pela estúpida arrogância de tripudiar sobre os acordos de Minsk. Cerca de 80% de sua infraestrutura energética está danificada ou destruída. Em 2024 a Rússia tomou mais de 4 500 km², mais de 190 povoações, mais de 58 000 unidades de equipamento militar destruídas, as FAU sofreram mais de 560 000 baixas (mortos, feridos, desaparecidos). A Rússia aumentou a produção apesar das sanções e manteve uma logística eficiente. Em Kursk, as FAU ocupam, pouco mais de um terço da área inicial. (Geopolítica ao vivo – Telegram 28 e 23/12)

Uma massa de comentadores atlantistas e burocratas fazem tudo ao seu alcance para desencadear um conflito internacional entre os Estados Unidos, UE/NATO e a Rússia, procurando formas de pressionar a população a apoiar esta guerra.

O tresloucado Stoltenberg, ex-SG da NATO, é agora copresidente do Grupo Bilderberg. Foi considerado o homem adequado para a organização da oligarquia mundial. Transformou países da NATO em vassalos, canalizando milhares de milhões para empresas de armamento dos EUA sob o pretexto de "segurança coletiva". Com Stoltenberg, Bilderberg consolida-se nos bastidores das guerras sem fim. Na sua direção pontificam oligarcas das megaempresas da indústria militar. Não são estrategas, são aproveitadores, garantindo que a guerra continue como o negócio mais lucrativo. Com Bilderberg e a Conferência de Segurança de Munique, o atlantismo é menos sobre unidade e mais sobre coação. O apelo para "mais investimento em defesa" não é estratégia; é desespero para manter o império unido enquanto seu domínio global desmorona. A UE/NATO não é uma parceira; é um refém, humilhado pela sabotagem do Nord Stream (ou o cancelamento da encomenda de submarinos franceses para a Austrália, substituídos por dos EUA) suportando o suicídio económico sob crescentes custos de energia. Stoltenberg irá pressionar para duplicar investimentos e manter a máquina de guerra funcionando a todo custo, mesmo que isso signifique uma UE/NATO sem indústrias competitivas e geopoliticamente irrelevante. Bilderberg continuará sendo um clube para os gerentes do império tentando agarrarem-se a uma ordem mundial que não funciona mais. A questão não é se Bilderberg pode adaptar-se, é se o mundo permitirá que essa cabala de belicistas e aproveitadores dite o futuro da humanidade. (The Guardian Geopolítica ao vivo – Telegram 28/12)

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