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28 de maio de 2013

PORTUGAL: UM CASO DE SUCESSO…PARA A ALEMANHA

… UM PESADELO PARA OS PORTUGUESES (até Paul Crugman reconhece)
O ministro das finanças V. Gaspar, ficará na História como o mais incompetente de todos no período democrático, mas não só. Tão incompetente como ele – e creio que ao mesmo nível democrático – só Salazar. O “mago das finanças”, para os monopolistas e latifundiários, à custa de selvática repressão da policia política, que colocou o país na miséria, emigração em massa, tuberculose endémica, analfabetismo, destruindo o pouco que de bom a 1ª república tinha feito pelas classes populares, como a escola pública de 6 anos – passando-a para 3, generalizando o trabalho infantil, a fome, a habitação em barracas.
Testemunhei como ainda nos anos 60, estrangeiros visitavam o nosso país e com um sorriso nos lábios, diziam que valia a pena, pelo Sol, pela hospitalidade e como exemplo típico dos povos atrasados. Eis o que está agora em marcha, não com tropa a partir de Braga, mas com a cobertura estratégica a partir de Belém.
Como Salazar teve Carmona e A. Tomás como espantalhos políticos, Gaspar tem Coelho e Cavaco, que não se atrevem a contraria-lo.
Mas na Alemanha está satisfeito o ministro Schoebel – o verdadeiro chanceler, Merkel e o presidente, são os seus espantalhos políticos. Pode de facto estar feliz: “o efeito de financializar a economia é muito semelhante ao levantamento de um tributo a seguir a uma conquista militar” (Michel Hudson).
Além disto, os países do Norte estão a receber licenciados e doutorados a custo zero para as suas economias. O odiado “Estado (social) gordo” permitiu-lhes mesmo antes de nascerem, acesso a cuidados de saúde, assistência médica, educação, facilidades para jovens. Hoje Portugal, exporta a matéria-prima mais preciosa que tem: inteligência.
Olhe-se o curriculum de V. Gaspar – ou o de A. Santos Pereira: teses, doutoramentos, extensa lista de artigos publicados, porém nenhum deles passou um dia numa empresa da economia real. O falhanço da “ciência económica contemporânea” vê-se nestes dois eminentes corifeus do neoliberalismo, incapazes de acertar numa previsão, falhando todos os “desafios”.
Confessam que é muito difícil fazer previsões neste contexto. Falso. A realidade foi desde sempre desvendada com a devida antecedência para os que a analisaram a partir do materialismo dialético, não da metafísica neoliberal.
V. Gaspar, faz parte de uma longa lista de incompetências que ocuparam o ministério das finanças, destacando-se Braga de Macedo (o défice da BC não interessava, apenas os movimentos de capitais…) a Teixeira dos Santos (disse que decidia – mal – com as informações que tinha na altura, pelos vistos nada era capaz de prever corretamente), passando por Catroga (apoiou e colaborou em tudo que depois classificou, nos outros, como errado).
Valia a pena fazer uma resenha dos disparates, trocadilhos, contradições que esta gente a disse, para defender sempre os mesmos – os que também Salazar defendia.
Fica para V. Gaspar o registo – que Salazar poderia também ter dito em 1928 – “não fui eleito coisíssima nenhuma”, esquecendo que faz parte de um governo submetido a uma Constituição democrática (que odeiam) que pode (e deve!) ser demitido democraticamente quanto antes…para fim do pesadelo. E que se lixe o Schoebel!

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