A falta de respeito mesmo formal – por parte dos
burocratas das cúpulas da UE só tem paralelo em países sob ocupação
estrangeira, seja sob a forma de protetorado seja outra forma de dominação
imperialista.
Mesmo antes de decisões internas quanto à tomada de
posse do novo ministério a UE apressa-se em declarações de apoio que configuram
não apenas intromissão, mas chantagem.
Mas apoio a quê? Dizem querer crescimento, temos
depressão económica instalada. Dizem querer emprego, temos crescente
desemprego. Impõem a redução da dívida e do défice, mas (devido às políticas
impostas) aumentam.
É mais que evidente que as referências tecnocráticas a
valores inatingíveis (e sabem que o são) têm exclusivamente um objetivo: o
domínio absoluto da clique oligárquica alemã e seus aliados, sobre o resto da
Europa.
Tal como num passado trágico, à Alemanha só importam a
pobreza, a exclusão social, o desemprego, a opinião e os interesses dos outros
povos, na medida em que isso seja favorável ou prejudicial à Alemanha, ou seja,
ao que a oligarquia entende como tal.
Como a realeza do baralho de cartas de Alice no País
das Maravilhas (“europeístas”) a UE afunda-se: países bálticos, Leste europeu,
Irlanda, Grécia, Portugal, Itália, Espanha. Agora é a França, mas a Bélgica e a
Holanda tremem. A Finlândia tem-se mantido, embora em queda, devido às ligações
com a Rússia.
A Alemanha não escapa, só que mais uma vez o
imperialismo alemão arrasta a Europa para a desgraça.
A machadada final nos países mais vulneráveis vai ser
dada com o “free trade” entre a UE e os EUA, mas vantajosa para a Alemanha. O
que têm os portugueses a dizer sobre isto?
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