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9 de julho de 2013

A DEMOCRACIA SOB SEQUESTRO: A UE TAXAÇÃO SEM REPRESENTAÇÃO

Cada vez mais a UE é “taxação sem representação”, dominada por burocratas ao serviço de um sistema financeiro predador e corrupto. Chega-se ao ponto de não querer eleições. Isto é, que o povo se pronuncie sob o rumo de uma política que vai cobrar mais impostos e tirar direitos, porque a instabilidade (?) provocaria “nervosismo nos mercados” (Durão Barroso)!
A falta de respeito mesmo formal – por parte dos burocratas das cúpulas da UE só tem paralelo em países sob ocupação estrangeira, seja sob a forma de protetorado seja outra forma de dominação imperialista.
Mesmo antes de decisões internas quanto à tomada de posse do novo ministério a UE apressa-se em declarações de apoio que configuram não apenas intromissão, mas chantagem.
Mas apoio a quê? Dizem querer crescimento, temos depressão económica instalada. Dizem querer emprego, temos crescente desemprego. Impõem a redução da dívida e do défice, mas (devido às políticas impostas) aumentam.
É mais que evidente que as referências tecnocráticas a valores inatingíveis (e sabem que o são) têm exclusivamente um objetivo: o domínio absoluto da clique oligárquica alemã e seus aliados, sobre o resto da Europa.
Tal como num passado trágico, à Alemanha só importam a pobreza, a exclusão social, o desemprego, a opinião e os interesses dos outros povos, na medida em que isso seja favorável ou prejudicial à Alemanha, ou seja, ao que a oligarquia entende como tal.
Como a realeza do baralho de cartas de Alice no País das Maravilhas (“europeístas”) a UE afunda-se: países bálticos, Leste europeu, Irlanda, Grécia, Portugal, Itália, Espanha. Agora é a França, mas a Bélgica e a Holanda tremem. A Finlândia tem-se mantido, embora em queda, devido às ligações com a Rússia.
A Alemanha não escapa, só que mais uma vez o imperialismo alemão arrasta a Europa para a desgraça.
A machadada final nos países mais vulneráveis vai ser dada com o “free trade” entre a UE e os EUA, mas vantajosa para a Alemanha. O que têm os portugueses a dizer sobre isto?

 

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