As manchetes dos jornais de hoje todos
iguais salientando que a ADSE será mantida para os funcionários que rescindam
contrato, mostra a que ponto se chegou. A ditadura fascista não fazia melhor! Nas notícias sobre política internacional
então atingiram-se foros de escândalo.
Desde
há alguns tempos a Síria praticamente desapareceu dos noticiários. Durante mais
de um ano quase que diariamente eram referidos massacres, sempre atribuídos ao
governo. Quando as coisas começaram a ficar por demais evidentes que não era
assim, essas notícias eram dadas sem indicação de responsáveis, porém atendendo
à propaganda anterior o comum das pessoas continuava a atribuir ao governo
essas ocorrências. É o conhecido “reflexo de Pavlov”…
Fontes independentes, mesmo de religiosas católicas, no interior
eram ignoradas e a propaganda de organismos financiados pelas potências
ocidentais, assumida sem contraditório como verdade oficial e absoluta.
Recentemente
o Daily Mail revelava: “numa
base secreta na Jordânia forças especiais dos EUA treinam rebeldes Sírios.
Armas do ocidente são enviadas para a Síria via Jordânia e 8 000 militares
estão envolvidos na operação “Eager Lion” em preparação. (1)
A 24 de julho o The Daily
Telegraph revelava
que centenas de homens que tinham tomado armas contra o presidente estavam a
passar para o lado do governo, aceitando a amnistia oferecida pelo regime. O
governo criou entretanto o “ministério da reconciliação” para dar oportunidade
a antigos opositores de deporem as armas e defender a Síria através do diálogo.
(2)
Não podemos esquecer que houve antes
da luta armada manifestações de pacíficas (ou tidas como tal) reprimidas com
brutalidade. Porém, será que a polícia nos países ocidentais não reprime com
violência manifestações, seja nos EUA, no Reino Unido (incluindo a Irlanda do
Norte), na Espanha, na Grécia ou na Itália? Isto sem falar de “democráticos” “países
amigos” como a Colômbia, Chile, Peru, Tunísia, Marrocos, etc., ou do terrorismo
de estado de Israel?
Como refere Chris Hedges (3) em “A morte da verdade”, o
jornalismo tradicional não entende que quando o poder tiver acabado com Bradley
Manning, Julian Assange e o Wikileakes (e Edward Snowden acrescentamos) será a sua vez.
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