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4 de julho de 2013

NÃO HÁ DINHEIRO?! PARA QUEM?!

EM 2012 69% DO DÉFICE DO ESTADO FORAM JUROS...
Salvo raras exceções os srs. comentadores de serviço à teologia neoliberal, isto é, à predação financeira e consequente servidão pelas dívidas, quer criticando o governo “por não fazer o que era preciso”, quer elogiando e defendo a sua credibilidade externa - parece que a interna pouco interessa - preocuparam-se sobretudo com os “mercados”.
A chantagem e o terrorismo ideológico e social foram notas dominantes. Coitadinhos de nós que sem os “mercados” íamos ficar sem salários, pensões, etc.
Quer dizer enquanto salários e pensões, prestações sociais são literalmente roubados, parece que a alternativa é…continuarem a ser roubados.
Mas, não há dinheiro para quem? Para a especulação e a agiotagem sobre a dívida pública há, com o beneplácito da “Europa connosco” (!)  
Em 2012, 69% do défice do Estado deveu-se a juros.
Acrescente-se aos juros os gastos com BPN, BANIF, SWAP (tão escondidinhos que estavam…), o regabofe das PPP, os benefícios fiscais à banca e ao grande capital monopolista, a não tributação especial de lucros acima de determinados e rendas excessivos e o país tem dinheiro não só para repor o foi tirado às classes trabalhadoras como para dinamizar a economia e o Estado intervir com políticas ativas de desenvolvimento económico e social.
Isto não falando dos ordenados milinários dos gestores dos monopólios e a transferência de rendimentos para paraísos fiscais.
Em 2013 o valor previsto, não era inferior ao de 2012, porém alguém pode dizer qual vai ser o défice este ano? O governo a falar destas coisas é como diziam os pescadores: “se queres mentir fala do tempo que há-de vir”.
Como alternativa real vejam-se as propostas apresentadas pelo PCP na AR ou o doc. "Propostas da CGTPIN Contra a Exploração e o Empobrecimento, Uma vida melhor"(abril de 2013) completamente ignorados pelos comentadores de serviço - ao menos podiam contestar – muito preocupados com o que os mercados pensam de nós.