Salvo raras exceções os srs. comentadores de
serviço à teologia neoliberal, isto é, à predação financeira e consequente
servidão pelas dívidas, quer criticando o governo “por não fazer o que era preciso”,
quer elogiando e defendo a sua credibilidade externa - parece que a interna pouco interessa - preocuparam-se
sobretudo com os “mercados”.
A chantagem e o terrorismo ideológico e social
foram notas dominantes. Coitadinhos de nós que sem os “mercados” íamos ficar
sem salários, pensões, etc.
Quer dizer enquanto salários e pensões,
prestações sociais são literalmente roubados, parece que a alternativa é…continuarem
a ser roubados.
Mas, não há dinheiro para quem? Para a
especulação e a agiotagem sobre a dívida pública há, com o beneplácito da “Europa
connosco” (!)
Em 2012, 69% do défice do Estado deveu-se a
juros.
Acrescente-se aos juros os gastos
com BPN, BANIF, SWAP (tão escondidinhos que estavam…), o regabofe das PPP, os
benefícios fiscais à banca e ao grande capital monopolista, a não tributação especial
de lucros acima de determinados e rendas excessivos e o país tem dinheiro não
só para repor o foi tirado às classes trabalhadoras como para dinamizar a
economia e o Estado intervir com políticas ativas de desenvolvimento económico
e social.
Isto não falando dos ordenados milinários dos gestores dos monopólios e a transferência de rendimentos para paraísos fiscais.
Em 2013 o valor previsto, não era inferior ao de 2012, porém alguém pode dizer qual vai ser o défice este ano? O governo a falar destas coisas é como diziam os pescadores: “se queres mentir fala do tempo que há-de vir”.
Como alternativa real vejam-se as propostas apresentadas pelo PCP na AR ou o doc. "Propostas da CGTP‐IN Contra a Exploração e o Empobrecimento, Uma vida
melhor"(abril de 2013) completamente ignorados pelos comentadores de serviço - ao
menos podiam contestar – muito preocupados com o que os mercados pensam de nós.
1 comentário:
69?
Obsceno!
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