Linha de separação


27 de fevereiro de 2017

Ouro e divida pública

A gestão das nossas reservas de ouro sempre nos mereceram as maiores dúvidas . V. Constâncio foi- as vendendo com o argumento de que não eram rentáveis . Pensava que o capitalismo tinha superado as crises... 
Veio a crise o ouro trepou como nunca e nada se vendeu mesmo  dentro dos limites convencionados ,  para mais à frente, na baixa , se comprar e repor  !
No passado houve depósitos no exterior que se esfumaram. tudo muito pouco debatido...
A opacidade sempre foi a regra.
Em relação à dívida publica há muito que  também nos interrogamos sobre o acerto de algumas opções que nos parecem mais ditadas pela banca e pelos mercados do que por um  juízo próprio
Ricardo Cabral levanta hoje no blogue do Público questões que julgo merecem ser encaradas e respondidas  Nota : PSPP- actuais regras de compra de dívida pública do BCE
Questões levantadas por Ricardo Cabral :
" Porque é que o IGCP emitiu OTVR o ano passado, pela primeira vez? Não deveria, ao invés, ter emitido obrigações do tesouro (OT), um terço da qual seria adquirida “pelo PSPP”, ao contrário das OTVR? Porque não pediu no ano passado, autorização para pagar antecipadamente mais dívida ao FMI? Porque é que o IGCP não recompra as Medium Term Notes emitidas em dólares (4,1 mil milhões de euros), a taxas de juro elevadas, em troca da emissão de OT em euros, um terço das quais seriam adquiridas pelo PSPP, como fez a pequena Eslovénia no início de 2016?
Há todavia boas notícias: O BCE está aparentemente a ponderar uma alteração das regras de compras de dívida pública do PSPP, e Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, deu hoje uma entrevista em que afirma que o PSPP não pode terminar abruptamente. Isto dá a entender que é previsível que o PSPP continue, em volume reduzido, para além de Dezembro de 2017.
Governo e IGCP têm assim mais uma oportunidade “to get their act together” em relação à gestão da dívida pública portuguesa. "

Sem comentários: