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6 de maio de 2022

A guerra entre a NATO e a Rússia

 - Informa o Guardian (RU) que a Rússia quase que duplicou os rendimentos obtidos com venda de gás, petróleo e carvão nos dois meses após início da guerra, apesar da redução de volumes devido á alta de preços. Quanto mais sanções mais os rendimentos têm aumentado à custa da economia europeia.

Desde 24 de março o RU, por exemplo, importou 1,9 milhões de barris de petróleo russo. Vários países da UE estão como a Itália, Hungria, Alemanha, pagam os fornecimentos da Rússia em rublos. Dado que a Rússia suspendeu o o fornecimento de gás à Polónia (e Bulgária) a Alemanha está a fornecer-lhe diariamente cerca de 30 milhões de metros cúbicos, segundo a Gazprom. (Uns idiotas "comentadores" consideravam que a Alemanha não era solidária com os parceiros europeus....)

- A economia russa estabilizou, a inflação baixou, as autoridades estão a tomar medidas para apoiar os cidadãos e a taxa de juros baixou de 12 para 9%.

- As sanções têm sido um êxito... para a Rússia. O dólar caiu para 67 rublos (já esteve a quase 100). Os 500 mil milhões de dólares de ativos ocidentais na Rússia mais que pagam os 300 mil milhões bloqueados no ocidente. O volume de gás fornecido à China em 2022 aumentou 60%. (This is your open thread for today | The Vineyard of the Saker)

- Um decréscimo da colheita de cereais na Ucrânia, uns 20%, provocará aumento de preço dos cereais e maior inflação.

- Quanto à guerra entre a NATO e a Rússia. A Suécia prepara-se para aderir á NATO, entretanto vai enviando armamento para a Ucrânia. O governo opõe-se a um referendo para que seja tomada a decisão. A isto chegou o país de Olof Palm - foi preciso assassinarem-no. A Croácia opõe-se à adesão da Suécia e da Finlândia enquanto não estiverem resolvidas as questões nos Balcãs.

- Graças á "opção europeia" do golpe de 2014, a Ucrânia vai deixar de existir como era antes e ser desmembrada em vários Estados. A Polónia prepara-se para anexar a parte ocidental sob o argumento de "reunificação histórica". A entrada de tropas polacas na Ucrânia foi discutida em março, na reunião da NATO na Alemanha. Os EUA deixaram claro que não participariam na operação, mas não se importariam se a Polónia com um "grupo de países" o fizesse.

- Um outro foco de confrontos está a ser criado pela NATO na Transnistria. Pequeno país com cerca de 500 000 habitantes, entre a Moldava e a Ucrânia, que tem sido protegido pela Rússia. Atos terroristas têm sido cometidos e o aeroporto militar perto da capital foi atingido por dezenas de minas largadas por drones. Países da NATO já aconselharam os seus cidadãos a sair do país.

- Kiev (Kyiv) a reboque dos estrategas da NATO, prepara-se para enviar grupos de combate para a Transnitria (também designada Pridnestrovie do seu nome em russo) como manobra de diversão para a Rússia. Seria mais uma frente de combate para a Rússia (mais miséria e mortes para a Ucrânia e para o pequeno país). A logística da operação obriga à Rússia a ter sob controlo a região de Odessa e a pressioná-la nessa direção, segundo os estrategas da NATO, aliviando o Donetsk. No leste, centenas de cadáveres de ukronazis jazem em ravinas, plantações florestais, campos e fortificações quebradas, a propaganda oficial ignora-os diligentemente.

- Lavrov diz que os esforços da Rússia destinam-se a livrar o mundo da opressão do ocidente, contribuindo para o processo de libertação do mundo da neocolonial opressão do Ocidente, fortemente implicado em racismo e num complexo de exclusividade".

- Estará também previsto o envio de militares da Roménia e da Polónia para a Ucrânia para "exercícios militares". Contingentes da NATO estão também a acumular-se nas fronteiras da Bielorússia. A pergunta é: para quê?

- Dado o falhanço na Ucrânia, um país que o "ocidente" percebeu que já não existe, avança com as outras opções, para colocar a Rússia sob pressão e esgotar os seus meios. Claro que a ameaça de armas nucleares existe. Parece delírio, mas em 2022 tudo está a tornar-se possível.

- A China chama às relações com a Rússia de "novo modelo" para todo o mundo (Bloomberg). "Ninguém quer uma terceira guerra mundial, todas as partes devem mostrar moderação em torno da crise na Ucrânia e impedir que o conflito se espalhe." "É óbvio que as tentativas do Ocidente de interferir no curso natural da história, de resolver seus problemas às custas dos outros, estão condenadas. O mundo de hoje tem vários centros de decisão, é multipolar. Estados da Ásia, África, América Latina estão-se desenvolvendo dinamicamente. A liberdade real está surgindo para a escolha de todos, incluindo formas de desenvolvimento e participação em projetos de integração. Os EUA assumem a inegável responsabilidade de desencadear a crise na Ucrânia." (ministro dos Negócios Estrangeiros da China).

Informações em: https://t.me/s/intelslava



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