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15 de maio de 2022

Contra a corrente , um texto claro

DO Major General Raul Cunha

Face a várias interpelações de alguns dos meus amigos, que põem em causa a minha postura e aos eventuais equívocos que são assim levantados, esclareço de uma vez por todas que as minhas denúncias em relação à vergonhosa e despudorada campanha, em curso pelos nossos media, para controlo das opiniões e também ao facto de eu considerar que desde 2014 existe e está implantado e desenvolvido um regime nazi na Ucrânia, não significam um apoio à invasão militar russa (embora a compreenda) e sobretudo ao regime oligárquico, reaccionário e neoczarista de Moscovo. De facto, quando assim procedo, pretendo apenas sublinhar algo que a mim sempre me fez muito asco e que é o constatar que a dita "nossa democracia" tem afinal dois pesos e duas medidas e na realidade os dirigentes do chamado "ocidente" são uns miseráveis hipócritas.
Chamo a atenção dos meus amigos e seguidores aqui no FB, que escusam de vir com loas ao "zezinho" e ao seu regime e continuarem a querer carpir por aqui as suas mágoas, nesta minha página do FB - aqueles que o quiserem fazer tenham um pouquinho de memória e lembrem-se que este regime do "palhaço" resultou de um golpe de estado, orquestrado com a participação do actual presidente dos Estados Unidos e que culminou com "snipers" nazis na Praça Maidan em Kiev a matar polícias e manifestantes, continuando depois com a exibição nas fachadas de edifícios públicos de frases de propaganda tipicamente nazis e fotos dos agora celebrados heróis nacionais, como o assassino fascista Stepan Bandera; este criminoso regime, que só chegou ao poder após ter sido derrubado um governo democraticamente eleito, agora persegue, prende, tortura e assassina os opositores políticos pela acção de uma polícia política terrorista, para a qual é suficiente apelidar de "inimigos do estado" todos aqueles suspeitos de simpatia e/ou colaboracionismo com os russos. 

O regime do "zezinho" proibiu todos os partidos da oposição, lançou-se numa guerra e numa limpeza étnica contra uma grande parte do seu próprio país e população. Começou a instaurar uma mentalidade racista e xenófoba, incentivando ao ódio contra os "russos", estando ainda a promover o doutrinamento nazi e a militarização das gerações mais jovens. Para esta triste mas perigosa gente, os inimigos são descritos como os "orcs" ou os "pretos da neve" e não são apenas Putin e os dirigentes de Moscovo mas sim todas e quaisquer pessoas que tenham nacionalidade ou origem étnica russa, ou ainda que por serem falantes de russo, não se expressem bem em ucraniano. Não é de admirar, portanto, a boa recepção que o exército russo vai tendo nas regiões onde estas pessoas são maioritárias. 

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