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10 de agosto de 2023

Terá Zelensky caído em desgraça na NATO?

 Para Dimitri Orlov, foi o que aconteceu. Zelensky, a mascote farejadora de cocaína, intensamente adulado, de repente caiu em desgraça. Em setembro de 2018, o parlamento ucraniano aprovou emendas à Constituição tornando a adesão à NATO e à UE um objetivo central da política externa. Objetivo adiado sine die na Cimeira de Vilnius. Atualmente a Ucrânia representa um perigo em vez de um trunfo para os objetivos da NATO.

A NATO foi criada 1949, com o objetivo de frustrar a expansão da União Soviética na Europa. Em 1955, a URSS respondeu criando o Pacto de Varsóvia, entre a União Soviética e vários países do Leste Europeu com o propósito expresso de defendê-los da NATO. Em julho de 1991, o Pacto de Varsóvia foi dissolvido e em 26 de Dezembro a URSS fez o mesmo, mas a NATO permanece. A ameaça comunista justificando a NATO, foi apenas uma artimanha, uma cortina de fumo... Qual era, então, o verdadeiro objetivo da NATO? A guerra na Ucrânia responde a esta questão.

Então por que Zelensky caiu em desgraça? Foi porque a guerra se arrastou neste país? Não, isto foi pretendido pelo Pentágono. Foi por a Ucrânia estar a perder a guerra? Não, a Ucrânia não está perdendo, só não está ganhando, embora os seus ataques se saldem por enormes perdas. A Ucrânia está à beira da derrota? Não, os russos avançam alguns quilómetros aqui e ali, procurando estabelecer uma zona tampão para o que agora são zonas russas não serem bombardeadas. Será porque a NATO já não tinha armas e munições para dar aos ucranianos? Não, ainda tem grande número de armas mais ou menos obsoletas para serem entregues.

Então, o que fizeram os ucranianos para despertar a ira do Pentágono e Zelensky cair em desgraça? Os ucranianos demonstraram que as armas da NATO são uma porcaria. Em primeiro lugar, descobriu-se que misseis antiaéreos, armas antitanque, etc., são mais ou menos inúteis na guerra moderna. Descobriu-se que o obuseiro M777 e o complexo de foguetes HIMARS são bastante frágeis.

As baterias de mísseis Patriot, foram rapidamente destruídas pelos russos. Drones Geranium 2 baratos, colocavam o radar de uma bateria ativo, desmascarando a sua posição e disparando mísseis – um milhão de dólares cada! - era depois destruída por um único foguetão russo. Os Patriot provaram ser inúteis na primeira Guerra do Golfo, contra mísseis iraquianos Scud; mais tarde provaram ser inúteis para proteger as instalações petrolíferas sauditas dos antigos mísseis iemenitas Scud...

Os Leopard 2 da Alemanha, os Bradley dos Estados Unidos ou os estúpidos tanques de rodas franceses, produziram resultados absolutamente miseráveis nos esforços ucranianos para se aproximarem da primeira linha de defesa russa, quanto mais penetrá-la. Putin disse que os tanques ocidentais ardem mais facilmente do que os antigos tanques soviéticos...

O último movimento desesperado seria dar à Força Aérea Ucraniana (que já não existe) alguns caças F-16 antigos. Estes podem ter até 50 anos e têm a particularidade de ter uma entrada de ar muito próxima do solo, o que os torna aspiradores da pista de descolagem, não podendo descolar das pistas esburacadas da Ucrânia, porque os destroços seriam sugados para dentro do motor e o destruiriam. Se os ucranianos tentarem pavimentar novas pistas para eles, os russos notarão imediatamente graças ao satélite geossíncrono apontado para o território ucraniano. Os Geranium 2 podem então espalhar chips de metal que os motores F-16 poderiam sugar... e queimar em voo. E como se trata de aeronaves monomotores, o piloto teria que se catapultar e o avião cairia. Mas estes aviões podem transportar bombas nucleares e a Rússia já anunciou que considerará isso uma escalada nuclear.

O fracasso do armamento ocidental, objeto de propaganda incessante, é mais importante do que qualquer outra coisa, incluindo o estado cada vez mais desastroso das finanças ocidentais, o fracasso ridículo das sanções anti-russas, o número chocante de vítimas ucranianas ou o cansaço geral do ocidente, suportando todos os problemas ucranianos além da enxurrada de refugiados ucranianos com os quais o ocidente não pode mais lidar.

A razão é que a NATO não é uma organização defensiva (a URSS desapareceu há mais de 30 anos), nem uma organização ofensiva (é certo que bombardeou a Sérvia e outros países relativamente indefesos, mas não pode de forma alguma confrontar a Rússia ou qualquer outro país bem armado). A NATO é simplesmente um clube de compradores cativos de armas fabricadas nos EUA.

A alternativa à guerra que fracassou, é a dita "negociação", mas que envolveria a adesão às exigências russas feitas em novembro de 2021 (incluindo a retirada das armas da NATO ao nível em que estavam em 1997), bem como a desnazificação, desmilitarização e neutralidade do que resta da Ucrânia, o reconhecimento das novas fronteiras da Rússia (Crimeia, Kherson, Zaporozhye, Donetsk e Luhansk) e o julgamento de todos os criminosos de guerra ucranianos, incluindo aqueles que torturam prisioneiros de guerra e bombardearam civis desde 2014. E o levantamento de todas as sanções.

No Comunicado de Vilnius, diz-se: "As circunstâncias em que a NATO pode ser obrigada a usar armas nucleares são extremamente raras." Aparentemente, os líderes da NATO foram informados sobre as capacidades das novas armas estratégicas da Rússia, tanto ofensivas quanto defensivas e não querem considerar qualquer confronto militar direto com a Rússia.

Texto completo: O Incrível Encolhimento da NATO | O Saker francófono (lesakerfrancophone.fr)



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