Há um ditado português que diz " mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo". Ora é exactamente isso que se passa com o actual governo e a sua conversa em torno da competitividade das nossas empresas.
Se há alguns dias atrás o actual Governo deu a conhecer o relatório que mandou efectuar sobre a desvalorização fiscal, em que diz basicamente defender a redução da Taxa Social Única (TSU) como forma de melhorar a competitividade das nossas empresas exportadoras, na passada sexta-feira dia 12 de Agosto, o Sr. Ministro das Finanças veio anunciar a subida do IVA sobre a electricidade e o gás natural, da taxa reduzida de 6% para a taxa normal de 23%, a partir de Outubro próximo.
Desta forma de uma só penada a electricidade e o gás, que constituem para muitas empresas um dos seus principais custos intermédios, tendo um peso nos custos em muitos casos superior aos custos salariais, vêem o IVA subir 17% e passam a ser as mais caras no espaço comunitário. Esta poderá constituir para muitas micro, pequenas e médias empresas a machadada final, já que incapazes de competirem nas novas condições com as suas concorrentes exteriores, ver-se-ão obrigadas a ir à falência.
No prazo de uma semana o Governo, tal como o mentiroso no ditado popular, rapidamente é apanhado no meio das suas mentiras e mostra que na verdade se está nas tintas para a competitividade das nossas empresas.
Na verdade com a descida da TSU o que pretende é desvalorizar o trabalho em benefício do capital e com a subida do IVA sobre a electricidade e o gás, mostra que está disposto a tudo fazer para responder às exigências da Troika, nem que para isso destrua grande parte do nosso tecido produtivo, reduzindo fortemente a sua competitividade.
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