Parafraseando o título de uma obra, aí vemos economistas, jornalistas, srs. professores, enfim, comentadores, no seu labirinto de contradições.
Os que defendiam – há bem poucos meses! – os absurdos tratados da UE perdem-se hoje ao descobrir afinal que “esta” UE assim como está não serve. Mas foi a que o os srs. quiseram e defenderam afincadamente! Foi o que justificaram paulatina e exaustivamente – há sempre tempo de antena para dizer o que os senhores do grande capital querem ouvir - que nem sequer era necessário que o povo se pronunciasse sobre o assunto, as matérias seriam demasiado complexas. Pelos vistos a “ignorância” estava do vosso lado.
Os que defenderam estusiástica e assertivamente todas as “inevitabilidades”, todos os “riscos sistémicos”, pondo liminarmente de parte tudo o que se afastasse do paradigma neoliberal dão hoje voltas e mais voltas para chegar à conclusão que o caminho tem de ser outro, embora não saiam do mesmo sítio. Será que esqueceram o que diziam acerca dos que mostravam à evidência o que ia acontecer e propunham alternativas? Será que esqueceram que candidamente as ignoravam, dizendo que ninguém as tinha apresentado…
Senhores professores e srs. assessores, que tinham todas as certezas sobre como o mundo (económico) girava á volta do capital financeiro, qual Sol irradiando prosperidade, que afinal vai-se a ver era dívida, hoje debatem-se com a magna questão de saber o que é “serviço público”.
Meus senhores, estamos no século XXI! Há dois séculos que pelo menos se sabe o que deve ser. Não estudaram nada da História da vossa disciplina? Bem, aqui a questão é outra, não se trata de saber o que são serviços públicos, mas como vão deixar de ser, de forma que as pessoas o aceitem, como quem não dá por isso.
Que diabo, convenha-se, não é sério querer imitar o Luís de Matos com estas coisas…
O problema é que com os seus preconceitos económicos e ideológicos, são incapazes de encontrara a saída. O que eles todos juntos procuram é convencer as pessoas que existe saída dentro do actual sistema. A saída será encontrada, sim, mas apenas quando o povo derrubar as paredes do labirinto para onde foi empurrado, encontrando a sua própria saída!
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