Os
mitos
Vários
comentadores da área governamental têm insistido que embora no
plano interno o governo esteja muito desgastado, no plano externo
graças ao Gaspar, a “percepção” que há é que o governo
recupera a credibilidade, como se pode ver, dizem eles, nas taxa a 10 anos (Yeld)
que está agora abaixo dos 7% (6,38%) e no custo de seguro da dívida
nacional os famosos CDS (crédit default swap's).
Mas
a ser assim, também o Ministro das finanças da Irlanda, da
Espanha, da Itália e até da Grécia, melhoraram a “percepção”
do risco destes países pois as taxas de juro (yeld's) também
caíram!!!
A
verdade é que a queda das taxas de juro a curto e a longo prazo têm caído para todos estes países pela
intervenção do BCE, comprando títulos de dívida nos mercados secundários !.
Já
antes designadamente com os empréstimos a três anos à banca e sobretudo a partir de 26 de Julho, em que Mário Draghi,
(BCE) prometeu “fazer tudo dentro do seu mandato, para preservar o
euro” que as taxas de juro têm descido. Os especuladores ficaram com o terreno muito mais limitado
O
factor decisivo e determinante para esta situação não é o de que das
dúvidas face a Portugal, Irlanda, ou Espanha, tenham diminuído, mas sim a intervenção do
BCE.
E,
se o BCE comprasse directamente dívida pública aos Estados,
acabava-se a especulação neste domínio.
Aliás,
Portugal este ano só conseguirá ir aos mercados para se financiar a
taxas de juro aceitáveis se houver o apoio e a intervenção do BCE. Esta é que é
a questão.
Portugal
ganhou credibilidade externa dizem os propagandistas do governo!
Que
credibilidade?
Não
atingiu o défice orçamental, teve uma quebra de produto maior do
que a que estipulou com a troika e o o mesmo se passou com o
desemprego!
Conseguiu
equilibrar o comércio externo! Mas apenas com o aperto do cinto,
pois no ponto de vista de actividade produtiva e de substituição de
importações não se avançou. A situação em relação à actividade produtiva e industrial está pior
Logo
que o cinto seja desapertado, mesmo que levemente o défice voltará
num quadro económico, social e financeiro muito pior.
Estamos claramente na espiral das medidas de austeridade e de degradação económica financeira e económica. A dado momento até poderemos vir a ter algum crescimento mas a partir de um nível muito mais baixo (2001) e muito incipiente . A estagnação e a recessão estão para ficar
A questão do montante de juros pagos pela dívida externa é um garrote insustentável! E a política de austeridade , leia-se de desendividamento da banca e do pagamento das negociatas - PPP,s , Submarinos , BPN , BPP, BANIF,... um desastre .!
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