Linha de separação


9 de janeiro de 2013

Que credibilidade?


Os mitos

Vários comentadores da área governamental têm insistido que embora no plano interno o governo esteja muito desgastado, no plano externo graças ao Gaspar, a “percepção” que há é que o governo recupera a credibilidade, como se pode ver, dizem eles, nas taxa a 10 anos (Yeld) que está agora abaixo dos 7% (6,38%) e no custo de seguro da dívida nacional os famosos CDS (crédit default swap's).
Mas a ser assim, também o Ministro das finanças da Irlanda, da Espanha, da Itália e até da Grécia, melhoraram a “percepção” do risco destes países pois as taxas de juro (yeld's) também caíram!!!
A verdade é que a queda das taxas de juro  a curto e a longo prazo têm caído para todos estes países pela intervenção do BCE, comprando  títulos de dívida nos mercados secundários !.
Já antes designadamente com os empréstimos a três anos à banca e sobretudo a partir de 26 de Julho, em que Mário Draghi, (BCE) prometeu “fazer tudo dentro do seu mandato, para preservar o euro” que as taxas de juro têm descido. Os especuladores ficaram com o terreno muito mais limitado
O factor decisivo e determinante para esta situação não é  o de que das dúvidas face a Portugal, Irlanda, ou Espanha, tenham diminuído, mas sim a intervenção do BCE.
E, se o BCE comprasse directamente dívida pública aos Estados, acabava-se a especulação neste domínio.
Aliás, Portugal este ano só conseguirá ir aos mercados para se financiar a taxas de juro aceitáveis se houver o apoio e a intervenção do BCE. Esta é que é a questão.
Portugal ganhou credibilidade externa dizem os propagandistas do governo!
Que credibilidade?
Não atingiu o défice orçamental, teve uma quebra de produto maior do que a que estipulou com a troika e o o mesmo se passou com o desemprego!
Conseguiu equilibrar o comércio externo! Mas apenas com o aperto do cinto, pois no ponto de vista de actividade produtiva e de substituição de importações não se avançou. A situação em relação à actividade produtiva e industrial está pior
Logo que o cinto seja desapertado, mesmo que levemente o défice voltará num quadro económico, social e financeiro muito pior.
Estamos claramente na espiral das medidas de austeridade e de degradação económica financeira e económica. A dado momento até poderemos vir a ter algum crescimento mas  a partir de um nível muito mais baixo (2001) e muito incipiente . A estagnação e a recessão estão para ficar
A questão do montante de juros pagos pela dívida externa é um garrote insustentável! E a política de austeridade , leia-se de desendividamento da banca e do pagamento das negociatas - PPP,s , Submarinos , BPN , BPP, BANIF,... um desastre .!

Sem comentários: