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24 de janeiro de 2013

SIRIA – IRAQUE – LÍBIA

É BOM LEMBRAR
É curioso como “bons espíritos” que se arrogam o direito de dar lições de direitos humanos, se limitem a caixa-de-ressonância do imperialismo – mesmo que alguns finjam distanciar-se…
Os falcões no Senado dos EUA, reclamando atacar a Síria - em nome dos "direitos humanos". Porém a Síria está a ser apoiada pela Rússia que forneceu sistemas de misseis considerados muito eficazes, como os hipersónicos Iskander de superfície a superfície e Pechora 2M terra ar, que levaram o Pentágono a por em causa a eficácia de “uma zona de exclusão aérea”, (que á semelhança da Líbia significaria bombardeamentos indiscriminados sobre as populações civis – para as proteger, claro!, a Inquisição com o lema “caridade e justiça” não fazia melhor). Entretanto uma dúzia de navios de guerra russos rumaram para o Mediterrâneo e golfo de Aden, para exercícios em larga escala.
EUA forneceram à Turquia misseis Patriot, que têm mais que ver com o Irão do que com a Síria. A oposição no interior da Síria que segundo o New York Times terá pedido aos EUA para não atacarem o país, é criticada por ser “rudimentar” e não ter uma componente armada.
As forças apoiadas pela NATO, são organizações antes classificadas de “terroristas”, ligadas à al-Qaeda, com apoio do Yemen, Arábia Saudita, Jordânia, Qatar, que lutam para fazer da Síria um califado islâmico à medida dos seus interesses.
Apesar disto as tropas sírias mantêm a a totalidade ou em grande parte todas as principais cidades e vilas da Síria. De acordo com a ONU 60 000 pessoas já terão morrido. A solução militar provou não ser viável, mas uma solução negociada não vai ocorrer tão cedo.
(texto completo em www.informationclearinghouse – 18.janeiro.2013 – segundo- http://www.china.org.cn/opinion/zhaojinglun.htm)
Em www.informationclearinghouse também é referida a situação no Iraque como “Um genocídio com 20 anos”, o primeiro genocídio do século XXI, refere Felicity Arbuthnot  (18 – 01-13- Iraq: A Twenty Two Year Genocide. - Felicity Arbuthnot is a journalist with special knowledge of Iraq)  “Pobre Iraque e iraquianos. O silêncio do mundo leva-me a perder a fé na Humanidade” – (diríamos que no imperialismo, nunca se pode ter confiança alguma, quanto mais fé!).
Há 22 anos, escreve Felicity Arbuthnot, o secretário de Estado. James Baker’s, fazia a promessa de reduzir o Iraque á época pré-industrial. Sobre o Iraque a aviação dos EUA fez 109 000 saídas lançando 88 000 toneladas de bombas, o equivalente a sete Hiroshimas (segundo Ramsey Clark).
O Dr Gideon Polya, autor de Body Count – Global Avoidable Mortality since 1950, documenta a morte evitável de 1 300 milhões de pessoas de responsabilidade do “primeiro mundo”. No que diz respeito ao genocídio no Iraque contam-se entre 1990 e 2011, 1,7 milhões de mortes violentas, 2,9 milhões de mortes não violentas - deste total, 2 milhões são crianças com menos de 5 anos – além de 5 a 6 milhões de refugiados. Dr Polya, apresentou uma queixa formal no Tribunal Criminal Internacional sobre “O genocídio iraquiano”, que continua, sob o comando do Nobel da Paz, B. Obama.
Quanto á Líbia, no mesmo site um artigo de 18.janeiro, diz que apesar da produção de petróleo ter retomado os níveis de antes da guerra, segundo a agência Bloomberg dada a instabilidade no país qualquer progresso real é impossível. Um estado petrolífero falhado (failed petro-state) permanece um possível resultado da revolução que começou há dois anos”. Apesar de ser impossível para a Blomberg entender o que seja uma Revolução, as suas preocupações são esclarecedoras.

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