É curioso como “bons espíritos” que se arrogam o direito de dar lições de direitos humanos, se limitem a caixa-de-ressonância do imperialismo – mesmo que alguns finjam distanciar-se…
Os falcões no Senado dos EUA,
reclamando atacar a Síria - em nome dos "direitos humanos". Porém a Síria está a ser apoiada pela
Rússia que forneceu sistemas de misseis considerados muito eficazes, como os
hipersónicos Iskander de superfície a superfície e Pechora 2M terra ar, que
levaram o Pentágono a por em causa a eficácia de “uma zona de exclusão aérea”, (que
á semelhança da Líbia significaria bombardeamentos indiscriminados sobre as
populações civis – para as proteger, claro!, a Inquisição com o lema “caridade
e justiça” não fazia melhor). Entretanto uma dúzia de navios de guerra russos
rumaram para o Mediterrâneo e golfo de Aden, para exercícios em larga escala.
EUA forneceram à Turquia misseis Patriot, que têm mais que ver com o Irão
do que com a Síria. A oposição no interior da Síria que segundo o New York Times terá pedido
aos EUA para não atacarem o país, é criticada por ser “rudimentar” e não ter uma
componente armada.
As forças apoiadas pela NATO, são organizações antes classificadas de
“terroristas”, ligadas à
al-Qaeda, com apoio do Yemen, Arábia
Saudita, Jordânia, Qatar, que lutam para fazer da Síria um califado islâmico à medida dos seus interesses.
Apesar disto as tropas sírias mantêm a a totalidade ou em grande
parte todas as principais cidades e vilas da Síria. De acordo com a ONU 60 000
pessoas já terão morrido. A solução militar provou não ser viável, mas uma
solução negociada não vai ocorrer tão cedo.
(texto completo em www.informationclearinghouse – 18.janeiro.2013 – segundo- http://www.china.org.cn/opinion/zhaojinglun.htm)
Em www.informationclearinghouse
também é referida a situação no Iraque como “Um genocídio com 20 anos”, o
primeiro genocídio do século XXI, refere Felicity Arbuthnot (18
– 01-13- Iraq: A Twenty Two Year Genocide. - Felicity
Arbuthnot is a journalist with special knowledge of Iraq) “Pobre Iraque
e iraquianos. O silêncio do mundo leva-me a perder a fé na Humanidade” – (diríamos
que no imperialismo, nunca se pode ter confiança alguma, quanto mais fé!).
Há 22 anos, escreve Felicity Arbuthnot, o secretário
de Estado. James Baker’s, fazia a promessa de reduzir o Iraque á
época pré-industrial. Sobre o Iraque a aviação dos EUA fez 109 000 saídas
lançando 88 000 toneladas de bombas, o equivalente a sete Hiroshimas (segundo
Ramsey Clark).
O Dr Gideon Polya, autor de Body Count – Global Avoidable Mortality since 1950, documenta
a morte evitável de 1 300 milhões de pessoas de responsabilidade do “primeiro
mundo”. No que diz respeito ao genocídio no Iraque contam-se entre 1990 e 2011,
1,7 milhões de mortes violentas, 2,9 milhões de mortes não violentas - deste
total, 2 milhões são crianças com menos de 5 anos – além de 5 a 6 milhões de
refugiados. Dr Polya, apresentou uma queixa formal no Tribunal Criminal
Internacional sobre “O genocídio iraquiano”, que continua, sob o comando do
Nobel da Paz, B. Obama.
Quanto á Líbia, no mesmo site um artigo
de 18.janeiro, diz que apesar da produção de petróleo ter retomado os níveis de
antes da guerra, segundo a agência Bloomberg dada a
instabilidade no país qualquer progresso real é impossível. “Um estado petrolífero falhado (failed
petro-state) permanece um possível resultado da revolução que começou há dois
anos”. Apesar de ser
impossível para a Blomberg entender o que seja uma Revolução, as suas
preocupações são esclarecedoras.
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